Dicas de séries por Raquel Baracat: “Normal People”: será esta a série mais romântica e sexy do momento? (BBC Three e Hulu)

Que série envolvente, parece que você está dentro dela, os atores trabalharam muito bem, as cenas são bem feitas, eu já frisei diversas vezes que a BBC está saindo na frente em produções por sair do artificial que americano gosta, não ter aquelas atrizes plastificadas e maquiadas demais e aqueles cenários fantásticos inexistentes na vida real.

As histórias que a BBC propõe são baseadas em fatos reais ou em “novels” mais direcionados a fatos que condizem mais com o nosso dia a dia e que mexe com o emocional e incosciente e nos faz pensar. É justamente o caso de Normal People.

Posso dizer que me identifiquei com os dois personagens, tanto com a coitada da “Marianne” que todo tempo no colégio sofre bullying, (levante a mão, quem nunca passou por isso) e também como o nerd e tímido e descolado Connel (aliás, no meu tempo de colégio, fui muito nerd e tímida, por incrível que pareça), as cenas em Dublim são espetaculares.

Depois com a ida de Connel ao Trinity College em Londres, me remeteu a 2009 quando cheguei em Cambridge e foi a mesma sensação que ele teve, a primeira de espanto e admiração “olha onde estou” , muito bem interpretada por ele, e a segunda de estar totalmente sozinho num lugar cheio de etnias sem conhecer ninguém e completamente fora do seu porto seguro, se sentindo um “peixe fora “água”, exatamente como me senti e as paisagens do Trinity College são maravilhosas, me deu muita saudades da Inglaterra quando visitei este College.

Enfim, vale a pena assistir!

Release:

Ele é popular, uma das estrelas da equipa da escola e um aluno exemplar. Ela também, mas conjuga a inteligência com o mau feitio que a torna numa solitária. Connell e Marianne são os protagonistas de “Normal People”, uma história de um amor intermitente com toques de erotismo subtil, que tem arrebatado os críticos.

A produção irlandesa da “BBC Three” e da Hulu, que estreou na plataforma esta quarta-feira, 29 de abril, é a adaptação televisiva do best seller de Sally Rooney com o mesmo nome;

Editado em 2018, fez parte da lista preliminar de candidatos ao Man Booker Prize desse ano, depois de críticas fabulosas. O crítico do “The Guardian” descreveu-o como “o fenómeno literário da década” e um “futuro clássico”.

A adaptação segue o romance de Connell (Paul Mescal) e Marianne (Daisy Edgar-Jones), que se conhecem na escola secundária, pouco antes da partida para a universidade. Filha de família abastada, tem um temperamento feroz que a torna numa outsider entre os colegas — um comportamento que esconde uma personalidade mais vulnerável.

Connell percebe-o e aproxima-se, dando início a uma relação que é mantida em segredo, até porque ambos se movem em círculos diferentes. A série acompanha a história ao longo dos anos e que sofrendo tendo altos e baixos, encontros e desencontros, à medida que ambos vão crescendo. As cenas de sexo são muitas, demoradas e extremamente sensuais.

A série de 12 episódios tem recebido enormes elogios. “Uma das melhores produções de televisão do ano”, descreve o “The Washington Post”. “Um triunfo em todos os aspetos, da interpretação à realização, à escrita, e se virmos um drama melhor do que este ainda este ano, ficarei muito surpreendida”, notou Lucy Mangan, crítica do “The Guardian”.

O lado mais sensual da série despertou também algumas críticas menos positivas. “Sem os detalhes do livro, é apenas erótica inexpressiva, 12 episódios de duas pessoas lindíssimas com dificuldades em lidar com uma atração feroz”, escreve a “Vanity Fair”.

Fonte: https://nit.pt/coolt/televisao/normal-people-sera-esta-serie-romantica-sexy-do-momento

Dicas de séries por Raquel Baracat - Love 101 ou Ask 101 (Netflix)

Love 101 acompanha a vida de um grupo de adolescentes nos anos 90 na Turquia, que se une com o objetivo de fazer com que uma de suas professoras se apaixone para que ela não se mude de cidade. 

Quem nunca teve uma amigo igual o Kerem, todo nervosinho numa turma de colégio e até ficou com vontade de ser a namoradinha dele, ou quis ser a melhor amiga do aluno Sinam, mais intelectual e emocionalmente perturbado. Tem a doida da história e bem avançada para a turma Eda e o calculista e estrategista, Osman, conheci vários tipos desse no meu tempo escolar, mas eu me identifico mesmo com a personagem nerd, Isik, aquela que num primeiro momento não se envolve, mas acaba entrando de cabeça para turma e ainda ajuda os amigos arriscando a própria carreira escolar, (essa sou eu mesma).

Nos dias atuais, posso me comparar ao personagem da Professora, Burcu, que aliás, alpem de ser salvadora da pátria, vive uma história de amor com um gatão de Professor!

Vale a pena assistir, uma série bem leve, o cenário de Istambul, faz a gente ter vontade de viajar para lá e conhecer mais desta cultura turca.

Tem muita ação, romance e drama, adorei!


Série The English Game  - Coluna Entretenimento por Milena Baracat

Do mesmo criador de Downton Abbey, a nova série da Netflix, The English Game, aborda os primórdios do futebol.

É interessante ver como eram os jogos, os uniformes sem numeração, a pesada bola de capotão passando de pé em pé e a ausência de várias regras atuais. Mas, não vá assistir achando que se trata apenas de futebol. 

O enredo envolve muitas histórias, sendo o futebol a liga entre elas.

Com muito drama, mistura: a história pessoal dos personagens, o crescimento do futebol, mais o conflito entre classes (elite x operárias) na Inglaterra do século 19. 

No final da década de 1870, o futebol ainda era amador e conhecido por ser um “jogo de cavalheiros”. Com o esporte dominado pela elite, as regras não permitiam que jogadores fossem pagos para jogar.

Mas, Fergus Suter, ao lado do amigo Jimmy Love, são convidados por James Walsh, o dono de uma fábrica de algodão em Darwen (pequena cidade da região de Lancashire no norte do país inglês), para jogarem no time local, recebendo, por de baixo do pano, salário  para representar o time na FA Cup (Copa da Inglaterra - campeonato mais importante da Associação).

A série mescla ficção com realidade, tais como Fergus Suter e Jimmy Love considerados verdadeiramente os primeiros jogadores profissionais de futebol; 

A disputa entre o primeiro time de operários a chegar às quartas de final da FA Cup, o Darwene, contra o famoso Old Etonians - cujos jogadores são ex-alunos de Eton College, considerada até hoje a escola mais elitista do mundo. Lá estudaram os príncipes William e Harry, aliás. 

O jogo de fato aconteceu e sua história é destrinchada em um livro chamado “Underdogs”; 

Sir Arthur Kinnaird, um dos protagonistas tratados como jogador do Old Etonians e um dos grandes craques de sua época, realmente se tornou presidente da FA. Ele assumiu o comando da federação em 1890 e lá esteve até sua morte, em 1923;

E a Football Association (FA, a federação inglesa) investigou a prática do pagamento aos jogadores, que na época era contra as regras.


Enfim, The English Game vem ganhando sua popularidade por conta do tema até hoje pouco explorado no universo das séries. 

Não é uma série excepcional, mas é um bom entretenimento em família. 

TRAILER 


Dicas de séries por Raquel Baracat - World on Fire da BBC

Eu realmente não sabia o quanto eu gostava de séries de guerra e com romance no meio e realmente a BBC está a frente em produções espetaculares, bem feita, bem escrita, com ótimos atores, inclusive com Ellen Hunt como atriz. Os americanos que se cuidem.

Release:

World on Fire é um drama de adrenalina e emocionante da Segunda Guerra Mundial que segue o destino entrelaçado das pessoas comuns em cinco países, à medida que enfrentam os efeitos da guerra em suas vidas cotidianas.

Situado na Grã-Bretanha, Polônia, França, Alemanha e Estados Unidos, os eventos da série de sete episódios acontecem durante o primeiro ano da guerra.

O elenco estelar inclui Helen Hunt, vencedora do Oscar®, tão boa quanto é louca, louco por você, Sean Bean (Game of Thrones), Lesley Manville (Phantom Thread), indicada ao Oscar®, Jonah Hauer-King (Little Women) em MASTERPIECE, Howard's End) e Blake Harrison (Um Escândalo Muito Inglês).


Dicas de séries por Raquel Baracat - As Telefonistas ou Las Chicas del Cable (Netflix)

Feminismo é um assunto que está em pauta em diferentes séries da Netflix, mas poucas delas conseguem falar sobre esta causa de uma forma satisfatória. Um dos acertos da plataforma de streaming é continuar investindo em novas fases de As Telefonistas, produção espanhola que chega à sua quarta temporada.

Ambientada nas décadas de 1920 e 1930, em Madri, na Espanha, a série retrata a vida de quatro mulheres de personalidades bem diferentes e que trabalham na central de uma grande companhia telefônica. 

Com uma narrativa ágil, As Telefonistas é mais uma das apostas da Netflix em produções de língua não inglesa, a exemplo de La Casa de Papel e Vis a Vis. Abaixo, GaúchaZH apresenta quatro motivos para você assistir à serie:

Mulheres no comando

Os primeiros anos do século 20 foram marcados pela submissão da mulher e pela busca delas por espaço e liberdade. Por isso, As Telefonistas traz isso à tona centralizando sua trama em quatro mulheres: Alba (Blanca Suárez), que troca de nome para Libia, a fim de esquecer seu passado conturbado; Ángeles (Maggie Civantos), uma mulher atrapalhada que tem uma filha e vive um relacionamento abusivo; Carlota (Ana Fernández), que se impõe contra o pai, que é militar; e Marga (Nadia de Santiago), uma jovem do interior que chega à capital cheia de sonhos.

Ao longo das temporadas, o quarteto se vê diante de diferentes situações. No segundo ano, elas precisam se livrar de um corpo e garantir que não têm nada a ver com o crime. Na terceira, há o casamento de Alba e Carlos - um dos romances norteadores da série -, que acaba em tragédia. 

Elenco bem alinhado

Por serem quatro mulheres de muita personalidade, as quatro atrizes apresentam um bom entrosamento em cena. A protagonista Alba é vivida por Bianca Suárez e pode ser considerada a mais experiente do grupo, por ter vivido Norma Ledgard em A Pele que Habito, filme de Pedro Almodóvar. 

Uma das queridinhas do elenco é Maggie Civantos, que vive Ángeles, também se popularizou graças ao papel de Macarena Ferreiro no seriado espanhol Vis a Vis, aposta recente da Netflix que se assemelha muito a Orange Is The New BlackJá a intérprete de Marga, Nadia De Santiago, garantiu notoriedade pela série local Las 13 Rosas, e Ana Fernández (Carlota em As Telefonistas) estrelou a comédia Sólo Química, de 2015. 

O ator Itzan Escamilla, que faz Samuel no seriado teen Elite, vive Francisco. 

Diversidade

Já pensou em um trans vivendo na Espanha conservadora da década de 1920? As Telefonistas imagina isso com o personagem Óscar Ruiz, que nasceu no corpo de uma mulher, mas faz a transição para homem. No começo, ele se apresenta como Sara e vai ganhando seu espaço na trama, principalmente por falar sobre a luta que é garantir seu lugar em uma sociedade preconceituosa. 

Na série, o personagem é vivido por uma mulher cisgênero, a atriz Ana María Polvorosa. 

Tensão e história ágil

O mais interessante de As Telefonistas é seu ar de suspense. Ao contrário do que se imagina, o seriado chama atenção pela tensão. No início da primeira temporada, Alba precisa realizar um roubo no novo emprego para quitar uma dívida. Na segunda, o quarteto precisa se livrar de um corpo. Na terceira, um casamento acaba virando um cenário de guerra. Ou seja, apenas com esses pequenos spoilers, é visível a criatividade dos roteiristas.

Para resolver (ou deixar mais expectativa por novas temporadas) estes dilemas, são apenas quatro temporadas de oito episódios cada. Por isso, a narrativa é bem ágil, ideal para uma maratona. A Netflix ainda não confirmou se haverá o desenvolvimento de novas fases.

Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/cultura-e-lazer/tv/noticia/2019/08/as-telefonistas-quatro-motivos-para-assistir-a-serie-espanhola-da-netflix-cjz3ji39m00ur01qmsi8bby93.html

Dicas de séries por Raquel Baracat - Sandinton (BBC)

“Sanditon tem potencial para ser a adaptação mais ousada das obras de Jane Austen

Jane Austen é um dos nomes mais famosos da literatura mundial. Logo, não é surpreendente ver como suas obras ganham tantas adaptações no cinema e na TV. Mas um texto da autora é mais difícil de levar para as telas do que os outros: o romance inacabado Sandition, sua última criação antes de falecer em 1817. Isso não impediu Andrew Davies de assumir tal missão, em uma nova minissérie. Não reconheceu o nome? Ele é responsável pela icônica adaptação televisiva de Orgulho e Preconceito em 1995, além das recentes minisséries Os Miseráveis e Guerra e Paz.

Surge Sanditon, série centrada em Charlotte Heywood (Rose Williams), irmã mais velha dentre 12 irmãos de uma modesta família do interior. Após ajudá-lo num incidente, a jovem curiosa é convidada pelo investidor Tom Parker (Kris Marshall) para conhecer a cidade do título, que ele aposta ser capaz de se transformar num famoso resort à beira-mar. Lá, a jovem inocente se encontra no meio da disputa pela herança da rica Lady Denham (Anne Reid), enquanto passa a ter confrontos com Sidney Parker (Theo James); o centrado e temperamental irmão de Tom.

Logo no piloto, a série é capaz de levar o espectador para o mundo das obras de Austen. Numa fotografia que lembra vagamente Anne with an E, belas paisagens são cenários ao fundo do retrato de uma época mais simples — onde existia confiança suficiente para deixar sua filha adolescente viajar com um quase desconhecido, mas ainda era uma sociedade movida por normas preconceituosas e sexistas. Sem falar que as diversas figuras excêntricas que a autora adora criar estão ali: a senhora rica que não tem papas na língua; a protagonista inteligente e bondosa; a socialite venenosa; o galã misterioso e por aí vai...

O grande desafio é que Jane Austen escreveu apenas onze capítulos de tal obra antes de sua morte — algo que compõe cerca de apenas 24 minutos do piloto de Sanditon. A partir daí, até o oitavo e último episódio, será tudo criação de Davies, determinado a criar algo atraente o suficiente para o público moderno. Tal transição fica clara já no próprio capitulo, cujo arco final tem algumas reviravoltas abruptas demais, em comparação ao ritmo apresentado até ali. Isso não significa, necessariamente, algo ruim. Andrew Davies tem experiência em adaptar livros clássicos e trazer uma pimenta a mais. Vale lembrar aquela famosa cena do Mr. Darcy de Colin Firth no lago, capaz de seduzir toda uma geração.

No caso atual, antes mesmo da estreia, Sanditon causou polêmica com fãs tradicionais de Austen, a partir da notícia que a série teria sexo na narrativa. Ao conferir o episódio, por mais que exista a surpresa num momento de nudez masculina, a cena de sexo em questão não é algo gratuita, sem abusar para passar a mensagem desejada. Ao mesmo tempo, a apreensão em descaracterizar demais o estilo da obra é apoiada pelo roteiro pouco inspirado, recheado de clichês sem sutilezas. Já o uso forçado de certos ângulos de câmera, como closes longos, prejudica a narrativa singela ali apresentada. Afinal, o grande trunfo de Jane Austen era saber rir da sociedade em que vivia, mas de uma maneira sagaz e criativa, trazendo veracidade até para personagens mais excêntricos.

Mas o importante é que o potencial está ali. Num momento inicial, Anne Reid é o destaque do elenco, ao roubar todas as cenas com Lady Denham; mas a química entre Charlotte (Rose Williams, sem muito brilho por enquanto) e Sidney (um Theo James sedutor, mesmo que preso às comparações com Mr. Darcy) já é palpável. Já o arco de Georgiana Lambe (Crystal Clarke) — primeira personagem negra de Austen — promete ser uma das melhores coisas da série, mesmo sem muito tempo de tela no piloto,.

Assim, Sanditon traz uma narrativa apaixonante, capaz de conquistar fãs do gênero. A dúvida é ver se ela consegue trazer algo relevante, sem precisar fugir de sua base. Num primeiro momento, a série parece ser mais simplista, diante de colegas do gênero, como The Crown ou Gentleman Jack. Numa comparação com o mundo de Austen, seria mais similar a Amor & Amizade (2016) com Kate Beckinsale; do que o Orgulho e Preconceito (2005) de Keira Knightley. Ou seja, não é ruim, mas ainda temos que torcer (e esperar) para ver onde irá chegar”.

Fonte: http://www.adorocinema.com/noticias/series/noticia-150474/