Montanha-russa usa da psicologia para aumentar sensação de medo
Em 2009 me surpreendi com o patinador alemão Dirk Auer que teve seus pés presos diretamente nos trilhos e “patinou” na montanha-russa de madeira Mammoth do parque Trips Drill em Stuttgart. Sem o carrinho, só com os pés, descendo 860 metros numa velocidade de 90 km/h e curvas em 90 graus como desafio. Insano!
Agora em 2013, a novidade veio da junção da psicologia com montanha-russa (e todas as suas sensações). Ideia genial de usar o estudo da mente para ampliar o estado mental e causar fortes emoções em quem tem coragem de sobra e curte uma adrenalina passando pelas veias.
Essa é a proposta da The Smiler, montanha-russa da Alton Tower, no Parque The Staffordshire, Reino Unido. Projetada com a ajuda de psicólogos e demais cientistas que apostam no fator da antecipação para garantir a emoção, juntamente com outros fatores, que provocam uma estranha sensação que embaralha o cérebro e faz você se perguntar, ao final, se tudo aquilo foi real.
"Todas as experiências que usamos para gerar emoção envolve um elemento de medo. A emoção é desencadeada por uma coisa física, como dor, ou uma mental, que normalmente acontece pela antecipação de perigo. A sensação desse tipo de atração é a combinação de medo e da euforia que experimentamos depois que acaba. É como um bom jogo ou filme de terror quando a excitação aumenta e seu coração começa a bombear e então está tudo bem no final", argumentou Jeremy Webb, editor da revista New Scientist envolvido no projeto da The Smiler.
Por conta de seus 14 loopings e quedas de até 30 metros de altura, entrou no Guinness Book (livro de recordes mundiais) e custou cerca de 20 milhões de libras, algo em torno de R$76 milhões. Além disso, a velocidade máxima atingida é de 85 km/h e o circuito completo tem duração de dois minutos e 45 segundos.
"Há cinco efeitos mentais distintos, todos concebidos para confundir o cérebro", enfatizou Katherine Duckworth, uma das responsáveis pelo design.
ALGUMAS DAS MONTANHAS-RUSSAS MAIS FAMOSAS:
Milena Baracat é formada em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas).
Atualmente atua com profissionais no desenvolvimento, tratamento de acervos, informatização e tecnologia da informação aplicada para bibliotecas particulares e privadas.