Investigação denuncia extrema violência contra elefante na Índia
Fotografias chocantes foram divulgados após longa investigação, mostram um elefante sendo violentamente agredido na índia. As informações são do Daily Mail.
O elefante desnutrido de 14 anos chamado “Sunder” está acorrentado pelas duas pernas, se contorcendo de dor e lutando para se manter em pé, enquanto seus treinadores o acertam repetidamente com um bastão.
“Sunder” visilmente está amedrontado com o homem que maneja o instrumento de tortura, que continua a batê-lo mesmo após ele conseguir, com dificuldade, finalmente se manter em pé.
O elefante foi acorrentado e abusado por seis anos no Templo Jyotiba, em Kolhapur, cidade do estado de Maharashtra. Ele foi capturado de uma floresta no sudoeste indiano e dado como uma “presente”.
Seguindo as ordens do Departamento de Florestas e Proteção aos Elefantes, o templo enviou “Sunder” para um santuário, mas ele vem sendo maltratado em um velho galpão avícola escuro, em Warananagar.
As investigações foram adminstradas por uma campanha da organização PETA. Ela denuncia que o chefe de conservação florestal e líder da força florestal (SWH Naqvi, sediada em Nagpur) falhou em implementar as ordens federais e governamentais na região.
PETA ainda diz que, para os políticos indianos, “Sunder” está bem e saudável. Segundo a organização, a Divisão Florestal de Kolhapur ainda afirma que todo mês um veterinário visita o lugar pra checar a saúde do elefante, o que não parece fazer sentido para a entidade.
Essas afirmações são feitas mesmo com a clara situação de maus-tratos do animal, que está com pouco peso, é forçado a ficar em pé sob um chão de concreto durante todo o dia e não tem a oportunidade de realizar nenhum tipo de exercício que faria em seu habitat natural.
O vídeo ainda mostra o animal apanhando cruelmente. Dr. Mel Richardson, especialista em elefantes disse, ao assistir o vídeo, que o animal esta “com medo do cuidador”, e analisou que suas pernas e pés estão “em um péssimo estado”.
“Ele está em uma situação perigosa e precisa de cuidados – sem correntes, com substratos naturais e espaço para de exercitar” disse o especialista.
Mimi Bekhechi, diretora associada da PETA UK completou criticando as organizações estatais locais, “Vinau Kore e a Divisão Florestal de Kolhapur parecem querer enganar o público, pois o elefante precisa de espaço e da companhia de outros animais – não de mais anos acorrentado ao concreto, se retorcendo de medo de uma cuidador violento”.
“Já se passou muito tempo para esperar suas promessas: ‘Sunder’ precisa ir para um santuário hoje”, disse.
Inclusive Paul McCartney e a atriz Pamela Anderson escrevam uma carta para as autoridades locais, pedindo que enviassem “Sunder” a um santuário.
McCartney escreveu: “eu tenho visto fotografias do jovem animal, o elefante deixado sozinho em um galpão no Templo Jyotiba e colocado em correntes com espinhos”
“Eu peço que vocês façam o certo e enviem ‘Sunder’ para um local de reabilitação na floresta”.
O músico continua, “anos de sua vida foram arruinados pelo abuso que sofreu desta maneira, e isso já é o suficiente”. “Respeitosamente, eu peço que vocês utilizem sua autoridade para retirar ‘Sunder’ de sua situação, colocá-lo em proteção judicial e futuramente integrá-lo a outros elefantes na floresta”
O PETA da Índia organizou uma petição para a Alta Corte de Bombay, pedindo ao Departamento Florestal de Maharashtra (MFD) para implementar as ordens anteriores de proteção, assim como as recomendações do Projeto Elefante, e enviar “Sunder” a um santuário.
Junto com a demanda do PETA, mais de 26 mil pessoas assinaram a petição, que foi enviada à Alta Corte e será ouvida no dia 10 de dezembro. Para ajudar a campanha, acesse http://action.peta.org.uk/ea-action/action?ea.client.id=5&ea.campaign.id=18032
Vídeo:
Agnes Nääs é Servidora Pública Federal. Autora da fan page Amor de Bicho-MS. Ex radialista da Rádio Ataláia de Campo Grande-MS, na qual era responsável pelas matérias destinadas à saúde animal, prevenções de doenças e posse responsável. Desde criança é apaixonada por animais, mas somente quando se mudou para Campo Grande-MS teve contato com outros protetores, veterinários e autoridades do ramo da saúde animal.