Petrobrás – O que acontece?
As ações da maior empresa brasileira não estão vivendo um bom momento, com queda superior a 10% até o 1º mês de 2014.
Há uma visão generalizada de que a empresa está em apuros financeiros, o que já lhe obrigou a iniciar um programa de demissão voluntária e leiloar sondas antigas para levantar dinheiro e conseguir cumprir as suas metas de produção, sendo que recentemente, a Halliburton, uma das maiores fabricantes de equipamentos para o setor de petróleo e gás, criticou a empresa, trazendo perspectivas negativas.
No exterior, a credibilidade da Petrobras se deteriora com a percepção de que ela vai, eventualmente, ver sua produção diminuir pela falta de perfurações, para compensar as perdas causadas pelos subsídios ao combustível no Brasil.
Com isso, a diferença entre os preços dos ativos da Petrobras e de suas rivais, EcoPetrol (Colômbia) e Pemex (México) só se eleva, conforme investidores estrangeiros vendem as ações em um sell-off que levou a Bolsa para patamares mínimos de um ano.
O centro disso tudo é a política de preços da empresa, muito criticada pelo mercado. Visando segurar a inflação, o governo vem mantendo artificialmente o preço da gasolina e diesel baixo --e, já que precisa importar derivados para cumprir a demanda, vem amargando perdas que já somaram R$ 35 bilhões. Maria das Graças Foster, presidente da estatal, tentou criar um mecanismo de reajuste automático, mas este foi "aprovado com alterações" em um dos momentos mais obscuros da história da estatal.
Para piorar, nessa semana veio novamente aos principais meios de comunicação a compra por parte da estatal da refinaria de Pasadena (Texas/EUA) e do suposto pagamento de propina a funcionários da empresa holandesa SBM Offshore.
Nesse momento para o investidor é dar continuidade nos papéis que possui, já que realizar o prejuízo não compensaria em face do cenário incerto de eleições, rebaixamento da nota de investimento entre outros. Já para o investidor que pensa em comprar, só nessa semana as ações da Petrobrás obtiveram uma valorização de mais + 9,94%...
Tem dúvidas? Entre em contato.
Um abraço. Até a próxima semana.
Rodrigo Teixeira Mendes
Graduado em Direito (Unip) - Pós Graduação Administração de Negócios (Mackenzie);
Experiência Profissional: Banco Itaú, RR Donnelley Moore, Camargo Côrrea e Valuta Invest (desde out.2011). Atualmente, trabalha na Valuta Invest (parceira da Ágora Corretora – Bradesco) na distribuição dos produtos disponíveis no Mercado de Capitais (Bolsa de Valores,Tesouro Direto, Debêntures, Fundos Imobiliários, Fundos de Investimentos Multimercado e Renda Fixa entre outros) e ministra cursos e palestras na área de Educação Financeira.
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