Raquel Baracat

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Poker


A explosão do pôquer aconteceu em 2003, quando o jogador não profissional e desconhecido Chris Moneymaker, venceu a World Series of Poker, em Las Vegas faturando um prêmio de US$ 2,5 milhões. Nada mal pra quem pagou apenas US$ 40 na internet para jogar.

Por conta da alta audiência, o canal de esportes ESPN investiu pesado na transmissão do World Series of Poker, popularizando o jogo que, em pouco tempo, atingiu o Brasil.

E parece que os brasileiros pegaram “o gosto pela coisa”!

Em 2013, no maior torneio do planeta, o Main Event do World Series of Poker, o jogador Bruno Kawauti obteve o melhor resultado de um brasileiro no evento. Ele superou mais de seis mil jogadores para chegar ao 15º lugar, colocação que lhe garantiu um prêmio de 451 mil dólares.

Ainda no World Series of Poker, no Main Event da versão europeia, o carioca Nicolau Villa-Lobos (filho do ex-integrante da Legião Urbana, Dado Villa-Lobos) conseguiu o segundo lugar do torneio e ganhou R$ 1,3 milhão.

Neste mesmo ano, o estado de Santa Catarina foi palco da 7ª etapa do Campeonato Brasileiro de Poker (BSOP) que reuniu 292 dos melhores jogadores do país. Sediado no Costão do Santinho Resort, em Florianópolis, como já havia acontecido em outras edições, Santa Catarina também ficou com o título da etapa, representado por Renato Nomura que levou R$ 182 mil de premiação.

Em 2014 o esporte deve ganhar ainda mais fãs. São mais de oito etapas todo ano no Campeonato Brasileiro de Poker em todas as regiões do país. O número de inscritos por etapas em 2013 foi o maior de todos, e este ano a tendência é ser ainda maior.

Para os que se interessaram, mas não querem investir muito nos torneios do BSOP, é possível jogar de graça ou pagando valores que variam de R$ 2 a R$ 20 em sites com versões online do jogo, que trazem instruções para aprender as regras e evitar gastar nas entradas de cada etapa, que variam entre R$ 800 e R$ 2 mil.


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A (i) legalidade do pôquer.

Em princípio, é considerado como jogo de azar, e, por conseguinte, crime, o jogo em que o ganho e a perda dependam exclusiva ou principalmente da sorte. (DL 3.688/41, art. 50, “a”).

Por depender mais da habilidade do jogador (blefe) do que da sorte, o pôquer não é, portanto, legalmente proibido.

O cerne da questão está aqui: o jogo a dinheiro.

NÃO OS TORNEIOS, mas sim as mesas de pôquer onde a aposta rola solta e você pode perder R$ 10.000,00 em uma única rodada, enquanto que no torneio, você paga a entrada e busca um prêmio final, tendo sua perda condicionada ao valor da entrada.

Importante ressaltar que a proibição do jogo de apostas não se dá pelo medo da ruína dos jogadores, mas sim a impossibilidade do governo em fiscalizar os ganhos obtidos em tais jogos. Diferente dos torneios aonde a fiscalização é mais fácil, pois se sabe literalmente o valor do prêmio final e quais seus ganhadores.

Não acredito que haverá uma proibição aos torneios de pôquer, mas tomem cuidado com as Associações de Pôquer que permitem, dentro de suas sedes, apostas com dinheiro, descumprindo a lei.

Milena Baracat é formada em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). 

Atualmente atua com profissionais  no desenvolvimento, tratamento de acervos, informatização e tecnologia da informação aplicada para bibliotecas particulares e privadas.