Brasil = BBB – Porque fomos rebaixados?
O rebaixamento do Brasil encerra uma década em que o país vinha subindo na avaliação das agências internacionais. Todos os indicadores das contas públicas brasileiras têm piorado nos últimos anos:
- a dívida bruta aumentou;
- o déficit nominal – que inclui o que se gasta para pagar juros – subiu para quase 4% do PIB;
- a economia que se faz para pagar os juros – superávit primário – vem obtendo quedas e o geverno federal vem colaborando com as contabilidades maquiadas.
E o que isso tem a ver com o crescimento? Quando o país cresce, ele arrecada mais e consegue reequilibrar as contas. O governo foi alertado pela Standard and Poor’s, que deixou em perspectiva negativa e informou poderia haver o rebaixamento.
O mercado leva em consideração essas agências, principalmente a Standard and Poor’s, que é a mais influente, para decidir quanto cobra de juros não apenas do governo brasileiro, mas dos governos estaduais do Brasil e de qualquer empresa brasileira no mercado internacional. O rebaixamento do Brasil para BBB- já oferecerá alguns sintomas imediatos que são:
- as empresas vão pagar mais juros do que pagariam a alguns dias atrás;
- aumento na taxa de juros (uma forma de atrair dinheiro para cá);
- alta do dólar (causada pela saída da divisa americana do país);
- queda do investimento e diminuição do já fraco ritmo de crescimento do país.
O rebaixamento já reflete uma deterioração que vem sentida ao longo do tempo. O país vem já estamos sentindo os efeitos das condições que levaram a Standard and Poor’s rebaixarem o rating do Brasil - política fiscal mais frouxa, inflação perto da meta, crescimento menor, entre outros.
Tem dúvidas? Entre em contato.
Um abraço. Até a próxima semana.
Rodrigo Teixeira Mendes
Graduado em Direito (Universidade Paulista), Especialista em Administração de Negócios (Universidade Presbiteriana Mackenzie), Especialista em Finanças Corporativa e Investment Banking (FIA FEA USP)
Possui experiências em empresas como o Banco Itaú, RR Donnelley Moore, Camargo Correa e atua no setor financeiro de instituição financeira (distribuição de valores mobiliários) e ministra cursos e palestras na área de Educação Financeira.
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