Raquel Baracat

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Vestir joias – Tendência de moda

Quem ainda acredita que joalheria e vestuário são coisas diferentes pode estar preparado para ter que alterar esta visão em não muito tempo – ou então perder grandes oportunidades. Esta afirmação vem de 2 empresas que têm estudado este assunto ao longo dos últimos 12 meses: a Ayr Worldwide – especialistas em Tendências do Consumidor aplicadas à Inovação e a McKinsey, referência mundial em consultoria de negócios.

A Ayr WW começou a estudar as tendências que mais vão afetar o papel presente e futuro da joalheria na vida dos consumidores desde Janeiro de 2013 para projetar caminhos para a evolução desta indústria nos próximos 10 anos. A McKinsey usou a sua rede mundial e fez diversas entrevistas com experts do setor da joalheria  e do vestuário para publicar, em Fevereiro de 2014, um paper chamado “Um futuro multifacetado. A joalheria em 2020”, que confirmou integralmente e reforçou o que a Ayr WW estudou e previu ao longo dos 5 reports e apresentações de caminhos e insights para o futuro da indústria durante os últimos 12 meses.

Foram 2 metodologias diferentes, mas que terminaram por se validar e, sobretudo, apresentam os pontos fundamentais para a evolução da indústria da joalheria e que, com base nos insights gerais desenvolvidos pelas Ayr WW, são:

  1. Maior presença de marcas internacionais e consolidação entre vestuário e joalheria – o que faz com que seja fundamental para a indústria da joalheria assumir a sua simbiose com a do vestuário. Isto é essencial na medida em que, como a Ayr investigou e confirmou, o papel das jóias é muito maior do que um simples acessório. Elas funcionam como verdadeiros “elementos de foco e harmonização” do que veste.
  2. Aumento em presença e valor da joalheria de Marca – Isto não quer dizer necessariamente jóias “caras”, mas que a joalheria não pode ficar “comoditizada” e que cada joalheiro, por menor que seja, pode e deve criar o seu estilo e, portanto, tornar-se numa marca. Isto é essencial para que a joalheria não se perceba predominantemente como um “luxo” e entre fortemente nos  territórios do desejo, da auto-estima e da imagem externa;
  3. Aumento do peso da recomendação/curadoria do Cliente –  Cada jóia pode e deve fazer parte da história de quem a compra e de quem a usa, bem como das gerações futuras que a herdam. Pelo que  cada uma deve conter, de cara, uma história para contar, seja sobre si própria seja sobre quem a deseja ou compra. Isto fará com que o Storytelling será chave para  aconselhar e reassegurar o Cliente, seja online ou offline e que as Experiências serão cada vez mais importantes para a decisão de compra.
  4. Premium e acessível ao mesmo tempo – a “abertura de portas” ao Premium é uma necessidade ditada não somente pelas transformações sociais no Brasil como também por uma cada vez maior  “internacionalização da Brasilidade”. Isto vai fazer com que preconceitos com relação à bijouterie venham a desaparecer e que uma fusão entre bijouteria e jóias seja cada vez mais presente;
  5. Sinergias com o conceito de “fast fashion” e prazos de “take it to market” mais curtos – o que fará com que se busquem cada vez mais designers da indústria do vestuário para  criar “coleções” de joalheria a preços mais acessíveis, para ajudar a criação de Marcas, a geração de volume adicional e a captação de jovens.

Quem quiser explorar um futuro melhor, mais interessante e mais lucrativo, deve ter estes caminhos e insights em mente. E, ainda, ouvir com atenção e praticar o que o IBGM – Instituto Brasileiro de Gemas e Metais, com o apoio da AYR, tem feito para garantir um futuro melhor e mais brilhante para a joalheria no Brasil.

Fonte:  http://www.ayr-consulting.com e http://www.ayr-insights.com/