Raquel Baracat

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Tesarac - Coluna Desenvolvimento Humano por José Carturan

 

Já ouviu falar em Tesarac? É um termo criado pelo autor norte-americano Shel Silverstein para descrever períodos da história onde ocorrem mudanças sociais e culturais significativas, em que a situação e a sociedade se tornam mais confusas e caóticas até conseguirem se reorganizar.
Nesta fase, sentimos o período de mudança, que algo está acontecendo, reconhecemos o que “já era”, mas ainda não conseguimos saber o que “vai ser”.

No âmbito da história, podemos citar como exemplos de “tesarac” a libertação dos escravos que passaram ao status de consumidores e mão de obra remunerada e o início da Revolução Industrial, quando houve a mudança de uma demanda reprimida para uma oferta abundante de produtos.

Talvez você perceba isto. As coisas mais antigas vão perdendo relevância enquanto as novas ainda não possuem uma confiabilidade suficiente para substituí-las.
Há um famoso caso de quando Albert Einstein ainda dava aulas e estava aplicando uma prova a seus alunos e um deles levantou a mão e disse: “Professor, esta prova está comprometida. Algumas questões são iguais às formuladas no ano passado.”. Einstein, tranquilamente então, respondeu: “Não tem problema, as questões são as mesmas, mas neste ano, as respostas são diferentes” Embora simples, a resposta pode nos trazer um momento de reflexão: Será que não estamos agindo como agíamos antigamente, em um momento onde a vida requer de nós algo diferente, inovador?

Não adianta tentarmos “colher morangos”, se estamos “plantando maçãs”. Se continuarmos fazendo as mesmas coisas, da mesma maneira, certamente colheremos resultados iguais ou até piores do que os anteriores. Isto toma um vulto ainda maior quando valores que são pilares da sociedade como família, religião e cidadania também passam por esta transição.

E talvez depois de ler tudo isto, você pergunte: “Mas então José Carlos, como lidar com esta atual realidade?” Logicamente, não se trata de uma resposta simples, mas ouso dizer que a premissa básica, o ponto inicial de todo este caminho é o autoconhecimento. 
Quando sabemos lidar com nós mesmos, com nossas emoções, com nossos objetivos e sabemos o real propósito de nossa vida, tudo passa a fazer mais sentido. Sentimos-nos mais preparados para lidar com as turbulências e os obstáculos da vida. Temos os recursos necessários para enfrentar os desafios que aparecem e continuarmos firmes em busca dos nossos sonhos.

A boa notícia é que este caminho do autoconhecimento é muito mais alcançável do que se possa imaginar. A má notícia é que poucas pessoas se dispõem a dar o mais difícil passo em sua direção: O primeiro passo.
Mas isto sim está no seu controle. Buscar algo diferente ou viver a vida toda reclamando de falta de sorte, de oportunidades e dizendo a você mesmo: “Eu não posso, não consigo, não tenho capacidade”. Perdoem-me, mas sinceramente não acredito nisto.
Não se trata apenas de tomar novas decisões. Trata-se de rever as suas decisões antigas, quebrar alguns paradigmas e permitir a si próprio, quantas novas chances forem necessárias.

Dr. José Carlos Carturan Filho

 

Head Trainer da Elleven Desenvolvimento Humano, especialista em Medicina Comportamental pela UNIFESP/EPM (Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina) e manter Practitioner em PNL formado pela International Trainers Academy - Londres.

MBA em Gestão de Saúde e Marketing, professor do MBA de Gestão em Vendas da Universidade Paulista – Disciplina: "Comportamento do consumidor" e Cirurgião Dentista.

Formação em Hipnose Ericksoniana e Hipnose Clássica pela UNIFESP/EPM (Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina).