Raquel Baracat

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Mudança x aceitação : quanto de cada uma para ser feliz? Por Flavia Bertuzzo

 

Se ouve muito por aí de alguns que, para ser feliz, é preciso ter uma grande capacidade de promover mudanças e ajustes nessa vida. Outros já afirmam que a felicidade reside na habilidade de aceitar e bem conviver com o incontrolável, com o que não tem jeito.

 Eu diria que, feliz é aquele que reconhece quando deve mudar e quando deve aceitar. E o mais feliz de todos é, aquele que percebe quando fazer cada escolha E AINDA tem o repertório, os recursos de vida, para implementar a mudança ou a resignação.

 A mudança requer coragem, abrir mão do conhecido, da acomodação confortável que nos mantém seguros e (ilusoriamente) protegidos. Aceitação exige alta resistência à frustração, tolerância e uma boa dose de fé eu diria. Fé de que a vida segue seu rumo e outros caminhos se abrirão.

 Temos que tomar cuidado para não confundir capacidade de aceitar com capacidade de aguentar. O camarada que aguenta coisas, situações e pessoas, uma hora não dá conta e deve passar por momentos de reação intensa ou doença. Isso acontece porque não digere, não processa genuinamente os acontecimentos, engole e fica lá, tudo guardadinho , respondendo internamente àquela situação por tempos e tempos, até não caber mais nada!

 O indivíduo que aceita, passa a situação a limpo: filtra, argumenta, perdoa e segue em frente. Uma pessoa não adoece por aceitar algo difícil ou por apresentar uma postura mais passiva diante da vida, ela adoece quando tal postura é função da falta de coragem , da ausência de repertório para promover outra reação. Você deve intimamente escolher aceitar e não fazê-lo por falta de opção, mesmo quando a vida lhe obriga a isso.

 Dá pra entender? Mesmo as vezes obrigado a aceitar o incontrolável, o imponderável, feliz aquele que conseguir escolher, genuinamente fazê-lo, através de seu aprendizado,  sua confiança em si mesmo, sua capacidade de seguir as contingências, aonde elas forem. Coragem é necessário para as duas coisas: mover-se ou esperar a tempestade passar.

Psicóloga formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas e especialista em Psicologia Clínica Comportamental pela Universidade de São Paulo.

Psicoterapeuta comportamental  de adultos e famílias, psicóloga do Ambulatório de Saúde Ocupacional da 3M do Brasil e proprietária da Villa Saúde – Psicologia & Cia, uma proposta multidisciplinar e inovadora de fazer saúde íntegra.

Minha grande busca é transpor os limites do consultório, viver e aprender a psicologia em outras fronteiras, levar a ajuda e receber o aprendizado.  

 Contato: fbvpsicologa@gmail.com

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