Rockefeller Center – Top of the Rock - Entretenimento por Milena Baracat
Provavelmente você já viu esta imagem aí acima, ou alguma outra inspirada nela. Os 11 operários almoçando no 69º andar do edifício RCA (que depois foi rebatizado como GE Bulding) no Rockefeller Center – e seu cochilo logo após – fazem parte da história da construção de Nova York.
A foto foi tirada em 20 de setembro de 1932, 82 anos atrás e publicada pela primeira vez no “New York Herald Tribune” em dois de outubro do mesmo ano. Ao contrário do que muitos imaginam os operários não costumavam fazer um lanchinho, assim, nas alturas todos os dias. A foto se tratava de uma peça promocional do complexo de 14 torres que se tornaram um dos cartões postais dos EUA. .
“Os modelos eram verdadeiros, o cenário também, mas o momento foi encenado e produzido por uma grande equipe. Tudo para promover o Rockefeller Center”, disse Ken Johnston, historiador e chefe da Cobis Images – empresa que detém os direitos sobre a foto, ao “Independent”.
Naquela época a cidade (e o país) passava pelos efeitos da grande depressão econômica da década de 1920, e muitos imigrantes estavam desempregados aceitando qualquer tipo de trabalho, independente da segurança – prova disso é a falta de cintos de segurança a cerca de 250 metros do chão!
Infelizmente não se tem notícia dos nomes exatos dos trabalhadores que aparecem na imagem, sabe-se apenas que, em sua maioria eram imigrantes irlandeses.
“Almoço no topo de um arranha-céu”, como foi batizada a imagem, foi feita nos últimos meses da obra e mesmo se tratando de uma cena produzida, ela continua impressionante.
Top of the Rock é um observatório entre os andares 67 e 70 do GE Building, edifício central do Rockefeller Center, de onde você tem uma visão de 360º de Manhattan.
Aberto ao público diariamente das 8h ás 24h (o último elevador sobe às 23h).
Do Top of the Rock você consegue ver o Central Park (a vista é melhor do que a do Empire State Building), Chrysler Building, Times Square, Hudson River, East River, Brooklyn Bridge e Estátua da Liberdade. A vista do Top of The Rock é uma das mais espetaculares de Nova York!
FLUSHING MEADOWS – CORONA PARK
Neste mês fui assistir ao US Open de tênis em Nova York e sem dúvida o local do evento foi um show à parte.
Realizado no Flushing Meadows-Corona Park, localizado no bairro de Queens, é o segundo maior parque público da cidade, atrás apenas do Pelham Bay Park no bairro de Bronx e foi construído para abrigar a Feira Mundial de Nova Iorque de 1939-40.
Um de seus principais símbolos é a escultura Unisphere - o globo terrestre com suas variações no relevo com altura equivalente a um prédio de 12 andares, elaborada especialmente para a Feira Mundial de 1964 Essa escultura feita inteiramente em aço inox1 foi concebida para celebrar o início da era espacial e representa a interdependência global.
Os três aros que circulam o globo representam as órbitas executadas por Yuri Gagarin, o primeiro homem no espaço, John Glenn, o primeiro norte-americano a ir para o espaço e a órbita inicial executada pelo Telstar, o primeiro satélite de telecomunicações a ser lançado. Faz sentindo ela ter aparecido no filme Men in Black, não?
Para se ter um ideia da grandiosidade do parque, ele acolhe o New York Mets (time de beisebol) no Citi Field (antigo Shea Stadium ) e US Open Tennis, no USTA Billie Jean King National Tennis Center (Centro Nacional de Tênis Billie Jean King): a quadra central (onde são disputados os principais jogos do US Open) é o Arthur Ashe Stadium, enquanto a segunda principal quadra é a Louis Armstrong Stadium.
Ou seja, isso é só uma parte dos 1255 acres ou 5,07 km²! (O Central Park tem 3,41 km²)
O parque ainda abriga o Queens Museum of Art (Museu de Arte de Queens), o New York Hall of Science (um centro de aprendizagem de ciências interativo), o Queens Zoo (Zoológico), o Queens Theatre in the Park (teatro), o Queens Botanical Garden (jardim botânico), além de dois lagos, um campo de pitch-and-putt golf (golfe em miniatura), campos de jogos, áreas de piquenique e aluguel de bicicletas.
Nada mal para um lugar que já foi um pântano e um depósito de cinzas, não acham?
Milena Baracat é formada em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas).
Atualmente atua com profissionais no desenvolvimento, tratamento de acervos, informatização e tecnologia da informação aplicada para bibliotecas particulares e privadas