Raquel Baracat

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Preservação do Meio ambiente - Coluna de Marcos Boni, confiram!

O desequilíbrio ecológico nos grandes centros urbanos tem tomado proporções que ameaçam o futuro dessa “nossa geração”. Até pouco tempo atrás era comum se dizer que precisamos preservar o Meio Ambiente para as “próximas gerações”, mas isso se mostrou um equívoco. Na realidade todo mundo que hoje está vivo tem que se preocupar em mudar seus hábitos e influenciar  o maior número de pessoas a também mudarem hábitos antigos que agridem a Natureza. É hora de literalmente todo mundo fazer a separação do lixo reciclável do orgânico, bem como diminuir o consumo de água e de parar com o desperdício desse precioso líquido cada vez mais escasso. Os reservatórios de água no Sudeste estão abaixo do nível que estavam há exatamente um ano atrás, e acabamos de entrar no início da época da estiagem, onde é comum ficar sem chover por mais de dois meses, o que me leva a garantir que se a população, os agricultores e as empresas não economizarem e reutilizarem a água, em setembro desse ano teremos um verdadeiro colapso que irá aumentar o preço dos alimentos e demais produtos, além de gerar a demissão de milhares de  trabalhadores, já que a água é matéria prima de muitas indústrias e de muitas atividades comerciais. Outro problema ambiental urgente é o aumento dos casos de Dengue. Além do óbvio problema gerado para a saúde pública, a Dengue tem de ser considerada um problema ambiental pois a maioria dos focos está concentrada em locais onde há o descarte irregular de lixos, entulhos, restos de obras de construção, etc. O lixo tem de ser sempre descartado de forma correta. Se as pessoas continuarem a agirem de forma indiferente com as questões de proteção ao Meio Ambiente as consequências perniciosas a toda a sociedade serão sentidas em curto espaço de tempo. Nossos quarteirões têm de ser arborizados. As árvores purificam o ar, melhoram a umidade relativa, servem de abrigo para pássaros que se alimentam de verdadeiras pragas de insetos, evitam as enchentes e recuperam o lençol freático. Assim, busque junto à Prefeitura plantar uma árvore na calçada de sua casa, loja ou empresa. Uma árvore escolhida de forma técnica permite manter a fachada, as vitrines expostas, ter vagas de garagem, e a beleza das flores das árvores escolhidas podem ser um atrativo a novos clientes e consumidores. Nós temos que denunciar se virmos alguém podando ou cortando uma árvore. Não podemos subestimar os efeitos danosos do desequilíbrio ecológico. Além de afetarem a vida dos "nossos filhos e netos”, a situação crítica atual mostra que, repito, "nossa própria geração" vai sofrer profundamente com todas as consequências que ocorrem quando a Natureza é atacada. O aumento do desmatamento da Floresta Amazônica irá influenciar todo o ciclo de chuva no Norte, Centro Oeste, Sudeste e Sul do Brasil e certamente teremos mais secas severas ao longo dos próximos anos. É sempre bom destacar que as árvores sequestram poluentes do ar (carbono) cujos níveis têm aumentado pelas queimadas de Matas e Florestas, chaminés de parques industriais, e pelas fumaças de veículos e demais motores movidos a combustíveis fósseis como os das Usinas Termelétricas. Diante de tudo isso não se pode ignorar a urgência em tomarmos medidas diárias para ajudarmos na preservação do Meio Ambiente, os beneficiados seremos nós mesmos. Faça sua parte e depois ajude a que outros também tomem consciência e entrem nesse grupo de pessoas civilizadas, engajadas em defender a proteção da Natureza em benefício próprio de forma direta, e em benefício de todo mundo (literalmente) de forma indireta.

Dr. Marcos Roberto Boni

 

Advogado – OAB/SP – 137.920, com especialização em Gestão Ambiental. Diretor do Departamento de Áreas Verdes da Secretaria do “Meio Ambiente” da Prefeitura de Campinas. Membro da Comissão de Meio Ambiente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Conselho Municipal do Meio Ambiente (COMDEMA).