Raquel Baracat

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Tire proveitos com o aumento da taxa SELIC! Coluna Investimentos por Rodrigo Teixeira Mendes

 

Temos verificado nos últimos meses que o  Banco Central tem elevado a taxa de juros (SELIC), atualmente em 13,75% ao ano.

Se, por um lado, é uma boa notícia para os investidores em títulos públicos, pois a rentabilidade está atrelada à SELIC, por outro lado causa um esfriamento na economia.

Entretanto como é que o “simples” aumento da taxa de juros consegue esfriar a economia? Qual a intenção do governo em fazer isso? E como os investidores podem tirar proveito desses aumentos?

Por que a elevação da SELIC esfria a economia?

O aumento da taxa de juros impacta diretamente os juros dos financiamentos bancários. Como grande parte do consumo nacional é produto de financiamentos e a oferta de crédito está mais “cara” (com juros mais altos), consequentemente as pessoas passam a consumir menos.

O mesmo raciocínio se aplica às empresas, que deixam de contrair empréstimos para investimentos em novos projetos, já que os juros mais altos comprometem a taxa de retorno do investimento, aumentando o risco. Consumidores gastando menos e empresas investindo menos é igual a menos dinheiro rolando na economia.

Por que o governo faz isso?

O governo trabalha com uma meta de inflação anual em torno de 4,5% a.a. Sendo que a expectativa de inflação para esse ano já se aproximando dos 9% a.a. , significando que os consumidores, as empresas e o governo vinha gastando mais que a oferta de bens e/ou serviços e isso tende a elevar o preço dos produtos.

Portanto o aumento da SELIC desestimula o consumo, diminuindo a demanda (procura por bens e/ou serviços), impedindo que os preços continuem a subir e, quem sabe, até comecem a cair. Em poucas palavras, o objetivo do governo, ao elevar a SELIC, é controlar a inflação.

E como podemos nos aproveitar desses aumentos da SELIC?

Alguns títulos públicos são indexados, direta ou indiretamente, pela SELIC. A LFT (Letras Financeiras do Tesouro), título pós-fixado indexado à SELIC é a primeira opção. Essa opção acompanha a SELIC, pagando no vencimento do título o rendimento dessa taxa. Como a perspectiva de curto e médio prazo é de elevações até o final do próximo ano, trata-se de uma interessante alternativa.

A segunda opção, também para curto e médio prazo, é a LTN. As LTNs (Letras do Tesouro Nacional) são prefixadas e já se sabe quanto irá render no momento da compra. Apesar de não ser indexada à SELIC, geralmente as taxas prefixadas oferecidas aumentam um pouco sempre que a SELIC aumenta.

 Tem dúvidas? Entre em contato.

 Abraços e até a próxima semana

Rodrigo Teixeira Mendes

 

Graduado em Direito pela Universidade Paulista e Pós Graduado em Administração de Negócios pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, além de possuir experiências na área financeira e comercial em empresas como Banco Itaú, RR Donnelley Moore, Camargo Correa. Atualmente tem atuação no setor financeiro e ministra cursos e palestras na área de Educação Financeira com foco na disseminação do conhecimento de produtos disponíveis no Mercado Financeiro (Finanças Pessoais, Renda Variável, Renda Fixa). E-mail: rodrigo@valutainvest.com.br  Telefone: (19) 99626-1540/(19) 2513-0103