Raquel Baracat

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É jovem e não quer rasgar dinheiro? Tome essas 4 precauções - Coluna Investimentos por Rodrigo Teixeira Mendes

      

Dizem que o jovem tem saúde e tempo, mas não tem dinheiro; que o adulto tem saúde e dinheiro, mas não tem tempo; e que o velho tem dinheiro e tempo, mas já não tem saúde. Realmente é complicado equilibrar as três coisas.

 Aprender desde cedo a lidar com o dinheiro, com certeza garantirá momentos tranquilos em diferentes fases da vida. Segue alguma delas:

 

1. Defina objetivos de vida

As escolhas da juventude podem parecer pesadas para quem tem pouca experiência de vida. Arrumar um emprego, fazer uma faculdade ou os dois? Planejar abrir um negócio? Fazer um curso técnico? Sair da casa dos pais ou ficar mais um pouco? Estudar perto de casa, em outra cidade ou no exterior?

As possibilidades confundem e angustiam, principalmente quando são muitas e sem dúvida, não é fácil acertar, e não raramente, muita gente muda de rumo mais tarde.

 Não ter objetivos de vida claros desde o início é o que mais complica a relação do jovem com o dinheiro, ou seja, a falta de objetivos profissionais é apenas parte de um problema maior: os jovens têm dificuldade de se ver no futuro.

 Por exemplo, você já pensou se gostaria de se casar algum dia? De ter filhos? De ajudar seus pais financeiramente? De ser milionário? De viajar bastante? De morar no exterior? De manter hobbies caros?

 Não é fácil definir com precisão a resposta para todas essas perguntas imediatamente, mas você pode também estimar a sua propensão a mudar de ideia.

 Definir objetivos é um dos passos mais importantes para fazer boas escolhas financeiras. Eles são a cenoura na frente do seu nariz, aquilo que incentiva você a poupar, e te dão maior consciência de quanto você vai precisar juntar para bancá-los.

 2.       Cuidado com o cartão de crédito

Os cartões de crédito só devem ser introduzidos na vida dos jovens no início da idade adulta, e mesmo assim com acompanhamento e supervisão dos pais.

 Os cartões não são ferramentas adequadas para a educação financeira de crianças e adolescentes, porque a ideia de dinheiro por trás deles é muito abstrata.

 O cartão de crédito pode ser um aliado ou um vilão, dependendo de como é usado. 

 3.       Acredite: pedir ajuda aos mais velhos é uma boa ideia

Muitos especialistas concordam que a boa educação financeira começa em casa, mas muitas vezes as famílias falham nesse quesito e uma boa forma de se driblar isso é tomando a iniciativa de recorrer a pais e avós, ou mesmo a outros mentores mais velhos.

 São eles que podem tirar suas dúvidas e dar orientações em momentos importantes como a sua primeira grande viagem com recursos próprios, a compra do primeiro carro, o aluguel ou a compra do primeiro imóvel, ou mesmo nas escolhas de carreira, mas é necessário estar aberto, ter consciência de que não sabe tudo e, principalmente, que há muitos riscos que você desconhece.

 A grande questão é encontrar bons mentores, já que pais com mau comportamento financeiro podem acabar contaminando os filhos e atrapalhando mais do que ajudando.

 4.       Se vai morar sozinho, tenha preocupação extra com a organização

Quem sai da casa dos pais para morar sozinho ou com amigos pode ter certas dificuldades de se organizar no início, por não saber de fato como as finanças da casa funcionam, afinal, as contas não se pagam sozinhas, o papel higiênico não nasce no rolo, nem a comida brota na geladeira, ou seja, se você esquecer uma cebola lá por muito tempo, até brota.

É comum, nessa fase, gastar demais no supermercado, pagar alguns juros e multa pelos atrasos nas contas e até entrar no cheque especial porque o jovem ainda não se deu conta que não poderá mais gastar tanto com lazer quanto antes.

Este é um momento de euforia para boa parte dos jovens, e de fato é uma fase legal, porém os pais devem prepará-los para o mundo ensinando a importância de guardar as contas pagas e montar um orçamento, por exemplo.

Rodrigo Teixeira Mendes

Coluna Investimentos

Graduado em Direito pela Universidade Paulista e Pós Graduado em Administração de Negócios pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, além de possuir experiências na área financeira e comercial em empresas como Banco Itaú, RR Donnelley Moore, Camargo Correa. Atualmente tem atuação no setor financeiro e ministra cursos e palestras na área de Educação Financeira com foco na disseminação do conhecimento de produtos disponíveis no Mercado Financeiro (Finanças Pessoais, Renda Variável, Renda Fixa). E-mail: rodrigo@valutainvest.com.br  Telefone: (19) 99626-1540/(19) 2513-0103