Terra de influenciadores: como empresas usam o Instagram para faturar
Estudo mostra como pequenas empresas podem dialogar com seus públicos de nicho pelo Instagram, usando o poder crescente de influenciadores
O Instagram possui mais de um bilhão de usuários ativos — e as marcas já perceberam que estar entre os posts inspiradores e stories de seus clientes pode ser uma boa oportunidade de negócio. Segundo uma pesquisa do instituto Ipsos Connect, feita com 300 administradores de contas de pequenas e médias empresas no Instagram, 65% dos entrevistados afirmam que o aplicativo ajuda a aumentar as vendas e 76% dizem que traz novos consumidores.
A plataforma é ideal para conversar com pequenas comunidades, como os clientes de uma empresa, e usar influencers é uma estratégia cada vez mais comum. Por mais que tenha menos usuários do que redes sociais como Facebook e YouTube, os usuários do Instagram são mais engajados — o que gera um terreno fértil para o marketing feito por influenciadores. As marcas conseguem aproveitar esse potencial para gerar conversão, engajamento ou alcance por fotos e vídeos em diversos formatos.
A análise é de um estudo da Socialbakers, plataforma de administração de mídias sociais com 2.500 clientes em 100 países. O mercado de influencer marketing deve alcançar 2,38 bilhões de dólares neste ano.
Influenciadores como estratégia de negócio
Em 2018, o número de influenciadores usando a hashtag #ad, que indica um post publicitário, cresceu 56%. O número de posts com essa hashtag teve uma alta similar, de 53%. Os críticos do marketing de influência afirmam que posts publicitários distanciam os usuários do criador de conteúdo, pela percepção de que se trata de uma propaganda. Mesmo assim, a Socialbakers afirma que posts com e sem o #ad apresentaram engajamentos similares — uma boa notícia para pequenas empresas que querem apostar nos influencers.
Além de pesquisar o histórico do influenciador e o quanto ele se conecta com os valores de sua pequena empresa, é preciso decidir qual o influencer certo para sua estratégia e orçamento. São três escolhas possíveis: os microinfluenciadores, com menos de 100 mil seguidores; os macroinfluenciadores, com mais de 100 mil e menos de um milhão de seguidores; e as celebridades, com mais de um milhão de seguidores.
Os microinfluenciadores são mais próximos de seu público, com maiores taxas de conversão e engajamento. A maioria se especializa em nichos e possui uma audiência mais qualificada nesse setor de cobertura. Suas ações de marketing também custam menos. Esse é o tipo mais comum de influencer na América Latina — representam 88% dos profissionais de influência no Instagram.
Já os macroinfluenciadores possuem uma audiência maior e mais ampla, gerando mais alcance. Eles possuem prestígio dentro de uma comunidade e estão mais acostumados a trabalhar com pequenas empresas.
As celebridades operam de forma parecida, mas em uma potência tão mais elevada que podem construir marcas. O maior exemplo desse processo é a empreendedora e socialite Kylie Jenner, que ganha um milhão de dólares por post, segundo o serviço de automação para Instagram Hopper HQ, e se tornou a mais jovem bilionária por mérito próprio do mundo baseando-se principalmente em sua força na rede social.