Raquel Baracat

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Exercício e Câncer - Coluna Fitness por Isa Casline da Cia Athletica Campinas

“Nas últimas décadas, a eficácia da terapia anticâncer aumentou consideravelmente. No entanto, os efeitos secundários causados por ela são recorrentes e podem durar anos após o final do tratamento. Os mais comuns são a fadiga crônica e a redução da qualidade de vida (QV), que são potencializados pela perda da funcionalidade, muito comum em pacientes oncológicos.

O treinamento aeróbio foi a primeira forma de intervenção estudada em sobreviventes de câncer (CA) de mama com resultados favoráveis na redução da fadiga e aumento da QV. Mais recentemente, os estudos passaram a incluir o treinamento de força (TF), também conhecido como musculação, com efeitos benéficos e eventos adversos mínimos. Entretanto, o TF induz respostas fisiológicas singulares, especificamente, hipertrofia e força muscular - que podem melhorar a funcionalidade, diminuir a fadiga e, finalmente, favorecer a QV. Entender estes efeitos é fundamental para aumentar a eficácia na prescrição de um treinamento.

Em recém-publicada revisão, foram investigados os efeitos específicos da realização do TF em vários tipos de CA. Destaco aqui o CA de mama, onde 16 estudos preencheram os critérios de inclusão para análise. Os resultados foram obtidos a partir de TFs que duraram, em média, 8 meses, com frequência de sessões de 2-4/semana e intensidade de cargas de moderada a alta (50-85% de 1RM).

Força - O TF foi capaz de induzir aumentos de força em membros inferiores (29%) e nos superiores (23%).

Composição corporal – o TF diminuiu consideravelmente o percentual de gordura corporal no grupo TF, enquanto as controles tiveram aumentos. A densidade mineral óssea não se alterou.

Funcionalidade - Melhoras significativas em provas de função de braços (aumento em 18%). Também foram constatadas melhoras no equilíbrio e na caminhada.

Emocional – melhora em 19% na imagem corporal após a realização do TF, indicando menor preocupação com as aparências físicas. Redução da ansiedade, depressão e fadiga, impactando em melhora da QV.

Face ao exposto, o TF apresenta-se como uma alternativa de intervenção terapêutica não farmacológica muito promissora nesta população. “Texto completo e refs. em oncofitness.com

Isabela Casline

Coluna Fitness

Isabela Casline é educadora física, bacharel em Treinamento Esportivo pela UNICAMP e personal trainer; cursando Certificação Mundial de Personal Trainer, Grupo Mastermind, módulo Coaching. Escreve sobre emagrecimento, treinamento funcional, corrida e condicionamento físico.

Blog:  www.isacasline.com.br