Do grego enkausticos = gravar a fogo, é uma técnica de pintura que usa cera de abelha como aglutinante dos pigmentos e pela mistura densa e cremosa. A pintura é aplicada com pincel ou espátula quente. Técnica que contempla séculos é muito resistente, demonstra a quantidade de pinturas que atravessaram os tempos.

HISTÓRIA

Utilizada desde a Idade Antiga, pelos romanos e gregos. Plínio, o Velho, descreve seu uso sobre o marfim e dizia ser boa técnica para rematar a fabricação de barcos, pela resistência ao sal e intempéries. No Egito, descobriram-se retratos de grande força expressiva, em sarcófagos de madeira, realizados em encáustica, com datação dos séculos I e II. Também alguns murais em Pompeia foram feitos com ela. A partir do IX, a encáustica cai em desuso até que reaparece no século XVIII, especialmente na Inglaterra e França. Eugène Delacroix utiliza-a em muitas de suas obras. Também é usada por artistas do século XX, como Jasper Johns, Mauricio Toussaint, Diego Rivera, Georges Rouault e João Queiroz.

PREPARAÇÃO

Misturava-se cera com pigmentos coloridos a uma solução obtida com as cinzas de madeira e água, depois acrescentava-se cola ou resina, esquentava-se a superfície a pintar e as espátulas. A técnica está em destaque com instrumentos mais modernos, como braseiros elétricos e maçaricos. Os materiais também sofreram adaptações, sendo usadas a cera de abelha refinada, de damar, de carnaúba ou parafina. Os suportes usados são parede de alvenaria, placas de madeira e telas.

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