Cia Athetica Campinas registra retomada e alunos matriculados em janeiro já é superior a 2019
Volta às academias indica maior cuidado das pessoas com a saúde
Um dos legados deixados pela pandemia foi a maior preocupação das pessoas com a qualidade de vida e o foco na saúde. Isso porque, com o isolamento e o sedentarismo, doenças graves como diabetes cardiovasculares e obesidade disparam no mundo todo. Só no Brasil, de acordo com dados do Atlas do Diabetes, houve um aumento de quase 27% no número de pacientes diabéticos. O país é o sexto do mundo com a maior quantidade de pessoas com a doença: cerca de 16 milhões de brasileiros diagnosticados, mas a previsão é que haja mais de 640 milhões até 2030.
Já o número de mortes decorrentes de doenças cardiovasculares cresceu 132% durante a pandemia, segundo Uma pesquisa feita pela UFMG, em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Já quanto à obesidade, quase seis em cada dez brasileiros (57,25%) estavam com sobrepeso em 2021, segundo dados da pesquisa “Vigitel 2021”, realizada pelo Ministério da Saúde.
Um indicativo da maior preocupação dos brasileiros com a saúde é a retomada no número de matriculados em academias. Em Campinas, o número de alunos na Cia Athletica, unidade do Galleria Shopping na primeira quinzena de janeiro já supera o de matriculados em 2019. Na unidade do Clube Cultura, inaugurada em setembro de 2019, a quantidade é praticamente o dobro neste início de ano.
Edward Bilton, diretor de Marketing da rede no Brasil, explica que a retomada dos alunos e a quantidade de matriculados já acima de 2019 é vista como um fator positivo. “Isso mostra que as pessoas estão dando maior atenção à saúde, passando a se cuidar mais e colocando os treinos em suas rotinas diárias”.
Apesar do aumento de alunos, Bilton lembra a importância que as pessoas devem ter ao retomar as atividades para evitar riscos como infarto ou lesões. “É preciso que antes de começar a pessoa faça um exame médico e busque a orientação e auxílio de profissionais de educação física”.
Bilton lembra, porém, que o fechamento e as restrições das atividades comerciais por quase dois anos também trouxeram reflexos negativos para todo o setor fitness, com a quebra de milhares de academias, que precisaram encerrar suas atividades, resultando em um número alto de desempregos.
Mesmo com esta retomada forte, ele ressalta também que as academias operam com valores defasados, sem acompanhar a inflação acumulados nos últimos quatros anos.