Raquel Baracat

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Como amenizar a convivência com uma liderança tóxica?

Pesquisa revela que 8 em cada 10 pessoas desistem do emprego por conta da liderança

Nada mais comum do que escutar um amigo reclamando do chefe. Quem nunca trabalhou com uma liderança que não era compatível com o padrão da empresa? Hoje em dia, não são poucos os chefes que usam sua posição na companhia para oprimir seus colaboradores porque tem consciência de que o mesmo precisa trabalhar, cuidar de sua família e pagar suas contas. No entanto, alguns líderes se aproveitam disso sob a ótica do medo, usando tais atitudes para controlar a vida de seus empregados.

Para Leila Santos, coach de comportamento humano, o colaborador precisa entender se realmente está lidando com uma chefia tóxica, para então saber como lidar com a situação. “Em primeiro lugar, é importante que você identifique quais são os comportamentos do seu gestor que considera tóxicos e se eles acontecem de forma generalizada e, não apenas com você. Gerencie  as suas próprias emoções  e adote estratégias para cuidar da sua saúde emocional e mental. Procure delimitar o contexto em que esse comportamento aparece na sua interação com ele e se você pode minimizar esse gatilho de alguma forma”. 

O espaço para esse tipo de liderança é reflexo do cenário atual em que vivemos. Com a instabilidade econômica, algumas empresas buscam resultados no curto prazo para se manterem competitivas, sem olhar para a gestão de pessoas. “Um dos aspectos que contribuiu para o aumento da liderança tóxica em algumas empresas está relacionado ao trabalho remoto. Por falta de competências de gestão à distância e baixo nível de confiança na equipe, muitos gestores extrapolaram no micro gerenciamento e controle. A mentalidade de que funcionários longe do escritório não trabalham como deveriam, ainda é muito forte no meio corporativo. O foco no controle das horas trabalhadas, e não nas entregas, reforça ainda mais essa mentalidade”, explica Leila.

Apesar de estarem presentes em negócios de diferentes setores e portes, é mais comum encontrá-los em mercados tradicionais, em que muitas das vezes o colaborador não tem força ou não entende que está sendo liderado por uma má chefia. “Avalie se o ambiente tóxico está restrito a um gestor, uma área ou se isso faz parte da cultura da empresa. Se a empresa tem uma cultura tóxica, você precisa fazer uma escolha: pegar ou largar. Qual o seu nível de resiliência e disposição para comprometer sua saúde física e mental? A não ser que consiga desenvolver estratégias para blindar a sua emocionalidade, e não se deixar abalar pelas práticas tóxicas, não recomendo que ninguém se submeta a um ambiente de trabalho tóxico”, orienta.


Sobre Leila Santos

Coach de líderes e empresas há mais de 20 anos, atende clientes com renome no mercado como Grupo WLM, L’Occitane, Grupo Boticário, Sephora, Itaú, Biolab, Pfizer, Roche, Astellas, Ache, AstraZeneca, Farmoquímica, Fitec, Pierre Fabre, Uni2, Gencos, dentre outras. Atua com foco no cliente corporativo, sempre valorizando e investindo em profissionais e empresas que já estão preparados para essa mudança de cultura e mindset.