Raquel Baracat

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Tipos de derivativos - Coluna Investimentos por Rodrigo Teixeira Mendes

Olá a todos!

Espero todos estejam bem.

Tipos de derivativos

Na última semana, demos uma pincelada sobre o Mercado de Derivativos, uma modalidade bem interessante de se investir, Dessa vez, ir a fundo pode ser garanta mais segurança quando optar por esse mercado.

Então, onheça um pouco mais sobre os tipos de derivativos e as peculiaridades de cada modelo de contrato.

Há 4 modalidades que são divididas em Contrato a Termo, Contrato Futuro, Opções e Swap.

Segue um detalhamento de cada um deles e seu funcionamento.

1.Contratos a termo

Para quem compra um contrato a termo, há um comprometimento de se comprar uma mercadoria ou um ativo financeiro, numa certa quantidade determinada, por um preço que já está preestabelecido desde o momento da negociação, para liquidação em uma data no futuro (também essa já definida desde o início).

Para quem vende um contrato a termo, o compromisso é o contrário: de vender esse mesmo ativo. Esses instrumentos podem ser negociados na bolsa, mas também no mercado de balcão.

2.Contratos futuros

A definição de um contrato futuro é bem parecida com a de um contrato a termo:

- Representa o compromisso de comprar ou vender um ativo por um determinado preço em uma data no futuro, mas a principal diferença está no formato da liquidação.

Quando se fala em contrato a termo, a liquidação da operação ocorre somente na data de vencimento do papel, o que já é diferente no caso dos contratos futuros onde há o ajuste diário.

Por conta desse mecanismo, todos os contratos futuros que os investidores mantêm são avaliados diariamente a partir de um preço de referência, na qual chamamos de preço de ajuste diário. Com isso, na prática, as operações são ajustadas todos os dias de acordo com as expectativas do mercado para o preço futuro do ativo de referência do contrato.

O preço de ajuste diário leva em conta o preço médio das operações feitas com o papel no mercado futuro no período da tarde.

A diferença — positiva ou negativa — entre os preços de ajuste diário de um pregão para o outro é apurada. E o investidor que tiver posições em aberto precisa pagar essa diferença (se ela for negativa), ou então receberá o valor na sua conta (se ela for positiva).

O ajuste diário, portanto, é um sistema que apura perdas e ganhos e que ajuda a aumentar a proteção das posições no mercado de contratos futuros. Outra diferença entre eles e os contratos a termo é o fato de serem negociados apenas em Bolsas.

3.Opções

O mercado de opções são o direito de comprar ou de vender um ativo por um preço fixo numa data futura. Para comprar uma opção, é preciso pagar um valor a quem vendeu — chamado de prêmio. Não se trata do preço do ativo em si, mas sim um valor pago para ter a possibilidade de comprar ou vender o ativo mais tarde.

No Brasil, as mais conhecidas são as opções sobre ações — mas podem existir opções de outros tipos também. O que há em comum é que esses ativos de referência são negociados de forma transparente em pregão.

Quem compra uma opção é chamado de titular. Ele sempre tem o direito de exercer a opção – ou seja, de comprar ou vender o ativo na data do vencimento pelo preço acordado desde o início. Porém, não é obrigado a fazer isso. Pode simplesmente escolher deixar a opção vencer, sem maiores consequências além da perda do valor que pagou como prêmio por ela.

Já o vendedor de uma opção, também chamado lançador, sempre tem a obrigação do exercício caso quem comprou deseje realizá-lo. Pense nas opções de compra de ações da Petrobras, por exemplo. Se, na data do vencimento, o titular delas quiser exercer seu direito de comprar ações da Petrobras pelo preço acordado, o lançador é obrigado a arrumar os papéis correspondentes para vender a ele.

4.Swaps

Para finalizar, vamos comentar como funciona um contrato de Swap que na verdade é um acordo em que dois investidores negociam a troca de rentabilidade entre dois ativos.

Isso na prática, faz com que haja uma troca de fluxo de caixa entre si, tendo como ponto de partida a rentabilidade de um dos ativos em comparação com a do outro na qual o objetivo é reduzir os riscos e aumentar a previsibilidade para quem está envolvido na operação.

Vamos pensar da seguinte forma em que um contrato de swap de dólar contra o IBOV ou qualquer outro ativo, principal índice de ações do mercado brasileiro. Se na data de vencimento do contrato o dólar tiver uma valorização abaixo da variação do IBOV quem comprou Ibovespa e vendeu ouro receberá a diferença de rentabilidade. Já se o retorno do ouro for superior à variação do IBOV, ganha a diferença quem comprou ouro e vendeu IBOV.

Resumindo, o Mercado de Derivativos fornece muitas ferramentas para negociação e obtenção de lucro, mas pode acarretar prejuízos senão for estudado e a estratégia bem definida.

Como se ouve quase todos os dias, diversificar seus investimentos lhe trará rentabilidade em todas as fases e é melhor sempre a fazer.

Tem dúvidas, estou à disposição.

Até mais!

Rodrigo Teixeira Mendes

Coluna Investimentos

Natural de São Paulo-SP-Brasil e hoje residindo em Bournemouth-Dorset, Inglaterra, com graduação em Direito pela UNIP e pós graduação em Administração de Negócios pelo Mackenzie e Finanças Corporativas pela UNICAMP.