O Rei e seus juros - Coluna Investimentos por Rodrigo Teixeira Mendes
Olá a todos! Espero todos estejam bem. Nas últimas semanas o mundo se pergunta, para onde irão as taxas de juros?
No Brasil houve o corte de 0,5% divulgado na última semana e tratamos desse tema no último artigo.
O Banco da Inglaterra, local onde resido decidiu essa semana encerrar a sequência de alta e não por conta do arrefecimento da inflação, mas sim porque os dados econômicos têm sido péssimos e continuar estrangulado a economia com altas taxas de juros inibe o consumo, penaliza os tomadores de empréstimos e põe para baixo qualquer perspectiva de crescimento (somando-se a tudo isso o pós-covid e o Brexit).
A taxa de juros está hoje em 5,25% ao ano na Terra do Rei, decisão que foi muito dividida dentro do MPC (Comitê de Política Monetária local) com 5 votos a favor para a manutenção da taxa no atual patamar e 4 votos para um novo aumento de 25bps, o que interrompe 14 aumentos de forma seguida.
A linha de raciocínio do MPC é de que após sua decisão que a política monetária terá de ser suficientemente restritiva durante um período suficiente para que a inflação regresse ao objetivo de 2% de forma sustentável a médio prazo.
A inflação por esses lados é tema de preocupação para autoridade monetária, já que o núcleo da inflação perdeu força, passando de 6,9% para 6,2% na comparação anual. Mas, o que o Brasil tem a ver com todas essas informações? Importante salientar o mercado financeiro é muito impulsionado por remessa de dinheiro estrangeiro e quando se estabiliza uma taxa de juros em países como Inglaterra, EUA, Alemanha que são grandes economias, a tendência é haja maior fluxo de capital vindo para o Brasil para se capitalizar e de certa forma regressas as suas origens ou virarem capita produtivo.
Dessa forma, o dinheiro que vem dos estrangeiros movimenta uma máquina de produtividade e porque não de especulação o que faz que no Brasil a inflação venha a ceder e a taxa SELIC sentir-se pressionada a ter uma queda gradativa que seja competitiva com as economias mais competitivas do mundo.
O Brasil ainda tem a segunda maior taxa de juros real do mundo, ficando atrás somente do México, o que demonstra um grande espaço para cortes e gerar oportunidades de negócio.
Na próxima semana nos vemos. Tem dúvidas, estou à disposição.
Até mais!
Rodrigo Teixeira Mendes
Coluna Investimentos
Natural de São Paulo-SP-Brasil e hoje residindo em Bournemouth-Dorset, Inglaterra, com graduação em Direito pela UNIP e pós graduação em Administração de Negócios pelo Mackenzie e Finanças Corporativas pela UNICAMP.