Raquel Baracat

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Saiba quais são as novas diretrizes do Teste da Orelhinha - Coluna Pediatria por Dra. Carolina Calafiori de Campos

A realização da triagem auditiva neonatal , mais conhecida como TESTE DA ORELHINHA, é obrigatória nas maternidades e hospitais do país desde 2010 e tem como objetivo identificar anormalidades nas células ciliares e na região da cóclea ,bem como na função neural.

Os déficits auditivos podem estar presentes desde o início da vida, e quanto mais cedo forem detectados, menores serão os seus impactos no desenvolvimento infantil.

Em 2019, o Comitê Misto de Audição Infantil (Joint Committee On Infant Hearing - JCIH), referência internacional na área, publicou as NOVAS DIRETRIZES DE TRIAGEM AUDITIVA PRECOCE e atualizou seus programas de intervenção:


  1. o ideal é que todos os bebês passem pela triagem neonatal até 1 mês de idade, e pelo diagnóstico audiológico até os 3 meses;

  2. a intervenção deve ser precoce, quando necessária, até no máximo os 6 meses;

  3. Para a primeira etapa, o JCIH indica o exame de emissões otoacústicas (EOA), que analisa a audição periférica através das células ciliares, e o exame de avaliação de potencial evocado auditivo de tronco encefálico (PEATE ou BERA), que observa o status da cóclea e a função neural até o encéfalo

Veja o esquema da nova recomendação :

  • Neonatos em enfermarias: triagem com EOA antes da alta hospitalar. Caso falhe no EOA, repetir esse exame e fazer o PEATE em aparelho automático ainda no hospital.

  • Neonatos em UTIs: realizar o PEATE em aparelho automático. Em caso de falha, encaminhar diretamente para audiologista e, se indicado, para fazer PEATE em aparelho diagnóstico.

Bebês que apresentarem quaisquer alterações nessa fase devem ser imediatamente encaminhados para serviços de intervenção. 

Também é muito importante que as famílias dos bebês recebam suporte e informações claras sobre as possibilidades e fases do tratamento.

Se o déficit auditivo for confirmado por otorrinolaringologistas e fonoaudiólogos, o próximo passo é iniciar o tratamento , conforme o tipo e a gravidade da perda auditiva.

Normalmente, o tratamento começa pelo uso do aparelho auditivo. 

Caso a deficiência auditiva seja severa pode ser necessário o uso de implantes cocleares e implantes de condução óssea.

Em caso de dúvidas procure sempre seu Pediatra.

Dados : Comitê Misto de Audição Infantil (Joint Committee On Infant Hearing - JCIH); Secad

Carolina Calafiori de Campos

Coluna Pediatria

Dra Carolina Calafiori de Campos - CRM 146.649 RQE nº 73944 

Médica Formada pela Faculdade de Medicina de Taubaté, Especialização em Pediatria pelo Hospital da Puc Campinas, Especialização em Medicina Intensiva Pediátrica pelo Hospital da Puc Campinas, Membro da Sociedade Brasileira de Pediatria - Contato: carolinacalafiori@hotmail.com