Baladeiros endinheirados


baladeiros indinheirados

Neste mês a revista Veja publicou uma matéria sobre a disputa entre as casas noturnas de São Paulo pelos baladeiros endinheirados, que me chamou muito a atenção.

Com o subtítulo “limusines, bebidas premium e mulheres bonitas são as artimanhas para atrair  público disposto a pagar 3 mil reais em apenas uma garrafa de champanhe" pode-se ter uma ideia de algumas regalias que um estabelecimento oferece para tentar fisgar uma turma que quer tratamento de realeza.

Villa Mix, Ballroom, Royal, Petit e a reinaugurada Pink Elephant são algumas das casas citadas que abusam na excentricidade e fazem uso de todas as armas para driblar a concorrência e conseguir atrair a atenção desse público específico e exigente.

Analisando as cifras despendidas por noite por esses jovens dá pra entender a briga entre as casas noturnas. Tá certo que sair à noite em São Paulo não custa pouco pra ninguém, mas nada se compara ao que essa turma gasta.

Na recém-inaugurada Petit, por exemplo, foi criado um serviço de limusine exclusivo para mulheres, que leva e busca em casa por mais ou menos mil reais o percurso. Valor esse que pode ser negociado.

Dentro da balada, rapazes consomem baldes de vodca ou uísque com energéticos de até 840 reais. Parece muito? Não para o empresário Leonardo Moraes, de 31 anos, que se define como um “pão-duro” por não gastar mais de 300 reais (!) por noite, já que não bebe.

Na filial norte-americana Pink Elephant, a revista Veja destaca o valor da entrada cobrada entre 200 a 470 reais (homem) e 100 a 200 (mulher),além do dress code imposto na porta. “O hostess pode barrar o cliente que não estiver bem vestido.” Confirma Arlen Coelho, gerente de marketing da casa. E acrescenta “homens devem estar de sapato e camisa de botão. Não entram de sneaker (tênis esportivo) ou boné. Depois que o cliente entra, eu não me importo de tratá-lo como um príncipe.”

Dentro da casa, se o cliente optar pelo camarote, é preciso fazer uma pré-reserva e pagar antecipadamente uma porcentagem de valores que variam entre 4 a 20 mil reais. Segundo o empresário e modelo Gabriel Nelson, 24 anos, vale a pena gastar 50 mil reais numa única noite, pois o “camarote a gente divide entre amigos e tem a consumação”, diz. Fato que não surpreende o gerente da casa, Coelho, que já atendeu um pedido de cinquenta garrafas de champanhe a 2.800,00 cada de um único camarote.

FONTE: VEJA SÃO PAULO


Milena Baracat

Milena Baracat é formada em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). 

Atualmente atua com profissionais  no desenvolvimento, tratamento de acervos, informatização e tecnologia da informação aplicada para bibliotecas particulares e privadas.