Por anos fomos acostumados a contratar funcionários baseado em suas habilidades específicas, tais como: financeira, recursos humanos, análise de sistemas, treinamento, contabilidade e assim por diante. E a cultura interna das empresas sempre foi se referir a cada funcionário, de acordo com sua especificação. Por exemplo, quando tiverem algum problema relacionado ao estoque, eles chamam o estoquista; agora se o problema for com pessoas, eles chamam a área de recursos humanos. Mas, nós seres humanos somos um conglomerado de diferentes habilidades e talentos. Ficaria muito difícil nos classificar como bons em apenas uma coisa. Você provavelmente não é bom em apenas em uma coisa. Você, provavelmente tem vários talentos, às vezes até alguns que você não sabe, mas os outros percebem com muita clareza.
Nós temos sim uma habilidade específica em uma ou duas coisas, mas sabemos muito mais que isso. E quanto mais experiências tivermos em nossas vidas, mais saberemos de outras áreas e outros assuntos. Experiência não necessariamente tem a ver com a idade, ou com tempo que você tem na empresa; mas sim com as situações que a vida te proporcionou e às vezes até, com o quão difícil elas foram. Se analisarmos o comportamento das pessoas da geração millenium (18 a 35 anos), eles provavelmente são pessoas que sabem muito de várias áreas, isso devido à influência da internet e também do próprio perfil dinâmico deles. Eles odeiam ficar por fora de assuntos, tendências e acontecimentos; por isso buscar sempre estar atualizados.
E como eles sobrevivem nas empresas atualmente? Será que eles conseguem especificar todo o seu conhecimento? Provavelmente algum deles acabam se frustrando.
Algo é preciso mudar na cultura das empresas. Hoje em dia as empresas não estão aproveitando todos os talentos de sua equipe. Ela acabou segmentando seus funcionários de acordo com uma habilidade em específico, e entrega problemas relacionados à essa específica segmentação. E caso ele não resolver, pune-o, julga-o como incompetente e pode até vir a demiti-lo. As consequências disso são altos custos com a rescisão e depois com treinamento para o novo funcionário. Os diretores vivem se reunindo para resolver problemas estratégicos, sem envolver demais funcionários. O máximo que eles envolvem são alguns gerentes superiores, quando necessário. E pior, quando o problema não é resolvido, eles contratam mais mão de obra especializada para resolve-lo.
Você já calculou o custo disso tudo, somados ao stress, ao impacto cultural e ao tempo desperdiçado? Será que dentro da empresa, com a equipe atual não se encontraria todas as respostas para os problemas atuais? Quem definiu que diretores, hoje em dia cada vez mais jovens, possuem mais “experiência” para resolver os problemas?
Na realidade, nunca conseguiremos prever problemas e nunca saberemos como eles de fato acontecerão. O que podemos pensar e nos planejar é em como solucioná-los. Na minha opinião, os empresários deveriam apostar mais na sua própria equipe. Usar o melhor e máximo potencial de cada um, antes de ir em busca de outros profissionais no mercado. Apostar em um organograma de rede ao invés do organograma hierárquico, seria uma ótima opção e como isso funciona?...
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Tatiana Garcia
Coluna Empreendedorismo
Formada em Administração de Empresas com Ênfase em Marketing (ESAMC), MBA Executivo em Gerenciamento de Projetos (FGV), MBA Internacional em Gestão Negócios (OHIO), Apoiadora do Curso de Liderança e Comunicação de Alta Performance Master Mind; ela hoje tem uma experiência em 10 anos em Finanças no Brasil e na Austrália, onde ocupou uma vaga em Gerente de Projetos no State Street of Boston. Especialista em Franchising, ela abriu sua própria empresa que promove um novo conceito para ajudar os empresários brasileiros a melhorarem seus resultados, ter uma equipe mais engajada e a inovar.Email: franquias.mb@gmail.com