Nada melhor do que um depoimento de um dos integrantes da Hospitalhaços, para poder transmitir aos leitores o sentimento de realizar um trabalho desta dimensão.
Para grande parte dos voluntariados, atuar na entidade acaba se tornando um projeto de vida. Um exemplo recente dessa sensação é o que vem sendo vivido por Roberta Neves Valezio, aluna do curso de graduação de Engenharia Civil da UNICAMP e uma das mais recentes palhaças da ONG.
Roberta resolveu se envolver com a ONG através de uma das disciplinas de seu curso de Engenharia Civil na UNICAMP, mas desde pequena sempre atuou como voluntária. “A princípio eu só acompanhava meus pais e amigos de igreja, depois eu cresci e comecei a buscar novas oportunidades para dedicar o meu tempo em prol dos outros”, comenta.
A estudante conta que apesar de atuar como voluntária junto a diversas ONG’s, foi somente em 2012 que conheceu a humanização hospitalar. “No ano passado meu pai passou por um procedimento cirúrgico e senti na pele a vulnerabilidade que nos envolve quando temos alguma pessoa importante com problemas de saúde. Foi aí que uma série de acontecimentos fez me aproximar do Hospitalhaços. Inscrevi-me no site e recebi uma notificação de que haveria uma palestra sobre a ONG e foi no dia 22 de Janeiro deste ano que decidi que eu queria fazer parte de tudo aquilo”.
Poucos dias depois Roberta foi até a sede e se inscreveu para o próximo processo seletivo. “Não via a hora de entrar para a equipe” e a tão esperada notícia chegou: Roberta foi chamada para participar do time. “Pulei tal qual uma criança, quando fiquei sabendo. Contei para meus amigos e familiares e todos ficaram felizes como eu. Foi uma sensação incrível!”.
A partir desse momento, tudo mudou na vida de Roberta. Como sempre foi engajada em vários projetos, começou a colocar o Hospitalhaços em todos eles. Um deles e que teve ótimo resultado foi a criação de uma campanha para arrecadação de doações para a ONG, entre os alunos da UNICAMP. “Nessa campanha muita gente boa ajudou! Mesmo a maioria dos alunos sendo de outras cidades e tendo dificuldades para trazer doações, conseguimos bastante coisa. Assim, pude perceber que o mundo está cheio de gente boa, só precisamos dar um empurrãozinho para que elas ajam”.
Desde então a futura engenheira civil da UNICAMP tornou-se a palhaça Solzinho e passou a fazer parte das atividades do Hospitalhaços dentro do Hospital das Clínicas da UNICAMP. “No treinamento aprendi o respeito com que os palhaços experientes encaravam seus narizes. Um simples pedaço de borracha com tão grande significado! Coloquei na cabeça que daquele momento em diante, quando me transformasse em Solzinho, esqueceria dos meus problemas e tristezas e estaria preparada para transbordar alegria para quem quer que fosse. Meu nariz separaria a Roberta, da Solzinho: um grande desafio pessoal”.
Ao longo destes meses de atividade junto a ONG, a voluntária conta que muitos detalhes foram acrescidos a Solzinho, “mas eu ainda tenho muito a aprender. Passei por momentos difíceis na minha vida pessoal nos últimos tempos, mas o fato de ter que interpretar Solzinho, algo que vem desafiando tudo que vivi até agora, tem me ajudado a crescer bastante e tem sido muito prazeroso. Além do mais, com o Hospitalhaços trabalho com uma equipe maravilhosa dentro do HC e no momento em que estamos lá com os pacientes, cada um com seus sentimentos e limitações, nos unimos em torno de um mesmo objetivo: fazer alguém feliz e isso vem marcando muito a minha vida, que acabou se dividindo em antes e depois do Hospitalhaços. Não quero parar de ajudar. Sei que tenho muito para aprender, mas mesmo que, só um pouquinho, quero oferecer tudo que essa nova experiência vem cultivando dentro de mim. Acredito que ainda há muitas sementes para plantar e muitos frutos para colher. A ONG Hospitalhaços é muito forte e possui, em sua equipe, pessoas sensacionais, com corações valiosos e muita experiência de vida. Não há como não se apaixonar”.
*Mauricio Batarce “Jornalista da Equipe de Comunicação da ONG Hospitalhaços”
Site: www.hospitalhacos.org.br
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* Mario Eduardo Paes é formado em Gestão Pública e, desde 2009 é o Coordenador Geral da Ong Hospitalhaços; atuou no Sistema de Proteção e Defesa dos Direitos da criança e do adolescente como Conselheiro Tutelar de Campinas - Gestão 2009-2012; ministra palestras com temas ligados à Humanização Hospitalar, a importância do riso, voluntariado, motivação, e prevenção e orientação sobre doenças e drogas (SIPAT).
Mario Eduardo Paes é formado em Gestão Pública e, desde 2009 é o Coordenador Geral da Ong Hospitalhaços; atuou no Sistema de Proteção e Defesa dos Direitos da criança e do adolescente como Conselheiro Tutelar de Campinas - Gestão 2009-2012; ministra palestras com temas ligados à Humanização Hospitalar, a importância do riso, voluntariado, motivação, e prevenção e orientação sobre doenças e drogas (SIPAT).