Em 2012 eu tive a oportunidade de participar de um projeto independente. O longa metragem “Ódio”, com estreia prevista para final de 2013. É um remake da década de 1970, na época dirigido e protagonizado por Carlo Mossy. O diretor Luiz Rangel fez uma releitura do original adequando o roteiro aos tempos atuais, mas continuando fiel à trama original.
Vinha acompanhando o projeto pelas redes sociais, leituras de roteiro no Youtube com os atores selecionados e materiais de divulgação. Conheci o diretor Luiz Rangel num workshop que ele ministrou no Rio de Janeiro e sempre quis trabalhar com ele, mas sabia que este projeto já estava fechado e em andamento.
Pouco antes do inicio das filmagens ele me ligou perguntando se eu queria fazer um teste para participar do filme, mas não me disse qual seria o personagem. Mesmo sem saber qual o papel, me interessava. Fiz o vídeo, mas sabia que seria bastante concorrido.
Duas semanas antes de iniciarem as filmagens o diretor me ligou: “André, você está disposto a fazer o Roberto?”. Eu não tinha acesso ao roteiro, mas como queria muito entrar no filme respondi: “Eu não sei quem é o Roberto, mas como o texto do teste foi um discurso, deve ser um personagem bacana.”. Ele hesitou um pouco e me disse: “André, Roberto é o protagonista”.
Foi um susto! Tinha apenas 12 dias para conhecer o roteiro, decorar falas, compor personagem e todo trabalho do processo criativo do ator, mas não podia perder essa oportunidade. Depois ele me explicou que o ator Mario Frias que seria o protagonista não poderia cumprir a agenda de gravações por uma questão contratual com uma emissora de TV. Então, imergi no roteiro e fui para o Rio de Janeiro.
Como se tratava de um projeto independente (sem incentivos fiscais) a produção precisaria ser o mais enxuta possível e gravar em no máximo 20 dias, com locações no Rio de Janeiro, Barra do Piraí e Nova Iguaçu. Foi um processo muito exaustivo tanto para a produção quanto aos atores. Nos três primeiros dias gravamos em Barra do Piraí, ininterruptamente, praticamente nem dormíamos.
Diretor de fotografia Helder Martins e André Luis Camargo durante cena em Barra do Piraí.
Voltamos ao Rio de Janeiro para gravar as cenas restantes e por três dias em Nova Iguaçu.
André Luis Camargo e André Ramiro filmando em Nova Iguaçu.
Mesmo com muitos imprevistos, problemas em locações e autorizações de filmagens pude comprovar que quando se tem vontade, uma equipe unida e com profissionais de qualidade tudo funciona e todos percebemos que o resultado foi melhor do que o planejado. Nessa questão fica evidente o trabalho de um bom diretor, que além cuidar de todos os elementos para que a gravação da cena atinja a qualidade esperada também teve o mérito de orquestrar e fazer o projeto acontecer.
Quis falar sobre esta experiência minha particular neste projeto justamente para expor a produção cinematográfica no Brasil está tomando um outro rumo, com um formato mais autônomo, que permite a experimentação e o surgimento de trabalhos cada vez mais autorais.
Gostaria de aproveitar esse espaço para agradecer o convite do diretor Luiz Rangel e como fui recebido por todo elenco e equipe técnica do filme.
Material promocional do filme
Pessoal, gostaria de me colocar à disposição para sugestão de assuntos, dúvidas ou críticas. Também gostaria de convida-los a curtir minha fan page: www.facebook.com/AndreCamargoAtor .
Nos vemos na próxima.
Bons filmes a todos!
André Luis Camargo é ator em projetos de cinema desde 2010, participou de quatro curtas e pequenas participações em dois longas metragens. Em 2012 protagonizou seu primeiro longa metragem ainda a estrear. Está participando de dois longas como coadjuvante e um curta metragem ainda é pré-produção e também tem projetos de estrear peças de teatro.
Email: andre@adiant.com.br e Fan page: www.facebook.com/AndreCamargoAtor