Tesouro Direto: é hora de abandonar? Coluna Investimentos por Rodrigo Teixeira Mendes

Olá à todos¹

Tudo depende do seu objetivo quando se fala em investimentos.

Qual o prazo que deseja aplicar os recursos: curto, médio ou longo prazo? Que risco está disposto assumir?

Saiba que não existe ganho sem risco, mas sim um gerenciamento para que possa aproveitar o de melhor em cada uma das suas aplicações.

Muitos investidores estão em dúvidaE a primeira delas é o título adquirido. Os títulos títulos NTN-B com vencimento mais alongado, que apresentam rentabilidade inversamente proporcional à taxa de juros possuem a característica de quanto maior a taxa de juros paga pelos títulos do Tesouro Direto, menor o valor do título. E, quanto menor a taxa de juros, maior o valor dos títulos.   Existem títulos que apresentam correlação positiva com os juros, como as LFTs – quanto maiores os juros, maior o valor.

Ao que tudo indica o ciclo de alta do Banco Central em aumentar as taxas de juros para combater a inflação está no final, mas isso, por si só, não é motivo para abandonar o tesouro direto – mesmo esses títulos mais afetados NTN-B).

O que depende é o seu objetivo como investidor. Caso seja de curto prazo, você deveria tomar precauções para não ser tão afetado assim pela taxa de juros. Vender os títulos pode ser uma boa opção. Se seu objetivo é de longo prazo, e você pretende aguardar o vencimento dos títulos, não há motivo para se preocupar – afinal, receberá, no vencimento, a taxa que negociou ao receber no momento em que investiu.

Uma estratégia para quem pretende investir para o longo prazo, é fazer preço médio com títulos do tesouro. A cada período de tempo (um mês, um ano) o investidor compra uma quantidade de títulos, com o objetivo de obter, no longo prazo, uma taxa de juros média. Com isso, as oscilações dos juros se tornam a cada dia menos relevantes para o patrimônio acumulado.

Se você não tolera nenhum tipo de prejuízo, o investimento apenas nas LFTs, que acompanham a variação da Selic acaba sendo interessante, já que para aquele perfil mais conservador, que acredita que a alta da Selic vai continuar a LFT sempre acompanha as variações da Selic, o investidor não corre o risco de ver seu título sofrer se a taxa chegar aos 14,25% ao ano. Afinal, sua remuneração será ajustada a esses 14,25%, ou seja, ao comprar o título pós-fixado, o investidor não precisa ter essa preocupação, porque estará acompanhando a Selic.

Já se aceita riscos um pouco maiores pode aplicar não só nas LFTs, que farão o papel mais conservador da carteira, mas também nas NTN-B.

O ideal é comprar títulos aos poucos, sem investir tudo que tem de uma vez só e sempre pensando que o investimento deve focar o longo prazo. Conheça a volatilidade da NTN-B e não compre um título de longo prazo para investir um dinheiro que ele pode precisar no curto prazo.

Tem dúvidas? Entre em contato.

Rodrigo Teixeira Mendes

 

Graduado em Direito pela Universidade Paulista e Pós Graduado em Administração de Negócios pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, além de possuir experiências na área financeira e comercial em empresas como Banco Itaú, RR Donnelley Moore, Camargo Correa. Atualmente tem atuação no setor financeiro e ministra cursos e palestras na área de Educação Financeira com foco na disseminação do conhecimento de produtos disponíveis no Mercado Financeiro (Finanças Pessoais, Renda Variável, Renda Fixa). E-mail: rodrigo@valutainvest.com.br  Telefone: (19) 99626-1540/(19) 2513-0103