O que precisa saber sobre o Tesouro Direto - Coluna Investimentos por Rodrigo Teixeira Mendes

O investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto é um dos mais democráticos do país. É possível aplicar a partir de 30 reais, os títulos têm garantia do governo e a rentabilidade de cada papel é a mesma independentemente do volume investido.

Os custos também costumam ser baixos, e as rentabilidades são formidáveis, em se tratando de um investimento garantido pelo governo e com baixíssimo risco de calote.

Mas embora tenha se popularizado nos últimos anos, o Tesouro Direto suscita muitas dúvidas nos investidores, pois à primeira vista, não parece assim tão simples quanto sugere ser.

O que são títulos públicos

Os títulos públicos federais são emitidos pelo governo federal para se financiar. Quem compra um título desses, está emprestando dinheiro ao governo em troca de uma remuneração. Trata-se, portanto, de um investimento de renda fixa.

Os preços dos títulos públicos e sua remuneração baseiam-se na taxa básica de juros, a Selic. A taxa básica é, portanto, o custo do dinheiro para o governo brasileiro. 

Os títulos públicos podem ser classificados de três formas:

- pós-fixados a taxas flutuantes, que pagam a variação da taxa Selic até o vencimento;

- prefixados, que pagam uma taxa já conhecida no ato da compra do título (por exemplo, 10% ao ano, 8% ao ano, e assim por diante); e

- pós-fixados indexados à inflação, que pagam uma taxa prefixada mais a variação da inflação pelo IPCA (por exemplo, 5% ao ano + IPCA).

Os títulos atrelados à Selic são chamados de Tesouro Selic (LFT). O investidor só recebe sua remuneração, junto com a devolução do principal, na data de vencimento.

Já os prefixados e os títulos atrelados à inflação têm duas versões cada: uma que paga juros semestralmente, o chamado cupom de juros; e outra que só paga os juros no vencimento, junto com a devolução do principal.

No caso dos prefixados, o Tesouro Prefixado (LTN) não paga cupom semestral, enquanto que o Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (NTN-F) paga juros a cada seis meses. Entre os atrelados à inflação, a versão sem cupom é o Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal). Já a versão com cupom é o Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais (NTN-B).

De uma forma geral, os títulos atrelados à Selic são vantajosos quando a perspectiva é de alta na taxa básica de juros. Também são interessantes como substitutos da caderneta de poupança, para investimentos que possam precisar ser resgatados a qualquer momento e para investidores que desejem se manter conservadores.

Já os prefixados e indexados à inflação são interessantes quando a perspectiva é de queda nos juros até a data de vencimento do papel.

O Tesouro Direto dispõe de um simulador que ajuda o investidor a escolher os títulos mais adequados ao seus objetivos financeiros e ao prazo disponível para aplicação.

O Tesouro Direto

A forma mais acessível para o investidor pessoa física investir em títulos públicos é pelo Tesouro Direto. Trata-se de uma plataforma on-line de negociação que o investidor pode operar por conta própria, fruto de uma parceria entre o Tesouro Nacional e a B3, antiga BM&FBovespa.

Como investir no Tesouro Direto

Para investir no Tesouro Direto, o investidor precisa abrir conta em uma corretora de valores, que servirá como intermediária na compra e venda de títulos. Os títulos do investidor ficam custodiados em seu nome na B3. Ou seja, seu patrimônio não se mistura ao da corretora.

Algumas corretoras são agentes integrados de custódia, o que significa que elas permitem compras e vendas de títulos dentro das suas próprias plataformas on-line. Nas corretoras que não contam com essa funcionalidade, o investidor deve acessar o sistema do Tesouro Direto para fazer movimentações.

Há também corretoras que permitem compras e vendas programadas de títulos. O investidor pode agendar as transações e reinvestir os cupons semestrais ou valores recebidos no vencimento dos títulos.

Com a opção do reinvestimento, sempre que o investidor recebe juros ou a devolução do principal, esses recursos são automaticamente aplicados em novos títulos.

Essas opções são interessantes para quem investe para o longo prazo ou deseja investir uma quantia todo mês, por exemplo.

O investimento mínimo no Tesouro Direto é de 1% do valor de um título, com limite mínimo de 30 reais. Não há limite máximo de patrimônio que um investidor pode manter em títulos públicos, mas o limite máximo de compras é de um milhão de reais por mês.

Mercado secundário de títulos públicos

O investimento via Tesouro Direto consiste em uma negociação no mercado primário, isto é, diretamente com o emissor do título – o governo federal. O investidor adquire os títulos diretamente do governo e, caso queira vendê-los antes do vencimento, o governo os recompra. Não há transação entre os investidores.

Mas é possível para a pessoa física investir no mercado secundário de títulos públicos, onde os investidores – geralmente instituições financeiras e fundos de investimento – negociam entre si.

As vantagens desse mercado são a oferta de uma variedade maior de títulos com vencimentos diferentes, o custo menor (o investimento pode sair de graça!) e, consequentemente, uma rentabilidade superior à do Tesouro Direto.

Entretanto, para participar o investidor precisa investir valores maiores, em geral a partir de 50 mil reais. Além disso, não é possível negociar Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal).

Para investir no mercado secundário de títulos públicos, o investidor também precisa abrir conta em uma corretora de valores. Mas em vez de seus títulos ficarem custodiados na bolsa, ficam custodiados no Selic – Sistema Especial de Liquidação e Custódia. Os pedidos de compra e venda em geral também não são feitos on-line, mas pelo telefone, via mesa de operações.

Quanto custa

Todo investimento em títulos públicos está sujeito à cobrança de imposto de renda sobre os rendimentos, conforme a tabela regressiva válida para as aplicações financeiras. Para aplicações de prazo inferior a 30 dias, há também a cobrança de IOF sobre a rentabilidade.

Quanto às taxas, o investimento no Tesouro Direto é sujeito a uma única taxa obrigatória, a taxa de custódia que remunera a guarda dos títulos na bolsa. Trata-se de uma cobrança de 0,3% ao ano sobre o patrimônio investido.

A maioria das corretoras cobra ainda uma taxa de administração, chamada de taxa de agente de custódia, de até 0,5% ao ano sobre o patrimônio investido.

No caso do investimento no mercado secundário, não há cobrança de taxa de custódia. É comum também que as corretoras isentem essa modalidade de taxa de administração. Nesses casos, o investimento sai a custo zero para o investidor. Há apenas a cobrança de impostos sobre os rendimentos.

Risco de crédito

Os títulos públicos são os investimentos de menor risco de crédito do país. Isso quer dizer que eles têm o menor risco de calote da nossa economia. Com garantia do governo federal, são mais seguros do que a poupança e os títulos emitidos por grandes bancos. Afinal, qualquer emissor de títulos privado do Brasil corre, além dos riscos do próprio negócio, o risco do governo brasileiro.

Risco de liquidez

O risco de liquidez também é bastante reduzido, pois há liquidez diária. Apesar de terem prazos longos, todos podem ser vendidos antes do vencimento. No Tesouro Direto, o investidor os revende para o governo; no mercado secundário, os vende para outro investidor.

As compras e vendas podem ser efetuadas nos dias úteis, das 9h30 às 18h, pelos preços e taxas do momento da transação. Das 18h às 5h dos dias úteis e em fins de semana e feriados, as transações ficam agendadas para o primeiro horário do primeiro dia útil subsequente, pelos preços e taxas do momento da abertura do mercado.

No Tesouro Direto, quando ocorre o vencimento de um título ou o pagamento de cupom de juros, os recursos ficam disponíveis na conta da corretora do investidor no mesmo dia, a partir das 13 horas. Já os recursos resultantes da venda antecipada de um título ficam disponíveis na instituição financeira a partir das 13h do dia seguinte ao da venda.

Risco operacional

Quanto ao risco operacional, muitos investidores se preocupam com a solidez da corretora pela qual farão as transações. Mas a corretora é apenas uma intermediária. No caso do Tesouro Direto, os títulos do investidor ficam custodiados na bolsa. Já no caso do mercado secundário, ficam custodiados no Selic, em uma conta apartada da conta da corretora.

Assim, se a corretora quebrar, basta que o investidor transfira sua custódia para outra instituição financeira. Seu patrimônio permanece intacto. A transferência de custódia, aliás, pode ser feita sempre que o investidor quiser mudar de corretora, sem custo algum.

Risco de mercado

Há o risco de mercado, que é o que mais costuma confundir o investidor. A rentabilidade dos títulos só é garantida para quem carrega o papel até o vencimento. Quando ocorre uma venda antecipada, o título é vendido a preço de mercado. E este depende da Selic atual e das perspectivas futuras para a taxa básica de juros.

Os preços dos títulos públicos, portanto, flutuam. Acontece que uns flutuam mais do que outros. O Tesouro Selic (LFT), neste sentido, é o título mais conservador, pois geralmente valoriza, já que seu preço flutua conforme a Selic. Assim, na venda antecipada, o rendimento do investidor tende a ser positivo, ainda que não seja exatamente igual à Selic do período.

Os títulos prefixados e atrelados à inflação, no entanto, podem flutuar para cima ou para baixo, dependendo da expectativa para a Selic. Perspectivas de alta para os juros tendem a desvalorizar esses papéis, enquanto que perspectivas de queda tendem a valorizá-los. Quanto maior o prazo do título, maiores costumam ser as oscilações de preço.

Portanto, na hora da venda antecipada, o investidor pode ter ganhos, mas também pode ter rendimento negativo, dependendo do cenário econômico e das perspectivas para a Selic. Nesses casos, é mais aconselhável ficar com o título até o vencimento, para garantir a rentabilidade contratada em qualquer circunstância.

Tem dúvidas? Nos contate!

 Abraços e boa semana!

Rodrigo Teixeira Mendes

Coluna Investimentos

Graduado em Direito pela Universidade Paulista e Pós Graduado em Administração de Negócios pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, além de possuir experiências na área financeira e comercial em empresas como Banco Itaú, RR Donnelley Moore, Camargo Correa. Atualmente tem atuação no setor financeiro e ministra cursos e palestras na área de Educação Financeira com foco na disseminação do conhecimento de produtos disponíveis no Mercado Financeiro (Finanças Pessoais, Renda Variável, Renda Fixa). E-mail: rodrigo@valutainvest.com.br  Telefone: (19) 99626-1540/(19) 2513-0103

 

 

Tesouro Direto – 5 novas melhorias - Coluna Investimento por Rodrigo Teixeira Mendes

A Secretaria do Tesouro Nacional anunciou uma série de melhorias para o Tesouro Direto.

Trata-se de algumas inovações focada em aumentar a popularidade do investimento em títulos públicos pela plataforma on-line do Tesouro Nacional.

Confira as novidades:

1. Aplicativo oficial

O app oficial do Tesouro Direto está disponível inicialmente apenas para dispositivos móveis com o sistema Android., posteriormente, será disponibilizado também para iOS.

A ferramenta é gratuita e permite ao usuário realizar todas as principais transações pelo celular ou tablet. É possível aplicar, realizar resgates, agendamentos e consulta de extratos.

2. Ampliação do horário dos resgates

Anteriormente, o resgate diário só podia ser feito quando o mercado estava fechado. Assim, era possível resgatar entre as 18h e 5h da manhã dos dias úteis e a qualquer momento nos fins de semana e feriados.

Agora, é possível efetuar resgates enquanto o mercado estiver aberto. Nos dias úteis, o horário de resgate foi ampliado para o período que vai de 9h30 até as 5h da manhã do dia seguinte. Nos fins de semana e feriados, resgates ainda podem ser feitos em tempo integral.

Entre as 9h30 e 18h dos dias úteis, os investimentos e resgates serão processados com os preços e taxas disponíveis no momento da transação.

Das 18h às 5h e nos fins de semana e feriados, os investimentos e resgates serão liquidados com os preços de abertura do dia útil seguinte. Nesses períodos, os preços e taxas exibidos no site do Tesouro Direto são apenas para referência.

Entre as 5h e 9h30 dos dias úteis, aplicações e resgates não podem ser realizados, pois o sistema do Tesouro Direto passa por manutenção.

 3. Novos avisos e mensagens por e-mail

Agora é possível acompanhar o fluxo e o status das suas transações com o Tesouro Direto por meio de SMS. Basta cadastrar o número de celular no site do Tesouro Direto para ser avisado sobre operações, cobrança de taxas e para obter o extrato.

O investidor também passa a receber por e-mail mensagens sobre o status das suas transações.

4. Novo extrato

O extrato do Tesouro Direto traz um novo layout e um gráfico com a evolução do valor das aplicações para investimentos feitos a partir de 2015.

5. Curso on-line gratuito

O curso on-line gratuito sobre o Tesouro Direto é fruto de uma parceria com a Escola de Administração Fazendária (Esaf). São três módulos: básico, intermediário e avançado. Ou seja, investidores com qualquer nível de conhecimento podem participar.

Para fazer o curso, é preciso acessar a Plataforma Esaf ou baixar os PDFs na página do Tesouro Direto. Quem optar por fazer o curso pela ESAF terá acesso a uma plataforma de ensino, e os mil primeiros inscritos recebem um certificado oficial de participação.

Todos os links estão disponíveis ao final da página sobre as novidades do Tesouro Direto, no site do programa.

Tem dúvidas? Contate-nos, estamos à disposição.

Rodrigo Teixeira Mendes

Coluna Investimentos

Graduado em Direito pela Universidade Paulista e Pós Graduado em Administração de Negócios pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, além de possuir experiências na área financeira e comercial em empresas como Banco Itaú, RR Donnelley Moore, Camargo Correa. Atualmente tem atuação no setor financeiro e ministra cursos e palestras na área de Educação Financeira com foco na disseminação do conhecimento de produtos disponíveis no Mercado Financeiro (Finanças Pessoais, Renda Variável, Renda Fixa). E-mail: rodrigo@valutainvest.com.br  Telefone: (19) 99626-1540/(19) 2513-0103

 

 

Tesouro Direto: Vantagens e Desvantagens - Coluna Investimentos por Rodrigo Teixeira Mendes

O que é o Tesouro Direto?

 O Tesouro Direto é um programa de vendas de títulos públicos..

E o que são Títulos Públicos?

Títulos Públicos são ativos de renda fixa que possuem a finalidade de captar recursos para o financiamento da dívida pública e financiar atividades do Governo Federal, como educação, saúde e infra-estrutura.

Quais as vantagens de investir no Tesouro Direto?

 • Com apenas R$30,00 um investidor já pode comprar Títulos;

 • Capacidade do investidor de gerenciar seus investimentos escolhendo Títulos de curto, médio ou longo prazo;

Capacidade do investidor de escolher Títulos que renderão de acordo com índices de inflação, taxa SELIC ou prefixados Alta liquidez;

• O Tesouro Nacional garante a recompra do seu título todas as quartas-feiras;

• As taxas de administração e custódia são baixas e o IR é cobrado só no momento de venda ou vencimento do título, isso significa que o valor que você pagaria de IR renderá enquanto manter o investimento; Após a data de vencimento, o seu investimento será creditado automaticamente em sua conta.

•O valor mínimo permitido para investimento é de R$ 30,00 e o valor máximo é de R$ 1.000.000,00; 

O que é melhor? Tesouro direto ou Fundos de Renda Fixa?

 Muitos Fundos de Renda Fixa investem grande parte do patrimônio em Títulos Públicos. A maior vantagem de investir no Tesouro Direto, além das citadas acima, é que você fica livre de intermediários, ou seja, você não pagará para as instituições financeiras a taxa de administração que ela cobrará por gerencias seus títulos.

Posso vender Títulos Públicos antes do vencimento?

 Sim, porém, o Tesouro Nacional não pode afirmar se o investidor obterá ganho ou perda financeira nesse caso, dependerá das condições de mercado na referida data. No entanto, se o investidor manter os títulos até a data de vencimento, ele receberá o valor correspondente à rentabilidade bruta pactuada no momento da compra.

Quais as taxas cobradas?

As compras de títulos realizadas no Tesouro Direto estão sujeitas ao pagamento de taxas referentes aos serviços prestados.

- Taxa de administração: geralmente em torno de 0,10 a 0.20% ao ano calculados sobre o valor dos títulos em custódia.

- Taxa de custódia: 0,30% ao ano sobre o valor dos títulos - Pode ser cobrada semestralmente ou no pagamento de juros ou no vencimento do título (o que ocorrer primeiro)

Ao aplicar no Tesouro Direto por meio dasfuncionalidades: Agendamento de compra, agendamento de venda ou reinvestmento dos Juros e do valor resgatado no vencimento.

Quais o títulos que posso investir?

 - LTN: Letras do Tesouro Nacional Prefixado

É um título prefixado, o investidor tem a exata noção do retorno do título se mantê-lo até a data de vencimento.

 - Vantagens e indicações: O investidor sabe exatamente a rentabilidade a ser recebida até a data de vencimento; Grande variedade de vencimentos; Rende a juros compostos, a rentabilidade mensal é automaticamente reinvestida; É indicado para o investidor que acredita que a taxa prefixada será maior que a taxa de juros básica da economia.

 - Desvantagens: Rendimento nominal. O investidor está sujeito a perda de poder aquisitivo em caso de alta de inflação; 

- NTN-B Principal Indexados a IPCA

 Idêntico ao título acima, porém ele não faz pagamentos semestrais, o juros é reinvestido.

- Vantagens e indicações: Proporciona rentabilidade real acima da inflação; Rende a juros compostos, a rentabilidade mensal é automaticamente reinvestida; Indicado para o investidor que deseja uma rentabilidade pós-fixada indexada ao IPCA; Indicado para o investidor que deseja fazer poupança de médio/longo prazos; -

- Desvantagens: Preço do título flutua em função da expectativa de inflação dos agentes financeiros.

- LFT: Letras Financeiras do Tesouro Indexados a SELIC

Proporciona ao investidor uma rentabilidade igual a variação da taxa SELIC.

 - Vantagens e indicações: Indicado para o investidor que deseja uma rentabilidade pós-fixada indexada à taxa de juros da economia (SELIC);

 - Desvantagens: Preço do título flutua em função da expectativa de inflação dos agentes financeiros

Rodrigo Teixeira Mendes

Coluna Investimentos

Graduado em Direito pela Universidade Paulista e Pós Graduado em Administração de Negócios pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, além de possuir experiências na área financeira e comercial em empresas como Banco Itaú, RR Donnelley Moore, Camargo Correa. Atualmente tem atuação no setor financeiro e ministra cursos e palestras na área de Educação Financeira com foco na disseminação do conhecimento de produtos disponíveis no Mercado Financeiro (Finanças Pessoais, Renda Variável, Renda Fixa). E-mail: rodrigo@valutainvest.com.br  Telefone: (19) 99626-1540/(19) 2513-0103

Previdência Privada ou Tesouro Direto: o que é melhor para sua aposentadoria? - Coluna Investimento por Rodrigo Teixeira Mendes

Olá à todos!

É preciso informar que os fundos de previdência e os títulos do Tesouro possuem características e regras extremamente diferentes, mesmo que em um fundo haja uma parcela grande de títulos do Tesouro.

A previdência possui uma diversidade de produtos e de instituições financeiras que as distribuem muito grande, além disso, há as características particulares, como o entendimento sobre o que é e a diferença entre o PGBL e VGBL, opção ou não pela tributação regressiva ou progressiva, qual a distinção entre ambos em termos de periodicidade, quais ativos estão inseridos em cada fundo, questão sucessória, entre algumas outras particularidades.

Algo que se deve estar atento é para o valor das taxas, já que é um dos detalhes mais importantes em um investimento de longo prazo. Para os fundos de previdência, é necessário saber qual é o valor cobrado da taxa de administração anual, que em grande parte do mercado varia de 0,5% a 3,5% ao ano e se há também taxas de carregamento, na entrada e saída do fundo.

“Quanto menores as taxas cobradas, maior a rentabilidade no período de aplicação. ”

O Tesouro Direto as características são mais simples e objetivas, visto que cada título ou é prefixado na taxa que irá receber na data de vencimento ou é indexado a um indicador da economia nacional como a inflação (IPCA) ou a taxa de juros do país, a Selic.

Em relação aos custos, a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC) cobra 0,3% ao ano sobre o patrimônio investido e a instituição financeira opta pela cobrança que estiver disponível.

O prazo para a utilização dos recursos e a tributação regressiva, que após dois anos recua para a menor alíquota (15% sobre os rendimentos) também devem ser levados em consideração.

Nos Títulos do Tesouro o valor inicial para aplicação pode ser de R$30,00 e ou 0,01% valor unitário do título escolhido, enquanto nos fundos de previdência é necessário buscar esta informação, pois este depende da especificação de cada um deles.

Se for comparar os fundos de previdência voltados essencialmente para a renda fixa com os títulos do Tesouro, levando em conta a simplicidade, taxas cobradas e possibilidade de retorno, certamente os títulos do Tesouro levarão vantagem.

As previdências tornam-se vantajosas quando se possui os planos corporativos visto que a empresa em que trabalha poderá aportar um valor adicional sobre o seu salário a ser depositado mensalmente, mas mesmo assim é importante verificar as taxas cobradas pelas instituições.

As previdências são consideradas produtos de seguro, ou seja, como qualquer outro seguro, não entram em inventário quando seu titular morre.

Dessa maneira, para o investidor Pessoa Física a alocação nos títulos do Tesouro seria é mais benéfica, mas os fundos de previdência também possuem pontos positivos.

Tem dúvidas? Entre em contato.

Até a próxima semana!

Rodrigo Teixeira Mendes

Coluna Investimentos

Graduado em Direito pela Universidade Paulista e Pós Graduado em Administração de Negócios pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, além de possuir experiências na área financeira e comercial em empresas como Banco Itaú, RR Donnelley Moore, Camargo Correa. Atualmente tem atuação no setor financeiro e ministra cursos e palestras na área de Educação Financeira com foco na disseminação do conhecimento de produtos disponíveis no Mercado Financeiro (Finanças Pessoais, Renda Variável, Renda Fixa). E-mail: rodrigo@valutainvest.com.br  Telefone: (19) 99626-1540/(19) 2513-0103