Opções de derivativos - Coluna Investimentos por Rodrigo Teixeira Mendes

Olá a todos!

Espero todos estejam bem.

Voltamos ao Mercado de Derivativos e falaremos nessa semana sobre o Mercado de Opções.

Mas, afinal, o que são opções?

As opções são tipos de derivativos que dão o direito, mas não a obrigação, ao investidor de comprar ou vender um ativo em uma determinada data e preço.

No mercado de opções é possível investir em contratos de ações, moedas e índices.

São produtos para investidores que têm mais apetite a risco, já que é possível perder todo o dinheiro investido nas operações.

A modalidade permite que os investidores façam estratégias de proteção de seus investimentos para possíveis oscilações do mercado. Além disso, há uma boa possibilidade de acumular ganhos no curto prazo.

Todas as operações são negociadas na B3, a bolsa de valores brasileira. E c como funciona esse tal de mercado de opções?

No mercado de opções, há dois tipos de operações possíveis:

- Opções de Compra (Call) e -

Opções de Venda (Put).

Nas operações de Call, os investidores esperam que o ativo se valorize e, assim, obtenha algum lucro , por outro lado, nas operações de Put os investidores acreditam na desvalorização de algum ativo.

Vale a pena mencionar que, caso o titular da opção opte por não exercêla, todo o valor investido é perdido em favor do vendedor. Uma das principais operações que os investidores fazem para proteger seus investimentos de oscilações do mercado é o Lançamento Coberto de Opções.

Essa é uma estratégia na qual o investidor compra uma ação e, ao mesmo tempo, assume o compromisso de vendê-la em uma data futura a um preço determinado. Essa estrutura protege contra oscilações negativas até determinado limite e traz um cenário mais previsível para as operações dos investidores.

Glossário do mercado de opções Assim como em outros investimentos, o mercado de opções tem nomenclaturas específicas.

Segue um glossário com os principais termos:

 Call Contrato que dá o direito de compra do ativo

 Put Contrato que dá o direito de venda do ativo

 Ativo-objeto Ativo ao qual a opção dá direito no contrato

 Prêmio Valor pago pela opção

 Titular Investidor que compra o contrato no mercado

 Lançador Investidor que vende o contrato de opção e se compromete a vender ou comprar o ativo

 Strike Preço que o investidor irá pagar para exercer a opção Os tipos de vencimentos

1. Americano As opções podem ser utilizadas até a data do vencimento, o que possibilita ao investidor a execução antecipada do contrato.

2. Europeu As opções só podem ser exercidas rigorosamente no dia do vencimento do contrato, fazendo com que a compra ou venda do título-objeto permaneça travada até a data pré-estabelecida.

E como devo fazer para investir no mercado de opções Para investir em um contrato de opção, o investidor precisa seguir algumas regras para definir o ativo, preço-alvo, mês e vencimento.

Para aplicar, ele deve inserir o ticker do produto, seguido da letra de vencimento e o preço estipulado.

Confira a tabela abaixo com os códigos para cada vencimento.

Call | Put |

A | M | Janeiro

 B | N | Fevereiro

 C | O | Março

 D | P | Abril

 E | Q | Maio

 F | R | Junho

 G | S | Julho

 H | T | Agosto

 I | U | Setembro

 J | V | Outubro

 K | W | Novembro

 L | X | Dezembro

Sempre ela…a Tributação Operar no mercado de renda variável inclui custos de corretagem e emolumentos pagos à B3.

A tributação é separada entre operações comuns (ordens de compra e venda do mesmo papel e quantidade, executadas em dias separados) e operações executadas no mesmo dia, o day trade (entenda como funciona).

Os investidores contam com a isenção do Imposto de Renda sobre os lucros quando as vendas somarem até R$ 20 mil em um mesmo mês.

No caso de prejuízo, é possível abater o valor negativo dos ganhos de outros meses. Sobre os valores que excederem as vendas de R$ 20 mil em um mesmo mês, a tributação é de 15% sobre os ganhos.

 Operações mensais comuns superiores a R$ 20 mil – 15%

 Day Trade – 20% Tem dúvidas, estou à disposição.

Até mais!

Rodrigo Teixeira Mendes

Coluna Investimentos

Natural de São Paulo-SP-Brasil e hoje residindo em Bournemouth-Dorset, Inglaterra, com graduação em Direito pela UNIP e pós graduação em Administração de Negócios pelo Mackenzie e Finanças Corporativas pela UNICAMP.

Contratos futuros - derivativos - Coluna Investimentos por Rodrigo Teixeira Mendes

Olá a todos!

Espero todos estejam bem.

Nas últimas duas semanas, uma geral sobre o Mercado de Derivativos, foi efetuada, porém é necessário ir mais a fundo sobre alguns temas como o Contrato Futuro

Saber o que são os contratos futuros são o mercado futuro, ou seja, são negociados nesse ambiente, mas no dia da B3 é muito comum as pessoas, no geral, conheçam como o mercado à vista.

É ai que são negociadas Ações, cotas de Fundos Imobiliários ou Fundos de Índice (ETF) e outras modalidades e ativos.

No caso, a liquidação se dá no prazo de poucos dias úteis, e o intuito é já ter a posse ou realizar a venda rapidamente.

Mas há muitas formas de se investir ou operar na bolsa. No mercado futuro, o objetivo, na verdade, é fechar um contrato de compra ou venda para um prazo diferente de liquidação, assim, é possível operar contratos com o preço já previsto para determinado ativo em uma data futura.

Por isso, o mercado futuro é o ambiente de negociação dos contratos futuros — derivativos que têm um ativo-objeto, sendo assim, os investidores podem negociar, por exemplo, derivativos lastreados em moedas, índices, commodities entre outros.

Embora possa ser menos conhecido entre os investidores, a estrutura do mercado futuro é muito consolidada, inclusive envolvendo um volume maior de operações do que o próprio mercado à vista.

Os contratos futuros são derivativos, operações que envolvem diversos agentes com diferentes objetivos para determinado ativo, já que uma parte espera a alta do preço do ativo, a outra espera a queda.

Dessa forma os resultados dos contratos futuros dependem da cotação estabelecida em relação ao preço do ativo no mercado à vista. Imagine um contrato futuro de dólar: a depender da cotação da moeda à vista, o preço estabelecido no derivativo se torna mais ou menos vantajoso.

Os contratos são negociados no ambiente de bolsa e podem ser encontrados facilmente pelo ticker de cada um, sendo assim, as operações se dão no home broker ou na plataforma de renda variável que o investidor irá utilizar para a operação.

É importante estar atento que cada contrato tem um lote mínimo e um prazo de vencimento determinado, já que m alguns casos, pode ser vendido antes do período de vencimento, e então pode ser uma ferramenta para especuladores que querem lucrar no curto prazo com as oscilações de preço do mercado.

Existem 2 tipos principais de derivativos no mercado futuro: - o contrato cheio e

- o mini contrato.

    E a principal diferença entre eles é exatamente o tamanho do lote — e,  consequentemente, o montante necessário para operações.

Ambos os tipos de contrato permitem operar alavancado (com mais dinheiro do que tem em caixa), mas ainda assim os cheios podem não ser acessíveis. Além da diminuição de custos, outra vantagem dos contratos menores é que a liquidez do mercado é maior.

Entretanto há uma limitação dos minicontratos é que não são todas as possibilidades que estão disponíveis neste formato, já que os contratos cheios envolvem diversas commodities, índices, etc, os mini contratos são normalmente de índice e de dólar.

Existem variados tipos de contratos futuros, mas tem alguns importantes a se destacar como...

Índice Ibovespa – o índice Ibovespa é o principal indicador da bolsa de valores brasileira. Ele reúne as empresas mais negociadas da B3, de modo que se configura como um termômetro do mercado. Assim, serve como referência para muitos investidores.

Ao invés de investir em todos os ativos que compõem o Ibovespa, pode- se operar com os derivativos. Desse modo, você pode negociar de modo a lucrar tanto em sua alta como em sua baixa.

Dólar - da mesma forma é possível operar com contratos de dólar. A operação é muito utilizada por especuladores que aproveitam a volatilidade da moeda em relação ao real. Além disso, pode servir como proteção de carteira para quem sofre riscos com a valorização ou desvalorização da moeda.

Commodities - outras possibilidades para quem opera no mercado futuro são os contratos de commodities. Os contratos futuros surgiram para promover maior segurança a produtores rurais.

Como há um intervalo significativo entre todo o plantio e a venda dos produtos, os produtores ficam vulneráveis aos acontecimentos que afetam o preço, assim, podem vender antecipadamente contratos por um preço especificado.

Ao longo do tempo, as negociações se modificaram muito e, atualmente, as operações se dão na bolsa, em ambiente online, e com liquidação financeira. Ou seja, não há entrega física das commodities. Os contratos futuros podem incluir:

 boi gordo

 soja

 ouro

 milho

 petróleo

 café.

Existem duas principais funções do mercado futuro: promover hedge (proteção) ou servir para especulação no curtíssimo ou curto prazo e em ambos os casos é possível ter resultados positivos ao operar com contratos futuros. principais papéis desse derivativo:

Hedge - A possibilidade de proteção está ligada à origem do mercado futuro e pode dar ajuda a estabilidade para produtores em relação ao preço de suas sacas. Em relação a outros ativos, como moedas e índices, a significado é a mesmo, ou seja, investidores que queiram se proteger contra eventuais quedas do Ibovespa ou do dólar podem se beneficiar dos contratos futuros, por exemplo.

Afinal, em caso de oscilações, as movimentações no seu portfólio e no contrato futuro seriam inversamente proporcionais, resultando em um equilíbrio.

Especulação - A especulação se dá de modo diferente do hedge já que nela, o intuito não é congelar um preço para se proteger, mas, de fato, alcançar lucro no curto e curtíssimo prazo e por isso, o especulador busca a vantagem financeira nos contratos.

Isso pode se dar pela compra e venda de contratos futuros antes da data de vencimento, sendo assim, o especulador aproveita as oscilações nos preços — que tendem a seguir a lei de oferta e demanda, de acordo com as movimentações nas cotações do ativo-objeto.

A outra maneira de lucrar com a especulação no mercado futuro é manter o contrato até o vencimento em busca de resultados positivos e quando isso acontece o preço à vista está maior do que o estabelecido no contrato (no caso da compra), ou o contrário no caso da venda.

Tanto para o hedge quanto para a especulação é preciso destacar como se dá o resultado dos contratos futuros e acontece por meio do ajuste diário, o que significa que, a cada dia, a B3 calcula o crédito ou o débito do contrato e credita ou debita o montante da sua conta.

Entre as vantagens dos contratos futuros, pode se citar as oportunidades de lucro no curto prazo e também de proteção contra variações específicas, assim, o mercado futuro pode ser útil para investidores e especuladores.

Há além disso os ajustes diários permitem versatilidade nas operações, pois não é necessário arcar com o preço cheio, mas somente as perdas e ganhos diários.

Inicialmente, também é viável operar com menos dinheiro, já que é possível alavancar. Com a alavancagem, é preciso apenas apresentar uma margem de garantia para a operação. Ela pode ser apresentada em dinheiro ou em forma de ativos.

Por outro lado, a alavancagem também aumenta os riscos das operações, lembrando de que se estará negociando com mais dinheiro do que tem em caixa, sabendo que suas perdas também podem ser maiores do que está lá. Em relação aos riscos, vale destacar que se trata de uma operação de renda variável, portanto, costuma ser mais apropriada para investidores com perfil arrojado. Não deixe de avaliar seu perfil e objetivos antes de decidir operar no mercado futuro.

Para operar contratos futuros, é preciso entender das particularidades deste mercado e saber como fazer suas operações. Como se ouve quase todos os dias, diversificar seus investimentos lhe trará rentabilidade em todas as fases e é melhor sempre a fazer.

Tem dúvidas, estou à disposição.

Até mais!

Rodrigo Teixeira Mendes

Coluna Investimentos

Graduado em Direito pela Universidade Paulista e Pós Graduado em Administração de Negócios pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, além de possuir experiências na área financeira e comercial em empresas como Banco Itaú, RR Donnelley Moore, Camargo Correa. Atualmente tem atuação no setor financeiro e ministra cursos e palestras na área de Educação Financeira com foco na disseminação do conhecimento de produtos disponíveis no Mercado Financeiro (Finanças Pessoais, Renda Variável, Renda Fixa). E-mail: rodrigo@valutainvest.com.br  Telefone: (19) 99626-1540/(19) 2513-0103

 

Tipos de derivativos - Coluna Investimentos por Rodrigo Teixeira Mendes

Olá a todos!

Espero todos estejam bem.

Tipos de derivativos

Na última semana, demos uma pincelada sobre o Mercado de Derivativos, uma modalidade bem interessante de se investir, Dessa vez, ir a fundo pode ser garanta mais segurança quando optar por esse mercado.

Então, onheça um pouco mais sobre os tipos de derivativos e as peculiaridades de cada modelo de contrato.

Há 4 modalidades que são divididas em Contrato a Termo, Contrato Futuro, Opções e Swap.

Segue um detalhamento de cada um deles e seu funcionamento.

1.Contratos a termo

Para quem compra um contrato a termo, há um comprometimento de se comprar uma mercadoria ou um ativo financeiro, numa certa quantidade determinada, por um preço que já está preestabelecido desde o momento da negociação, para liquidação em uma data no futuro (também essa já definida desde o início).

Para quem vende um contrato a termo, o compromisso é o contrário: de vender esse mesmo ativo. Esses instrumentos podem ser negociados na bolsa, mas também no mercado de balcão.

2.Contratos futuros

A definição de um contrato futuro é bem parecida com a de um contrato a termo:

- Representa o compromisso de comprar ou vender um ativo por um determinado preço em uma data no futuro, mas a principal diferença está no formato da liquidação.

Quando se fala em contrato a termo, a liquidação da operação ocorre somente na data de vencimento do papel, o que já é diferente no caso dos contratos futuros onde há o ajuste diário.

Por conta desse mecanismo, todos os contratos futuros que os investidores mantêm são avaliados diariamente a partir de um preço de referência, na qual chamamos de preço de ajuste diário. Com isso, na prática, as operações são ajustadas todos os dias de acordo com as expectativas do mercado para o preço futuro do ativo de referência do contrato.

O preço de ajuste diário leva em conta o preço médio das operações feitas com o papel no mercado futuro no período da tarde.

A diferença — positiva ou negativa — entre os preços de ajuste diário de um pregão para o outro é apurada. E o investidor que tiver posições em aberto precisa pagar essa diferença (se ela for negativa), ou então receberá o valor na sua conta (se ela for positiva).

O ajuste diário, portanto, é um sistema que apura perdas e ganhos e que ajuda a aumentar a proteção das posições no mercado de contratos futuros. Outra diferença entre eles e os contratos a termo é o fato de serem negociados apenas em Bolsas.

3.Opções

O mercado de opções são o direito de comprar ou de vender um ativo por um preço fixo numa data futura. Para comprar uma opção, é preciso pagar um valor a quem vendeu — chamado de prêmio. Não se trata do preço do ativo em si, mas sim um valor pago para ter a possibilidade de comprar ou vender o ativo mais tarde.

No Brasil, as mais conhecidas são as opções sobre ações — mas podem existir opções de outros tipos também. O que há em comum é que esses ativos de referência são negociados de forma transparente em pregão.

Quem compra uma opção é chamado de titular. Ele sempre tem o direito de exercer a opção – ou seja, de comprar ou vender o ativo na data do vencimento pelo preço acordado desde o início. Porém, não é obrigado a fazer isso. Pode simplesmente escolher deixar a opção vencer, sem maiores consequências além da perda do valor que pagou como prêmio por ela.

Já o vendedor de uma opção, também chamado lançador, sempre tem a obrigação do exercício caso quem comprou deseje realizá-lo. Pense nas opções de compra de ações da Petrobras, por exemplo. Se, na data do vencimento, o titular delas quiser exercer seu direito de comprar ações da Petrobras pelo preço acordado, o lançador é obrigado a arrumar os papéis correspondentes para vender a ele.

4.Swaps

Para finalizar, vamos comentar como funciona um contrato de Swap que na verdade é um acordo em que dois investidores negociam a troca de rentabilidade entre dois ativos.

Isso na prática, faz com que haja uma troca de fluxo de caixa entre si, tendo como ponto de partida a rentabilidade de um dos ativos em comparação com a do outro na qual o objetivo é reduzir os riscos e aumentar a previsibilidade para quem está envolvido na operação.

Vamos pensar da seguinte forma em que um contrato de swap de dólar contra o IBOV ou qualquer outro ativo, principal índice de ações do mercado brasileiro. Se na data de vencimento do contrato o dólar tiver uma valorização abaixo da variação do IBOV quem comprou Ibovespa e vendeu ouro receberá a diferença de rentabilidade. Já se o retorno do ouro for superior à variação do IBOV, ganha a diferença quem comprou ouro e vendeu IBOV.

Resumindo, o Mercado de Derivativos fornece muitas ferramentas para negociação e obtenção de lucro, mas pode acarretar prejuízos senão for estudado e a estratégia bem definida.

Como se ouve quase todos os dias, diversificar seus investimentos lhe trará rentabilidade em todas as fases e é melhor sempre a fazer.

Tem dúvidas, estou à disposição.

Até mais!

Rodrigo Teixeira Mendes

Coluna Investimentos

Natural de São Paulo-SP-Brasil e hoje residindo em Bournemouth-Dorset, Inglaterra, com graduação em Direito pela UNIP e pós graduação em Administração de Negócios pelo Mackenzie e Finanças Corporativas pela UNICAMP.