Que tal darmos graças à vida?

Pense em alguma coisa para agradecer. Algo que lhe fez um bem sem tamanho, mesmo após uma situação difícil. Pense, não para dizer “te devo essa!”, mas para reconhecer que ganhou algo gratuitamente, sem mais nem menos. Um bem capaz de te deixar grato porque você o ganhou inesperadamente, mesmo sem merecer.

Bondade, generosidade, dádiva e a beleza de dar e receber de graça. Todos os derivados do latim gratia e gratus, de onde vem a palavra gratidão, estão relacionados a termos assim.

 

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É que, para que a gratidão aconteça, é preciso, além de acreditar que o bem existe e é possível, reconhecer que ela vem de outra pessoa. Somos gratos não ao gesto, mas a alguém. E essa força de agradecimento é tão poderosa que é uma das responsáveis por tornar a sociedade onde vivemos um ambiente estável. É por causa da gratidão que as pessoas se relacionam não apenas com o objetivo se dar bem, mas procurando ser amáveis e benevolentes com quem está ao seu lado. Se um grupo de pessoas age de forma generosa, isso ocorre, provavelmente, porque entre elas existem fortes laços de gratidão.

“Ela é importante para uma sociedade fundada não apenas em trocas utilitárias, que visam a lucro ou a benefício pessoal, mas na boa vontade”, explica a psicóloga Lia Freitas, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Há séculos, a gratidão é vista como a memória moral da humanidade, que faz com que o vínculo entre as pessoas permaneça forte mesmo tempos depois de o ato de dar ou receber ter acontecido. “É o que mantém unidos os elementos da sociedade em uma vida estável e comum”, escreveu o sociólogo alemão Georg Simmel, no século 19. A gratidão não apenas torna melhor a vida em comum – é necessária para que ela exista.

*Fonte Revista Sorria

Site: www.hospitalhacos.org.br

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mario eduardo paes

 Mario Eduardo Paes é formado em Gestão Pública e, desde 2009 é o Coordenador Geral da Ong Hospitalhaços; atuou no Sistema de Proteção e Defesa dos Direitos da criança e do adolescente como Conselheiro Tutelar de Campinas - Gestão 2009-2012; ministra palestras com temas ligados à Humanização Hospitalar, a importância do riso, voluntariado, motivação, e prevenção e orientação sobre doenças e drogas (SIPAT).