Uma sala cheia de livros, por exemplo, não exemplifica a doença. O hábito vira patológico quando juntar vira uma obsessão e interfere na rotina e nas relações sociais e familiares.
Um colecionador, ao contrário do acumulador, tem orgulho de mostrar sua coleção. Quem tem o transtorno costuma esconder o problema.
Em geral, um acumulador perde o convívio social porque ele não aceita que as pessoas digam que ele está vivendo num ambiente sujo, com lixo por toda parte e muitas vezes ele convive com inúmeros bichos e insetos dentro da sua casa. E com isso as pessoas deixam de visitar um acumulador e este por sua vez, também deixa de ter contato com essas pessoas.
O drama de ser acumulador compulsivo não se resume somente nas residências, essas pessoas podem levar este desequilíbrio, também, para os ambientes de trabalho. Como podemos ver na ilustração abaixo
Como tratar
Para o acumulador compulsivo, não existe nenhum erro ou problema com o seu comportamento. No entanto, esse sintoma faz parte da doença. A acumulação compulsiva é um transtorno mental que foi reconhecido recentemente e as pesquisas sobre os melhores tratamentos está apenas no início. No entanto, alguns métodos têm tido êxito, como a terapia cognitivo-comportamental, associada a uma medicação adequada.
A terapia cognitivo-comportamental
A terapia cognitivo-comportamental concentra-se em localizar as causas da acumulação compulsiva, descobrindo as raízes da ansiedade. Assim, é possível mudar aos poucos a mentalidade da pessoa afetada. Esta terapia pode ser muito demorada (durar meses ou até anos) e exige grande dedicação ao processo de recuperação, mas permite que um acumulador compulsivo readquira hábitos de vida normais.
A medicação
A terapia é muitas vezes combinada com a medicação, o que ajuda a maximizar os resultados. Atualmente, os produtos farmacêuticos utilizados no tratamento da acumulação compulsiva são semelhantes aos que são administrados em pacientes que sofrem de transtornos obsessivos compulsivos, isto é, os inibidores seletivos da recaptação de serotonina, além de outros antidepressivos.
Alguns sintomas de acumuladores compulsivos
Recolher bens e objetos que a maioria das pessoas joga fora.
Viver em condições insalubres e sem organização e não permitir que alguém arrume ou limpe sem sua supervisão.
Ser incapaz de usar as divisões da casa para a real finalidade (cozinha para cozinhar, banheiro para tomar banho, quarto para dormir).
Ter muitos animais de estimação e não estar a cuidar deles da melhor maneira — transtorno chamado de animal hoarding.
Acumular sucatas ou lixo (como embalagens) e amontoá-los em pilhas.
Negar que seja um exagero o vício de acumular, ter vergonha do hábito, mas mesmo assim não conseguir controlar o impulso.
O profissional de organização pode trabalhar em parceria com o terapeuta, pois juntos, ajudarão a pessoa com este distúrbio a resgatar a autoestima, qualidade de vida e bem estar.
Grande Abraço.
Adinalva Ruggeri
Consultora em Organização e Personal Organizer
Fonte: http://www.zerohora.com.br
Adinalva Ruggeri
Consultora em Organização de Ambientes e Personal Organizer, formada em Relações Públicas pela PUC-Campinas, pós-graduada em Administração e Marketing pela USF e em Gestão de Pessoas pelo INPG. Trabalhei durante 18 (dezoito) anos no ramo de Telecomunicações transitando pelas áreas de Logística, Comercial e Atendimento ao Cliente, no comando de equipes de alta performance voltadas para resultados.
Desde 2005 me dedico ao trabalho e pesquisa na área de Consultoria em Organização de Ambientes, atuando nas cidades de Campinas, Americana, São Paulo, Brasilia, Valinhos, entre outras. Também ministro cursos e palestras sobre Organização e Qualidade de Vida, tanto na área residencial quanto na empresarial.
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