Essa semana, desbravando a internet atrás de coisas interessantes, me deparei com um vídeo de um “bam-bam-bam-queridinho-do-momento” da Google, trazendo uma idéia muito atraente, sobre um tema que acho da maior importância: capacidade de mudança.
Neste vídeo (deixarei para vocês o link ao final do texto), ele propõe a idéia simples de introduzir em sua vida algumas coisas novas, principalmente aquelas que sempre quis fazer e nunca deu o ponta-pé inicial, pelo período de 30 dias. É isso. Escolha algumas coisinhas novas e, faça-as por um mês!
O genial disso tudo é que de fato, o ser humano absorve muito melhor a idéia de mudança, sem o peso da infinitude: “se eu puder mudar por um tempinho, sem precisar ser para sempre, eu me sinto mais calmo e seguro”. É assim que funciona.
O processo de mudança (mesmo que seja pra melhor) gera uma conseqüência de desacomodação tão grande que, a maioria das pessoas prefere não mexer com isso, a não ser que haja uma necessidade sem escapatória. Sim, na maioria das vezes só nos modificamos porque somos obrigados por determinadas condições a fazê-lo.
Nunca ouvi dizer, nas minhas andanças terapêuticas, que alguém acordou um dia e resolveu definitivamente mudar essa ou aquela característica (a não ser o cabelo, mas essa não vale!), sem que houvesse uma necessidade quase que imperativa por trás.
E é aí a grande sacada do vídeo que citei acima: ele sugere que não esperemos a “vida mandar” que nos modifiquemos. Quando começamos a promover mudanças pequenas, mas funcionais, corriqueiras e freqüentes, sem muitas ambições, assim preparamos nosso organismo para ESTAR EM MOVIMENTO, criando flexibilidade, agilidade, desapego. E então, quando de fato aparecer uma necessidade de mudança mais complexa, inevitável ou uma frustração, essa movimentação “treinada” lhe capacitará para mudar com mais propriedade e menos resistência.
Mude de vez em quando seu itinerário, seu supermercado, sua marca de café ou o tipo de filme que assiste. Introduza por um mês a aula de culinária, ir ao trabalho a pé ou aprender um novo idioma.
Pode ser que, ao final de 30 dias você retome sua vida anterior, mas pode ser também que você ganhe um novo gosto, um novo hábito e, principalmente, pode ser que você passe a caminhar pela vida com passos mais ágeis e destemidos.
Eis o link do vídeo:
Postei também em minha página no facebook, caso não consigam visualizar por aqui: https://www.facebook.com/flaviabertuzzo
Eu acho que vou topar a ideia, daqui a 30 dias eu conto... Vamos?
Flávia de Tullio Bertuzzo Villalobos é Psicóloga formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas e especialista em Psicologia Clínica Comportamental pela Universidade de São Paulo. Psicoterapeuta comportamental há 15 anos em consultório privado e, desde 2011, psicóloga do Ambulatório de Saúde Ocupacional da 3M do Brasil. Minha grande busca é transpor os limites do consultório, viver e aprender a psicologia em outras fronteiras, levar a ajuda e receber o aprendizado.