Ano Novo - Coluna Meio Ambiente por Marcos Boni

Dizem que o Brasil só começa a funcionar quando acaba o Carnaval. Independentemente de ser mito ou fato, é importante lembrarmos que está na hora de todo mundo ter mudanças de hábitos no que diz respeito à proteção do Meio Ambiente. A falta de água e a ameaça da falta de energia elétrica mostram que a situação é grave o bastante para termos atitudes ambientalmente corretas e de fiscalizarmos o comportamento de outras pessoas, pois, do contrário, o caos irá se instalar em muitas metrópoles. Recentemente tivemos uma greve dos lixeiros de Americana que causou o acúmulo de várias toneladas de lixo durante várias semanas consecutivas em todas as áreas daquela cidade, fazendo com que, lamentavelmente, a população aprenda uma dolorosa lição sobre a importância de se descartar corretamente o lixo reciclável separadamente do lixo orgânico e do lixo de não recicláveis. A separação do lixo e o seu destino correto além de preservar a Natureza, também economiza muita água no processo de produção dos produtos, e ainda gera emprego para pessoas carentes que têm no lixo reciclável a oportunidade de se ressocializarem e de ganharem um salário apto a bancar a maioria das necessidades básicas de qualquer pessoa. O lixo jogado nas ruas, em terrenos baldios, ou jogados pelas janelas dos carros, ônibus e caminhões acaba durante as chuvas sendo levado para os bueiros que conduzem toda a sujeira pela tubulação até desaguar em um rio e mais tarde acaba atingindo nosso Oceano Atlântico. Portanto separar o lixo e descartá-lo corretamente é obrigatório para todo mundo viver em uma cidade civilizada. As mudanças de hábitos também devem abranger o combate ao desperdício de água e de energia elétrica. Os ambientes onde não houver ninguém devem ficar apagados, os equipamentos eletro-eletrônicos devem ser retirados das tomadas, nos dias quentes o chuveiro elétrico deve ser desligado, o timer da piscina pode ser programado com uma hora a menos, etc. Quanto a água, o uso sem desperdício deve ser super valorizado. Nada de demorar no banho, lavar louças com a torneira aberta o tempo todo, jamais deixar a empregada ou um parente varrer a calçada com a mangueira de água, etc. Se não mudarmos nossos hábitos “pelo bem”, em breve iremos ter novos hábitos impostos “pelo mal” uso dos recursos naturais atualmente disponíveis.

Dr. Marcos Roberto Boni