ETF -Coluna Investimento por Rodrigo Teixeira Mendes

Olá a todos! Espero todos estejam bem.

Nessa semana vamos tratar de uma carteira de investimentos bem comum, porém com muitas nuances que são os ETF. Essa é a Parte 2.

Para fechar o tema ETF vamos tratar de assuntos como rentabilidade, os tipos de ETFs e o que assusta a todos...os custos e tributos. Os Tributos e custos de um ETF Os custos de negociar ETFs são semelhantes aos que existem para comprar e vender ações na bolsa de valores.

É preciso pagar uma taxa de corretagem para a corretora que intermediar a operação e, além disso, algumas taxas de negociação à B3 (conhecidas como emolumentos), sendo aqui, nada de novo em relação à renda variável de maneira geral.

A primeira diferença está na cobrança de taxa de administração que é paga ao gestor do ETF já que essa taxa remunera o trabalho realizado pelo gestor, que é o responsável por definir que papéis serão comprados ou vendidos, quando e em que quantidade.

Para quem já investe em fundos tradicionais, não é um custo desconhecido. A diferença é que a taxa de administração dos ETFs costuma ser bem menor do que a do mercado em geral.

Os ETFs estão sujeitos ainda à incidência de Imposto de Renda. A alíquota é a mesma aplicada sobre o mercado de ações em geral: 15% sobre os ganhos, com exceção do ETF de fundos imobiliários, no qual a alíquota é de 20%.

A diferença é que, no caso dos ETFs, não há isenção de IR para quem realiza vendas na bolsa de valores em valor até R$ 20 mil mensais. Esse é um benefício disponível apenas para quem negocia ações diretamente.

Um detalhe: embora os ETFs sejam fundos, o recolhimento do Imposto de Renda no caso dos produtos de renda variável não acontece na fonte.

É responsabilidade do investidor calcular o valor do tributo devido em caso de ganhos no momento da venda das cotas e realizar o pagamento por meio de um Documento de Arrecadação da Receita Federal (DARF) até o último dia útil do mês seguinte à operação. Já nos ETFs de renda fixa, o imposto de 15% é retido na fonte, com recolhimento pela corretora intermediadora.

A Rentabilidade do ETF O objetivo de um gestor de ETFs sempre é manter a carteira o mais próximo possível da composição do seu índice de referência. Por consequência, a rentabilidade de um fundo de índice bem sucedido nessa tarefa será a mesma (ou quase a mesma) apresentada pelo indicador. Pense em um ETF referenciado no Ibovespa. Se em um determinado período o índice subir 10%, o que se espera é que o ETF apresente uma rentabilidade muito perto disso.

Em contrapartida, se o Ibovespa recuar 10% no período seguinte, o mesmo deverá acontecer com o fundo de índice: sua rentabilidade também será negativa. Pode haver pequenas variações na rentabilidade do ETF, em relação à oscilação do seu índice de referência.

Isso acontece por algumas razões. A primeira é a taxa de administração. Embora seja considerada baixa, ela abocanha uma pequena parte do retorno do fundo. Já a segunda diz respeito às operações em si feitas no ETF.

O gestor, em certos momentos, pode ter dificuldade para replicar exatamente a composição do índice de referência, por razões variadas – seja por uma redução da liquidez dos papéis que deveria ter na carteira, seja por conta de variações abruptas do mercado.

Com isso, a rentabilidade do ETF pode acabar ficando ligeiramente diferente do indicador. Em geral, no entanto, esses descolamentos são pequenos e momentâneos. E para fechar vamos tratar das Vantagens de ter ETF em sua carteira de investimentos Um ETF tem algumas características dos fundos de investimentos e outras dos ativos negociados na bolsa de valores.

Confira...

Simplicidade na negociação – Comprar e vender ETFs é tão simples quanto negociar uma ação individual na bolsa de valores. Paga-se uma taxa de corretagem em cada operação e acompanham-se as cotações por meio dos dados divulgados diariamente pela B3.

O desempenho do ETF reflete a média da performance de todas as ações ou outros papéis incluídos nele, o que é uma mão na roda para quem não dispõe de muito tempo para montar e monitorar uma carteira de ações.

Diversificação dos investimentos – Um ETF oferece aos investidores a possibilidade de aplicar em muitos ativos de uma vez só, comprando apenas as cotas do fundo. Desta forma, o risco da carteira pode ser diluído mesmo que o recurso disponível para o investimento seja pequeno.

É muito mais difícil e caro montar um portfólio diversificado e equilibrado ação por ação, do que fazer isso por meio das cotas de apenas um ETF. Facilidade de balanceamento – Os índices de referência do mercado costumam ter a sua composição atualizada periodicamente.

Quem quer manter uma carteira aderente a esses indicadores, precisa ajustar a participação de cada carteira conforme essas atualizações são realizadas. Já quem investe em ETFs não precisa se preocupar com isso.

Os gestores fazem os ajustes necessários na carteira sempre que a composição dos índices de referência dos fundos é alterada. Os cotistas não precisam fazer nada para que isso aconteça.

Custo – A taxa de administração dos ETFs é bem menor que a de fundos de investimentos tradicionais. No caso dos fundos de índices negociados no pregão da B3, em maio de 2020, as taxas variam entre 0,05% a 0,69% ao ano.

Isso é possível porque os ETFs têm uma política de investimento passiva, diretamente atrelada à composição de um indicador de mercado subjacente, o que reduz os custos operacionais relacionados à gestão.

Usos variados – Como os ETFs são valores mobiliários listados na bolsa de valores, eles podem ser usados pelos investidores como margem para realizar outras operações no pregão.

Esse é o tipo de possibilidade que não existe com os fundos tradicionais. Tem dúvidas, estou à disposição. Até mais!

Rodrigo Teixeira Mendes

Coluna Investimentos

Natural de São Paulo-SP-Brasil e hoje residindo em Bournemouth-Dorset, Inglaterra, com graduação em Direito pela UNIP e pós graduação em Administração de Negócios pelo Mackenzie e Finanças Corporativas pela UNICAMP.