As coisas já não são mais como antes. Um ímpeto diferente passa a fazer parte do cotidiano outrora simples, um turbilhão de sentimentos invade uma realidade que até então se apresentava tranquila e uma necessidade visceral de buscar informações e conhecimentos toma conta da mente fazendo-a funcionar a 200 km/h.
Questionamentos passam a ser usuais e a vontade de saber, descobrir, aprender, buscar, passam a ser em certas situações os únicos companheiros de jornada. Sobre verdades até então absolutas começam a pairar deliciosas dúvidas. Paradigmas são derrubados sequencialmente, esmagados por uma sede incontrolável de avançar um pouco mais.
Novos horizontes são vislumbrados, a estrada da vida passa a ter uma nova dimensão, os propósitos têm de ser readequados. Um equilíbrio antigamente almejado chega agora a tomar vulto de empecilho ao desenvolvimento. As informações recebidas parecem insuficientes e servem apenas de estímulo a novas trilhas.
Assuntos que levam a outros, que levam a novas descobertas que nos mostram o quão pouco sabemos e o quanto de maravilhoso ainda há a ser explorado.
Tudo passa a fazer mais sentido, o senso crítico aumenta, a capacidade de arguir aflora e já não aceitamos tudo ‘goela abaixo’. Caem por terra verdades pré estabelecidas; dogmas embasados em terrenos arenosos e sem sustentação desabam como fileiras de dominós, afinal adquirimos a prerrogativa de raciocinar, pensar livremente, agir de acordo com nossa vontade e livres do medo que nos foi imposto há séculos com base em uma cultura forjada sobre o medo, a punição e a culpa.
Passamos a ver que podemos muito mais e que nossos limites somos nós que impomos. O horizonte fica mais amplo, há muito a ser conquistado. Uma estranha sensação de liberdade, que no início da até vergonha em sentir começa a fazer parte de nossa busca.
Ótimo sinal é quando outras pessoas começam a nos olhar como se estivéssemos fora de prumo, como se fossemos estranhos e nos atrevêssemos a viver fora do mundinho quadradinho que nos impuseram desde que nascemos.
No entanto, prepare-se: Felizmente, é um caminho sem volta. Você não tolerará mais que as pessoas tentem te dizer que não é capaz, não aceitará qualquer bobagem que tentam te fazer crer e principalmente não se contentará com pouco. Com a mediocridade que assola e domina o mundo. Não se trata de sentir-se melhor que os outros. A questão é que você se permitiu ser diferente dos outros, o que por si só, já traz novas perspectivas.
E quanto mais buscamos, mais achamos. Quanto mais achamos, mais queremos e quanto mais queremos sentimo-nos estimulados, entusiasmados, esbanjando uma alegria e um sentido de alcançar novos horizontes.
Qual o nome disto? Meu sábio amigo José Orlando, que pelas citações feitas aqui já deve ser familiar também a você, denomina esta nossa vontade em buscar, de modo bastante positivo e peculiar. Chama-a de ‘agonia do espírito’. Já sentiu algo parecido?
Dr. José Carlos Carturan Filho
Head Trainer da Elleven Desenvolvimento Humano, especialista em Medicina Comportamental pela UNIFESP/EPM (Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina) e manter Practitioner em PNL formado pela International Trainers Academy - Londres.
MBA em Gestão de Saúde e Marketing, professor do MBA de Gestão em Vendas da Universidade Paulista – Disciplina: "Comportamento do consumidor" e Cirurgião Dentista.
Formação em Hipnose Ericksoniana e Hipnose Clássica pela UNIFESP/EPM (Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina).