O que você faria? Coluna Desenvolvimento Humano por José Carlos Carturan

 

O que você faria na sua vida se soubesse que não iria fracassar? Você entendeu minha pergunta? Tudo bem, vou repeti-la. O que você faria se soubesse que não iria fracassar?

Isso mesmo. Quais decisões você tomaria na sua vida, se por algum motivo você tivesse a plena certeza que não haveria a mínima possibilidade de algo dar errado?

Imagine que um belo dia você encontrasse uma lâmpada mágica, um gênio, um anjo ou tivesse a oportunidade de ter uma conversa direta com o Pai Celestial e recebesse a garantia de que não haveria erro. O que você fizer dará certo.

Você saberia responder? Pode ser em sua vida pessoal, afetiva, profissional, financeira, qualquer um dos segmentos.

 

Mais uma vez: O que você faria se soubesse que não iria fracassar?

Pediria aumento? Daria entrada para obter a sua tão sonhada casa própria? Tomaria coragem para convidar para um cinema aquela pessoa que há tanto tempo você vem paquerando? Mudaria de profissão? Investiria em você? Faria aquela reforma tão desejada em sua casa? Viajaria para aquele lugar tão sonhado?

 

Pois é, talvez as respostas tenham vindo à sua mente, mas talvez você esteja surpreso, justamente por não saber o que você realmente tem desejo de fazer. Mais há ainda um agravante. Em certas ocasiões não temos esta resposta ou ainda que tenhamos a resposta, ficamos hesitantes em responder, justamente porque o medo do fracasso é um dos sentimentos que mais paralisa o ser humano.

 

Sabe aquilo que sentimos quando estamos prestes a tomar uma decisão e na hora “H”, acabamos por não tomá-la? Quando temos algo a fazer e não fazemos? Muitas vezes este sentimento que toma conta de nós é o tal medo do fracasso.

 

Agora, faça o mecanismo inverso. Pense em alguém que para você seja um símbolo de sucesso. Já lembrou? Agora me responda novamente. Você concorda comigo que em algum momento estas pessoas também tiveram de tomar decisões? E você realmente acredita que elas não hesitaram, não titubearam em nenhum momento? Certamente hesitaram e ficaram inclinadas a desistir, mas houve algo maior, mais forte, mais intenso que fez com que elas prosseguissem. O quê foi este algo? Desculpe, mas isto você terá de descobrir por si mesmo.

 

Mas terá de experimentar. Quando tiver algo a fazer e sentir aquela vontade de desistir, aquele medo de fracassar, terá de ir adiante. Ao menos uma única vez. E talvez se surpreenda com os resultados. Por experiência pessoal, posso afirmar-lhe uma coisa: Já senti este mesmo sentimento várias vezes e em certas ocasiões sinto-o até hoje. Mas o que obtive de mais precioso em minha vida, obtive quando rompi esta barreira.

 

E tenho certeza que você também já conquistou coisas e objetivos que nem mesmo você acreditava ser capaz. Lembre-se destes momentos. Certamente você também já rompeu este “muro” chamado “medo de fracassar”. Talvez esta seja a única distância entre quem tem e quem não tem sucesso, quem alcança e quem não alcança seus objetivos. Decidir romper ou não esta barreira. Acredite em você e tome boas decisões.

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Dr. José Carlos Carturan Filho

 

Head Trainer da Elleven Desenvolvimento Humano, especialista em Medicina Comportamental pela UNIFESP/EPM (Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina) e manter Practitioner em PNL formado pela International Trainers Academy - Londres.

MBA em Gestão de Saúde e Marketing, professor do MBA de Gestão em Vendas da Universidade Paulista – Disciplina: "Comportamento do consumidor" e Cirurgião Dentista.

Formação em Hipnose Ericksoniana e Hipnose Clássica pela UNIFESP/EPM (Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina).

Máscaras e disfarces - Coluna Desenvolvimento Humano por José Carlos Carturan

 

Confesso que certas coisas me incomodam um bocado. É inegável que a busca constante pelo desenvolvimento é algo fascinante, mas traz um ônus complicado de lidar. A tendência natural é ficarmos mais perceptivos e isso às vezes faz que não aceitemos qualquer coisa goela abaixo.

De minha parte um dos maiores desafios têm sido não me tornar uma ‘personagem de mim mesmo’ ou uma ‘personagem que foi sendo escrito para mim pelas pessoas que compõem o enredo da minha vida’. Procuro me policiar constantemente para que não vire uma caricatura de quem realmente sou e procuro não cair na armadilha muitas vezes irreversível de tornar-me um fantoche que quer sempre agradar aos outros. Sem nenhum tom de arrogância ou presunção, digo: Sou o que sou. Constantemente em busca de melhoria, justamente por estar ciente de minhas inúmeras, infindáveis e constantes imperfeições.

Em meu trabalho, com meus amigos, com minha família, sou o que sou. E ainda que cada um de acordo com sua ótica e sua essência me veja de uma maneira diferente, para mim continuo sendo o que sou. Com as vantagens e desvantagens que isto traz. Não se trata de falta de flexibilidade, mas sim em prezar por alguns valores e virtudes cardeais e principalmente ser transparente em demonstrá-los.  

Por bom senso procuro aliar a isto certa polidez e tolerância, mas não se engane. Este perfil pacificador e diplomático tem um limite bem definido por valores éticos e morais. Daí por diante se este limite for ultrapassado, como bom ariano que sou as coisas tomam outro rumo.

O paradoxo é que enquanto arduamente luto para não tornar-me um rascunho de mim mesmo, me deparo com pessoas que se esforçam exatamente para conseguir o contrário. São a reprodução mecânica e robotizada daquilo que as pessoas querem encontrar nelas.  Sem obviamente entrar no âmbito psicopatológico da questão, essas pessoas criam algo como uma ‘personalidade paralela’ e escondem-se sob um véu ou aura cuidadosamente alicerçada em palavras, gestos e ações que fortalecem a imagem que elas querem que os demais tenham delas. Isto pode até ser conveniente, mas o fardo de viver sendo quem não se é de verdade deve ser grande demais.

 O fato é que após algum tempo vivendo debaixo de uma máscara, vestindo um disfarce criteriosamente moldado, só há dois desfechos. O primeiro, que beira a insanidade é realmente acreditar que se é a figura que criou, fundindo criador e criatura em uma personalidade vazia e ambígua. E o segundo é quando nas situações limite, não as de cunho emocional quando todos nós estamos sujeitos a reações desproporcionais, mas sim quando princípios e valores são questionados e deve haver um posicionamento. Aí a máscara acaba caindo, mesmo porque, não se consegue sustentar indefinidamente uma fraude.

O ruim é que ainda há algumas pessoas que não sei quem são. Não sei se são elas mesmas ou alguém que criaram. E é muito ruim lidar com pessoas assim. No meu caso, basta olhar bem fundo nos meus olhos. Gostando ou não do que vai encontrar, lá estará estampada a imagem cristalina de quem eu sou.

Dr. José Carlos Carturan Filho

 

Head Trainer da Elleven Desenvolvimento Humano, especialista em Medicina Comportamental pela UNIFESP/EPM (Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina) e manter Practitioner em PNL formado pela International Trainers Academy - Londres.

MBA em Gestão de Saúde e Marketing, professor do MBA de Gestão em Vendas da Universidade Paulista – Disciplina: "Comportamento do consumidor" e Cirurgião Dentista.

Formação em Hipnose Ericksoniana e Hipnose Clássica pela UNIFESP/EPM (Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina).

Justiça ou Vingança? - Coluna Desenvolvimento Humano por José Carturan


Num primeiro momento estas duas coisas podem parecer diametralmente opostas. Justiça e vingança? Qual a correlação entre as duas, afinal? Por incrível que pareça elas aproximam-se muito mais do que imaginamos. Em alguns casos a linha que as separa chega a inexistir.

O tema em si é polêmico e peço que durante este texto procurem lembrar-se de situações que aparecem na mídia sobre o assunto. Em nenhum momento defenderei um ou outro ponto de vista aqui. Sugiro apenas uma reflexão imparcial e sensata.

Julgamentos como o dos Nardoni, do goleiro Bruno e do policial Mizael Bispo servem para ilustrar a reflexão que proponho. Normalmente em casos como este, onde existe grande comoção por parte da sociedade é comum ouvirmos não apenas familiares dos envolvidos no caso, mas pessoas de um modo geral pedirem para que a “justiça seja feita”.

Se a justiça do país é branda, compassiva, demorada e burocrática é assunto para outro momento. O fato é que a justiça possui normas, trâmites e protocolos que devem ser respeitados. Grosseiramente, podemos afirmar que a justiça existe para regulamentar as relações humanas e simplificadamente defender que as leis sejam cumpridas, ou seja, fazer com que o Bem prevaleça. Até aí nenhuma novidade.

No entanto, em grande parte das situações onde as pessoas clamam por “justiça”, o que na realidade, elas desejam é vingança.

Não se assuste, eu disse que o tema era polêmico. E desde o início pedi apenas uma reflexão.

Na realidade isto faz parte do sentimento humano. Quando nos sentimos agredidos, prejudicados, violados em nossos direitos, enfim, injustiçados, a sensação que toma conta de nós é um misto de indignação, revolta e rancor. Às vezes, no fundo o que queremos é adotar o “olho por olho, dente por dente”.

Repito, isto faz parte da natureza humana. Em um âmbito menor, é por isso que em certas situações onde nos sentimos desrespeitados, agredidos, acabamos reagindo intempestivamente e “pagando na mesma moeda”. Ouvimos algo que nos desagrada e rebatemos no mesmo tom. Justiça? Não. Vingança, represália, retaliação.

Lembremo-nos de diversos casos onde a INjustiça foi feita em nome de uma falsa justiça. Basta citar o caso da Escola de Base, situada em São Paulo, onde em 1994 onde houve acusações de violência sexual contra crianças. A população, então, resolveu fazer “justiça” depredando a escola e perseguindo os envolvidos.

Isto tem o nome de TURBA, uma multidão desordenada, que não tem um “cérebro” e sim é formada pela união das mentes de pessoas impulsionadas por sentimentos de rancor. Ao final do inquérito, nenhuma evidência foi comprovada e a vida, a moral e a dignidade dos proprietários da escola infantil destruída. Eram culpados? Não era isso que estava em discussão, pois de um jeito ou de outro, já estavam condenados pelo monstro chamado TURBA.

Que no bater do martelo os juízes sejam sempre iluminados para tomar a decisão mais acertada. E que de alguma maneira a justiça seja feita. Sem o sentimento do “Bem feito. Aqui se faz, aqui se paga”. Isto é vingança.

Dr. José Carlos Carturan Filho

 

Head Trainer da Elleven Desenvolvimento Humano, especialista em Medicina Comportamental pela UNIFESP/EPM (Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina) e manter Practitioner em PNL formado pela International Trainers Academy - Londres.

MBA em Gestão de Saúde e Marketing, professor do MBA de Gestão em Vendas da Universidade Paulista – Disciplina: "Comportamento do consumidor" e Cirurgião Dentista.

Formação em Hipnose Ericksoniana e Hipnose Clássica pela UNIFESP/EPM (Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina).

 

Expectativas - Coluna Desenvolvimento Humano por José Carturan


Segundo o dicionário, o significado de expectativa é: Esperança fundada em promessas, viabilidades ou probabilidades; Ação de esperar, ter esperança. Conceituação conhecida para uma palavra bastante usual em nosso vocabulário. Vivemos falando de nossas expectativas e esperanças. Muitas vezes estas expectativas são o combustível, a mola propulsora que nos move em direção aos nossos sonhos. E isso é muito bom.

Mas, como em tudo na vida há o outro lado e queiramos nós ou não, também somos alvo de expectativas de outras pessoas. Mesmo sem saber, estamos inseridos nas expectativas dos outros, vivendo algo como um ‘sonho alheio’.

Isto é inerente ao ser humano. Faz parte de nossa natureza. Quando crianças, idealizávamos o par perfeito, fosse este par a menina mais bonita e inteligente da classe ou para as meninas o protótipo do príncipe encantado, que atendesse aos anseios e...expectativas.

Até aí também, nenhum problema. Vivemos em comunidade e, portanto, somos passíveis de participar da vida de outrem. As coisas começam a tomar um rumo meio delicado quando as pessoas passam a exigir de nós papéis exatamente iguais aos que elas imaginavam ou pensavam para nós em seus roteiros pessoais.

Sem sermos avisados somos rotulados como isto ou aquilo e passamos a viver um enredo paralelo ao que escolhemos para nós.  Digo até que na melhor das hipóteses somos protagonistas do ‘filme’ de nossa própria vida e coadjuvantes no da vida dos outros. Contudo, às vezes isto se inverte. E as pessoas passam a esperar de nós algo exatamente igual ao que elas almejavam. E quando não cumprimos o (não) combinado, isto as chateia. Será que poderiam ao menos perguntar se topamos participar deste filme, concordamos com esta sinopse em que fomos incluídos?

Mas há algo ainda mais preocupante. Parece que quanto mais atendemos às tais expectativas alheias, mais somos cobrados. E as pessoas esperam de nós condutas ainda mais irretocáveis. É verdadeiro dizer também que, se esperam de nós algo é porque julgam que temos recursos para tal. Entretanto em alguns momentos, parece que nossos recursos para lidar com algumas situações estão crescendo em progressão aritmética enquanto as expectativas das pessoas em relação a nós aumentam em progressão geométrica.

E chega um momento onde fazer o possível não basta. Exigem de nós posturas, atitudes e até sentimentos. Se não fazemos ‘assim ou assado’ as pessoas acham absurdo, se não gostamos de alguém então, é o fim do mundo.

 Isto vale para a vida profissional e o convívio pessoal. Creio que alguns dos grandes distúrbios como depressão, ansiedade, estresse sejam causados por esta dificuldade em administrar entre o que queremos/desejamos e o que os outros querem/desejam de nós. E o resultado é bem complexo. Na maioria das vezes, não dá para conciliar as duas coisas e quanto mais pendemos para um lado mais o outro fica comprometido. E a questão final fica: Suprir as expectativas dos outros ou as nossas? Uma destas respostas lhe dará a chance de ser feliz. Já a outra...

Dr. José Carlos Carturan Filho

 

Head Trainer da Elleven Desenvolvimento Humano, especialista em Medicina Comportamental pela UNIFESP/EPM (Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina) e manter Practitioner em PNL formado pela International Trainers Academy - Londres.

MBA em Gestão de Saúde e Marketing, professor do MBA de Gestão em Vendas da Universidade Paulista – Disciplina: "Comportamento do consumidor" e Cirurgião Dentista.

Formação em Hipnose Ericksoniana e Hipnose Clássica pela UNIFESP/EPM (Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina).

 

 

Dia da mentira - Coluna Desenvolvimento Humano por José Carturan

 

Vai chegando o final do ano e junto com a correria e dos preparativos para as festas, normalmente chega também um período de reflexão, de retrospectiva do que foi feito durante o ciclo a que damos o nome de ano. Quando damos palestras brincamos com as pessoas que a data do ‘Dia da Mentira’ deveria mudar de 1º de abril para 31 de dezembro, porque é justamente nesta data que costumamos fazer as grandes promessas para o ciclo seguinte. É ou não é? Fazer dieta, matricular-se no inglês, entrar na academia, são algumas das coisas que prometemos na virada de ano.

Mas por que será que na maioria das vezes não cumprimos? Pois bem. Por alguns motivos, sendo o principal deles a falta de planejamento. E neste texto darei algumas dicas que farão com que suas chances de cumprir o que prometeu seja maior. Utilizei isto neste ano e deu muito certo. Cumpri as principais metas que assumi comigo e isto traz um sentimento de profunda satisfação.

Para começar é fundamental que seu objetivo esteja em seu controle, ou seja, que dependa de atitudes suas para se concretizar. Além disso, há quatro perguntas que necessariamente precisam ser respondidas o mais detalhadamente possível. São elas:

O quê?

Isto mesmo. O que você quer? Melhor dizendo, o que ESPECIFICAMENTE você quer? Sim, porque querer um carro é totalmente diferente de querer o carro exatamente do modelo que você quer, da cor preferida, ano, modelo, com os opcionais, tudo do jeitinho que você sonhou. Segunda pergunta...

Por quê?

Fique atento. Por que é importante para você conseguir isto? Este seu porque deve estar diretamente ligado a um motivo emocional. Seguindo com o exemplo do carro, não basta responder aqui que o carro servirá como meio de transporte. A resposta deve estar ligada ao SENTIMENTO que você terá quando comprar o carro. Pode ser conforto, felicidade, satisfação, alegria, segurança, comodidade. Repare, todos são coisas que podemos sentir. Se você respondeu satisfatoriamente a estas duas perguntas, a terceira é...

Como?

Como você vai conseguir isto? Qual a ESTRATÉGIA para atingir seu objetivo? Mais uma vez, detalhadamente defina, como você obterá seu sonho? Ainda em relação ao carro, como você fará? Você tem algum dinheiro guardado para a entrada? Ou fará sem entrada com financiamento? Importante!! Faça as contas direitinho. Há bens que as pessoas compram e pagam o triplo do valor. Pesquise bastante. E por fim...

Quando?

Defina também a data especificamente. A mente humana funciona por foco. Por exemplo, se você disser ‘em setembro estarei com o carro’, sua mente não entende que é em setembro de 2014, porque ‘setembro’ tem todo ano... A resposta correta deve ser algo do tipo. ‘Estarei com meu carro no dia 17 de setembro de 2014. Sua mente entenderá e começará a trabalhar para isto. Lembre-se, META é objetivo com data.

Repare que estas 4 perguntas podem e devem ser aplicadas a qualquer objetivo que tenhamos na nossa vida. Foram estas que utilizei para alcançar meus objetivos. Outra dica. É preciso algo chamado COMPROMETIMENTO. Dê esta chance a você. A ‘receita’ é simples, eficaz e vale a pena. 

Dr. José Carlos Carturan Filho

 

Head Trainer da Elleven Desenvolvimento Humano, especialista em Medicina Comportamental pela UNIFESP/EPM (Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina) e manter Practitioner em PNL formado pela International Trainers Academy - Londres.

MBA em Gestão de Saúde e Marketing, professor do MBA de Gestão em Vendas da Universidade Paulista – Disciplina: "Comportamento do consumidor" e Cirurgião Dentista.

Formação em Hipnose Ericksoniana e Hipnose Clássica pela UNIFESP/EPM (Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina).

Falsos Dilemas - Coluna Desenvolvimento Humano por José Carturan

 

Que bom seria se o universo fosse tão simples como certas pessoas o fazem parecer. Simplesmente reduzimos questões complexas a questões díspares, opostas, como se estivéssemos o tempo todo restritos a falsos dilemas. Talvez este péssimo hábito seja uma herança da lógica cartesiana ou de uma estrutura social em que temos de nos adequar de uma maneira ‘X’, ou então de maneira contrária a esta maneira ‘X’.

Não é de se espantar que uma das frases mais famosas da história da literatura mundial, a famosa: “Ser ou não ser? Eis a questão”, da obra ‘Hamlet’ de William Shakespeare, seja talvez a representação mais célebre destes falsos dilemas que nos impomos a todo instante. Precisamos sempre ser OU não ser. Mas, porque jamais temos a opção de ser E não ser?

Normalmente rotulamos e somos taxados pelas pessoas como: altos ou baixos, bons ou maus, grandes ou pequenos, gordos ou magros, ricos ou pobres, isto ou aquilo. O fato é que quando reduzimos a questão em rótulos, categorias, opiniões que podem nos levar a caminhos aparentemente opostos, estamos ilusoriamente buscando facilitar situações que nem sempre se resumem à simples escolhas.

Esquecemos que entre em tons contrastantes de preto e branco temos infinitas matizes de tons de cinza. E o pior: Não percebemos que estes tons de cinza são fruto da mistura destas nuances de preto e branco. Às vezes muito escuros, outras vezes mais claros.

Infelizmente estamos sempre tendo de nos posicionar de um lado ou de outro, sendo que há entre o ‘sim absoluto’ e o ‘não absoluto’ uma infindável rede de opções e alternativas a serem consideradas antes de uma escolha ou um posicionamento definitivo. Digo infelizmente, porque quando resumimos as situações desta forma automaticamente estamos ‘afunilando’ nosso ponto de vista e nos privando de conhecer diversos outras possibilidades situadas entre um extremo e outro.

Seja em discussões, debates ou em uma cotidiana opção entre uma coisa e outra, jamais uma verdade, uma escolha estará totalmente correta e a outra totalmente equivocada. Há sempre pontos benéficos em ambos os posicionamentos, e quando cerceamos a nós ou aos outros da chance de perceber o que há em comum entre os opostos, estamos limitando o aprendizado.

E este é o ponto relevante. Não apenas há normalmente mais opções do que as que são opostas entre si, como há um caminho intermediário entre elas, o Caminho do Meio. Há simplesmente o dia e a noite? Ou na intersecção existente entre eles há também a aurora e o crepúsculo, quando dia e noite praticamente ‘misturam-se’?

Evite cair na armadilha dos falsos dilemas. Desde os que são simples, até os que são importantes.  Ao reduzirmos questões complexas a alternativas diametralmente opostas, não apenas tornamos limitada nossa capacidade de entendimento, como corremos sério risco de nos tornarmos radicais, fanáticos e colaborar para uma realidade com base em conflitos e divergências onde o consenso e o equilíbrio ficam cada vez mais distantes.

Dr. José Carlos Carturan Filho

 

Head Trainer da Elleven Desenvolvimento Humano, especialista em Medicina Comportamental pela UNIFESP/EPM (Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina) e manter Practitioner em PNL formado pela International Trainers Academy - Londres.

MBA em Gestão de Saúde e Marketing, professor do MBA de Gestão em Vendas da Universidade Paulista – Disciplina: "Comportamento do consumidor" e Cirurgião Dentista.

Formação em Hipnose Ericksoniana e Hipnose Clássica pela UNIFESP/EPM (Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina).