Inovação - Coluna Empreendedorismo por Tatiana Garcia

INOVAÇÃO – POR ONDE COMEÇAR?

 

Muito se fala sobre inovação; seja na internet ou em eventos, vemos constantemente novos produtos sendo lançados, sistemas cada vez mais rápidos, tecnologia avançada, ferramentas que nunca sequer tínhamos imaginado existir e assim por diante. O mundo caminha à uma velocidade alucinadamente rápida. Mas o que acontece com os indivíduos? Conosco tudo acontece muito mais devagar. Quando sofremos, demoramos para nos recuperar. Quando nos machucamos, demora para cicatrizar. A velocidade é bem mais lenta do que na inovação. Mas pouco ouvimos falar sobre isso, sobre como funciona uma cultura empresarial que recebe todas essas inovações. Como gerimos equipes após a inclusão de novos produtos ou novas tecnologias. Se o empreendedor focar somente na inovação de produtos e esquecer das pessoas, a inovação provavelmente sofrerá um impacto.

Isso acontece porque pessoas felizes e satisfeitas aceitam muito bem a inovação. Por isso que empresas como Google, Linkedin, Apple e outras aceitam isso muito bem. Já empresas com pessoas desmotivadas e infelizes, não aceitam bem a inovação. É preciso pessoas para “sustentar” uma inovação. Por exemplo, se uma empresa investe em um novo sistema, mas as pessoas estão desmotivadas para aprende-lo; o investimento será perdido. Pode até ser que grande parte do novo sistema pode até nem ser utilizado, por falta de iniciativa da equipe. Já no caso de novos produtos inseridos numa cultura onde ninguém se preocupa em aprender suas novas funções, eles podem ser vendidos ao cliente com pouco entusiasmo, correndo o risco até de ser descontinuado. Por isso, um produto excepcional na mão de pessoas desmotivadas, se torna mediano. Já um produto mediano na mão de pessoas excepcionais, se transforma no grande diferencial da empresa.

Eu experenciei esse drama em uma das empresas que trabalhei. Decidimos inovar em uma das linhas de produção. Era uma data específica e festiva do ano com alta expectativa de vendas. O novo produto tinha tudo para dar certo, a pesquisa de mercado tinha sido feita, negociamos com novos fornecedores, os prazos estavam ótimos, a ideia era inovadora e o preço também. Tudo caminhou muito bem no departamento de criação e desenvolvimento. Mas, a empresa estava vivendo um momento muito difícil, muitos funcionários sendo demitidos, pessoas sobrecarregadas, um clima pesado e muita desmotivação. Os que estavam mais empolgados para trabalhar, eram por medo de serem demitidos.

A equipe de desenvolvimento avançou rapidamente por estar motivada a criar algo novo. Porém, o pessoal responsável pelas embalagens; já não tão motivados assim, se atrasaram e esqueceram de avisar o restante da equipe. Com isso, os produtos ficaram prontos bem antes das embalagens e tiveram que começar a serem vendidos nas embalagens antigas e não apropriadas. Foi um desastre.  A equipe de marketing, sobrecarregada, acabou esquecendo de fazer a campanha. Conclusão, os produtos quase não foram vendidos, e a culpa ainda caiu sobre o departamento de criação, que frustrados optaram por não querer mais inovar e se manter com os produtos antigos. Um verdadeiro fracasso que gerou prejuízo e muita desmotivação. Isso mostra que é precisar preparar as pessoas antes de inovar. Vejo muitas empresas que estão preocupadas com a crise e buscam inovação tecnológica, novos produtos e até soluções mirabolantes para crescer, se esquecendo de pensar nas pessoas. Quando tudo estiver ruim na empresa, busque olhar para dentro dela e motivar a equipe que já tem, antes de criar novas estratégia de marketing.

Formada em Administração de Empresas com Ênfase em Marketing (ESAMC), MBA Executivo em Gerenciamento de Projetos (FGV), MBA Internacional em Gestão Negócios (OHIO), Apoiadora do Curso de Liderança e Comunicação de Alta Performance Master Mind; ela hoje tem uma experiência em 10 anos em Finanças no Brasil e na Austrália, onde ocupou uma vaga em Gerente de Projetos no State Street of Boston. Especialista em Franchising, ela abriu sua própria empresa que promove um novo conceito para ajudar os empresários brasileiros a melhorarem seus resultados, ter uma equipe mais engajada e a inovar.Email: franquias.mb@gmail.com

Como faço para vender meu produto? Coluna Empreendedorismo por Tatiana Garcia

Muita gente me pergunta: como faço para abrir o meu negócio? Uma dúvida frequente, não é verdade? Provavelmente você ou alguém que você conhece já teve essa mesma dúvida. Ela vem logo depois de uma boa ideia. Normalmente, esses futuros empreendedores tem um excelente produto ou serviço em mãos, e só querem saber “como” faz para vende-lo. A minha sugestão é voltar um pouquinho, afinal eu acredito que aquilo que é de fato muito bom não precisa de tanto esforço para vender.

 

E como saber se o seu produto ou serviço é muito bom? Um produto só é bom quando o seu cliente também o acha bom. E é exatamente esse gancho que alguns empreendedores esquecem de fazer. Muitas vezes já saem para o mercado com a certeza de que irão vender. Aí que mora o perigo, muitos produtos são bons apenas do ponto de vista de quem o criou e não de quem irá usá-lo. É o caso daquelas roupas que são lindas, tem um excelente preço e quando você veste, começa a se coçar inteiro... porque o material não é confortável. Pois é, para diminuir esse espaço entre a necessidade do cliente x produto/serviço eu costumo fazer as seguintes perguntas:

           

1.      Quais são as reais necessidades dos meus clientes? (O que eles precisam)

2.      O que eles não querem e não gostam de jeito nenhum? (Seus problemas atuais)

3.      Quanto eles estariam dispostos a pagar pelo meu produto?

4.      Quanto eles de fato têm para pagar?

5.      O que meus clientes fazem e onde eles costumar ir?

6.      Do que eles gostam e o que eles usam? (Comportamento)

7.      Como está o mercado ao redor deles? (Influências que recebem)

 

Com essas perguntas conseguimos traçar melhor suas estratégias de venda e muitas vezes adaptar o produto. Por exemplo, quando perguntamos quais são as influências que os clientes recebem, detectamos às vezes que a internet tem uma forte influência no consumo, isso faz com que refletimos ser de fato precisamos vender o produto em loja física. Outro bom exemplo é quando você quer vender um sapato porque sabe que está sendo usado no mundo todo por celebridades, além do sapato ser lindo e barato. Mas ao analisar o cliente percebe uma forte tendência de sapatos feitos de borracha. Você então adapta seu produto mudando apenas o material.

 

Existem inúmeros exemplos de benefícios ao estudar o cliente antes de lançar seu produto. Muitas vezes isso irá tomar apenas uma semana a mais no seu projeto, porém o ganho é infinitamente maior. Pensar no cliente antes de pensar no produto é uma das grandes sacadas das empresas de sucesso. E lembre-se: mesmo fazendo todo esse estudo, ainda correrá o risco do produto não ser o ideal. Porém, somente irá perceber isso quando o lançar no mercado. Tenha sempre em mente que a sua versão original poderá ser adaptada inúmeras vezes até chegar no ideal; e quando você chegar no ideal, provavelmente o mercado já irá ter mudado. Por isso, adaptação e flexibilidade são duas das principais características de um bom empreendedor.

Tatiana Garcia

Coluna Empreendedorismo

Formada em Administração de Empresas com Ênfase em Marketing (ESAMC), MBA Executivo em Gerenciamento de Projetos (FGV), MBA Internacional em Gestão Negócios (OHIO), Apoiadora do Curso de Liderança e Comunicação de Alta Performance Master Mind; ela hoje tem uma experiência em 10 anos em Finanças no Brasil e na Austrália, onde ocupou uma vaga em Gerente de Projetos no State Street of Boston. Especialista em Franchising, ela abriu sua própria empresa que promove um novo conceito para ajudar os empresários brasileiros a melhorarem seus resultados, ter uma equipe mais engajada e a inovar.Email: franquias.mb@gmail.com