Eu morei por seis anos em Ribeirão Preto. Pra mim, lá era o reino central dos carrapatos. Impressionante como lá os cães pegavam esses bichos e assim, a incidência da doença ,que pode ser transmitida por eles era bem alta.
Quando me mudei pra São Paulo, notei que até então, a incidência das hemoparasitoses era bem baixa. Porém, venho notado, principalmente com o aumento da temperatura, que a realidade tem mudado. Animais que antes sofriam apenas com pulgas, agora sofrem com os tais carrapatos e assim, aparecem as doenças.
A erlichiose e a babesiose são transmitidas através da picada do carrapato Rhipicephalus sanguineus, e as duas doenças podem aparecer tanto sozinhas, como juntas,agravando ainda mais o quadro.
O mais perigoso nessa doença é que muitos animais apresentam a forma subclínica, demonstrando apenas sintomas leves como perda de apetite um dia , mas voltando a comer no outro, ou mesmo apatia repentina, que logo desaparece. Sendo assim, muitos proprietários deixam passar despercebida a doença e quando o animal começa a apresentar os sintomas significativos como febre alta, inapetência, dores nas articulações, vômitos e diarréias, a doença já está num estágio mais avançado.
Como os sintomas não são específicos, a doença é diagnosticada por exames de sangue.
Muitos proprietários ficam assustados quando dou o diagnóstico, achando que a doença não tem cura, mas ela tem sim! O tratamento feito com antibióticos é um pouco longo e ainda existem animais que desenvolvem a forma crônica da doença, estendendo ainda mais os dias de tratamento, mas se for seguido conforme o veterinário prescreveu, os animais apresentam melhora em pouco tempo. Alguns mais debilitados e com um quadro mais severo, irão necessitar de transfusão, já que a doença causa anemia. Esses casos requerem mais cuidados.
O controle do carrapato, por isso, é importantíssimo para que se evite a contaminação ou mesmo a recontaminação.
Fique sempre atento e ao menor sinal de apatia do seu animal, mesmo que apenas por alguns dias, leve ao médico veterinário, porque deixar a doença progredir , pode realmente levar o animal ao óbito.
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Isadora dos Reis
Coluna Vida de Bicho
Formada em dezembro de 2001, pela Fundação de Ensino Octavio Bastos, em São João da Boa Vista. Especialização em clinica medica de pequenos animais e dermatologia veterinaria. Área de clinica médica e atendimentos personalizados em domicílio na zona norte e central de São Paulo e também em Guarulhos.Contato: isacasline@gmail.com