Embora os discípulos tivessem vivido com Jesus nos seus últimos três anos de vida, eles não puderam alcançar a dimensão de tudo o que haviam visto e ouvido do Mestre, mas gozavam da alegria da presença dEle que nada deixava lhes faltar.
Jesus era a Luz dos olhos daqueles homens simples, era o Caminho seguro por onde caminhavam, era a fonte de água viva onde eles saciavam a sede, era o pão vivo que os alimentava o espírito.
Mas, na ausência dEle, eles se perdiam, tinham medo, e seus corações ficavam endurecidos. Faltava-lhes o Amor! Jesus estava morto para eles que ainda não entendiam a ressurreição. E, naquele momento, Jesus repreendeu os discípulos pela dureza de coração que estava cegando-lhes a alma.
Quantos andam por aí totalmente perdidos, embora aparentemente seguros de si? Quantos se fecham para o bem, desconfiam até de sua própria sombra com medo da traição? A cada dia mais os homens se fecham para o outro, se isolam, e a caridade vai secando em meio à humanidade.
Esta repreensão de Jesus aos discípulos vale para nós também! Não nos deixemos enganar pelas aparências! Depois da ressurreição, Jesus apareceu para alguns que depois saíram anunciando a Boa Nova, e não lhe deram crédito.
Não vamos, nós também, correr o risco de não acolher aquele pequenino o qual Jesus se faz presente nele!
“Jesus repreendeu-os pela dureza de coração!”
Marcos 16,9-15
Rachel Lemos Abdalla
Fundadora e Presidente da Associação Católica Pequeninos do Senhor; é colaboradora da ZENIT.org – O mundo visto de Roma, responsável pela Coluna Pequeninos do Senhor de orientação catequética; é membro da ‘Equipe de Trabalho’ do ‘Ambiente Virtual de Formação’ da Arquidiocese de Campinas; escreve para dois sites em Portugal (ABC da Catequese e Laboratório da fé); e é membro da Equipe de Formação da Paróquia Nossa Senhora das Dores.