Semana de Arte TRANSviada dialoga com 100 anos da Semana de Arte Moderna

Exposição, desfile, música e dança percorrem o Estado em projeto que aborda a diversidade por meio de apresentações artísticas

Variadas manifestações reunirão artistas independentes transvestigêneres ou que versam sobre a transgeneridade em suas obras

 

 

Campinas recebe em agosto a Semana de Arte TRANSviada, realizada por um coletivo de artistas do interior do Estado. O evento acontece entre os dias 7 e 14 de agosto, na Casa de Vidro e na unidade do Sesc Campinas. Todas as atividades são gratuitas e as informações sobre a retirada de ingressos e toda a programação estão disponíveis no site: www.semanatransviada.com.

 

A estreia será no dia 7 de agosto, domingo, na Casa de Vidro, no Lago do Café. No dia haverá exposição de artes visuais composta por oito artistas - a maioria trans - e mais de 20 obras. A partir das 17h, a organização fará a cerimônia de abertura da Semana com desfile realizado pelo Ateliê Transmoras, Évora e Vista Vasques. O dia se encerra com apresentação da performance

“Ultrapassar o Vazio entre Lugares que Imaginamos Para nós”, de Lino Calixto e Harpya Satanara, e shows musicais de Angelíque Farnocchia, All Ice e Diameyka Odara.

 

O projeto Semana de Arte TRANSviada foi contemplado pelo Edital ProAC nº 35/2021 ‘Projetos Culturais/ 100 Anos da Semana de Arte Moderna de 1922/ 200 anos da Independência do Brasil’ e é uma realização do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Bons Ventos Produtora e Núcleo Ponte. A produção tem apoio do Sesc Campinas e Sesc Sorocaba, Fundec (Fundação de Desenvolvimento Cultural de Sorocaba), Maloca Centro Cultural, Secretaria de Cultura da Prefeitura de Sorocaba, Casa de Vidro, Museu da Cidade, Secretaria de Cultura e Turismo da Prefeitura de Campinas, Tenda Vogue e Centro de Referência LGBT de Campinas.

 

Sobre a Semana

 

Durante o evento, a diversidade será amplamente abordada, discutida e repaginada por meio de apresentações artísticas de diferentes linguagens.

 

Compõem a programação artistas independentes transvestigêneres ou que versam sobre a transgeneridade em suas obras. Entre os nomes estão Paul Parra, Helena Agalenéa, Ateliê Transmoras, Irmãs de Pau, Rainha Kong, Laboratório Cisco e All Ice, entre outros.

 

O movimento dialoga e questiona o espaço geográfico, aludindo ao fato de que na histórica Semana de Arte Moderna, que aconteceu em 1922, os artistas se reuniram no Teatro Municipal da cidade mais populosa do Brasil (São Paulo) como uma forma de validar e visibilizar a arte que estava sendo proposta. Agora, o movimento caminha por estratégias diferentes: em vez de competir pelo espaço restrito da capital, a Semana de Arte TRANSviada visa difundir a arte para além, escolhendo locais distintos do Estado para acontecer.

 

Curadoria afetiva

 

A realização da Semana de Arte TRANSviada é um sonho de Paul Parra que se tornou realidade. Ele conta que a programação foi definida baseando-se principalmente em artistas que já estavam nesta aproximação cultural e afetiva no cenário das artes de Campinas e Sorocaba. Para ele, trazer o maior número de linguagens artísticas possíveis para este evento mostra também o quanto a arte e as identidades podem ser múltiplas. “Queremos abordar tudo isso de forma mais extensa. Teremos desde DJs até apresentações de teatro e dança, por exemplo”, aponta.

 

Serviço

 

Semana de Arte TRANSviada: Campinas

 

Data: 7 a 14 de agosto

Locais: Casa de Vidro e Sesc Campinas

Programação gratuita

Retirada de ingressos: www.semanatransviada.com

Classificação etária: consultar a programação