Laerte Martins, um legado para a ACIC e para Campinas

"Saber não é suficiente; nós devemos aplicar. Disposição não é suficiente; nós devemos fazer." A frase de autoria do escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe se aplica ao meu estimado amigo Laerte Martins, falecido no último dia 30 de julho.

Hoje, em nome da diretoria e dos colaboradores da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC), utilizo este texto para homenageá-lo e expressar minha gratidão por seu legado inestimável, construído nos últimos 28 anos à frente do departamento de economia da entidade.

A profícua relação de Laerte com a Associação teve início em 1995. Ele já estava aposentado, após uma bem-sucedida carreira profissional no Brasil e no exterior, nos setores público e privado, quando foi convidado para comandar o departamento de economia da associação, na gestão do então presidente Abdo Set El Banate e do vice-presidente Guilherme Campos Júnior.

A partir daí, empenhou-se na arte de produzir relatórios que refletiam o panorama econômico dos setores representados pela ACIC. Seus estudos nortearam as ações da entidade, em uma época em que não se cogitava a hipótese de que os dados viriam a ser o “novo petróleo”, fortalecendo-a como referência em economia para Campinas e, posteriormente, para a RMC.

Ainda na década de 1990, Laerte deu início à série histórica das avaliações mensais do comércio de Campinas e eu já acompanhava o trabalho dele, mas foi a partir de 2001, ao ingressar na diretoria adjunta da Associação, que tive o privilégio de coparticipar da sua atuação.

Tínhamos muito em comum, como a luta pelo livre comércio e o empreendedorismo e também o fato de não sermos campineiros natos, mas termos escolhido a cidade para fixar residência.

Laerte nasceu em Urupês (SP) e ainda jovem veio para Campinas para estudar. Aqui, casou-se com uma campineira, Selma, com quem teve duas filhas, Daniela e Elaine. E foi para cá que ele retornou após aposentar-se.

Na ACIC, somou quase três décadas de avaliações sobre tendências, expectativas e transformações, ocorridas nos âmbitos municipal e regional. Assim sendo, limito-me a destacar apenas alguns episódios que ilustram o seu legado.

Laerte consultava índices da Boa Vista-SCPC, da Junta Comercial do Estado de São Paulo, do IBGE, da Prefeitura de Campinas e outros e preparava as suas avaliações à mão, utilizando uma lapiseira e com auxílio da inseparável calculadora.

Posteriormente, o material era digitado e as tabelas eram formatadas pelo seu "braço direito", Marcia Farah (assistente administrativa pleno na ACIC).

Se solicitado acerca do volume de pessoas em circulação no Centro da cidade, por exemplo, ele cruzava dados até chegar a um total. Eu, então, àquela altura já com certo grau de intimidade, perguntava se ele havia ficado na Rua Treze de Maio com um contador e ríamos imaginando a cena.

 

Às vezes, ele projetava um crescimento demasiadamente alto nas vendas do comércio e eu brincava que ele era otimista demais. Outras vezes, quando os números não eram muito bons, eu dizia para ele não nos contar e nos passar apenas os que sinalizavam vendas positivas.

Quando Campinas foi anunciada a sede de sua Região Metropolitana (RMC), em 2000, Laerte foi requisitado para avaliar o impacto da mudança para o comércio e os serviços locais.

Vinte anos depois, Campinas se tornou a única metrópole que não é capital estadual e Laerte foi novamente solicitado pela imprensa para emitir uma avaliação atualizada do cenário econômico do município.

A fim de reconhecer os seus méritos na atividade empresarial, como economista, em 2016, nós o convidamos a fazer parte do Conselho Consultivo da ACIC, na gestão que se iniciava. À época, eu já havia presidido a associação por dois mandatos e estava, então, na vice-presidência, tendo Guilherme Campos Júnior como presidente.

Laerte foi homenageado, ainda, com o "Diploma de Honra ao Mérito", concedido pela Câmara Municipal de Campinas, em 2012, e a “Medalha Ministro Celso Furtado”, outorgada pelo Conselho Regional de Economia.

“Seo” Laerte, como era popularmente chamado, será eternamente reconhecido como um valioso patrimônio humano da Associação Comercial e Industrial de Campinas. E, indubitavelmente, como um dos filhos mais devotados à cidade que ele escolheu como seu lar: Campinas.

Adriana Flosi é Presidente da ACIC - Associação Comercial e Industrial de Campinas e

Secretária de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Inovação de Campinaspresidente da Acic e secretária de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Campinas.

ACIC divulga as primeiras avaliações do ano do comércio de Campinas e região


Comércio varejista de campinas e região tem a menor taxa de crescimento da década

unnamed.jpg


O comércio varejista de Campinas fechou 2013 com uma expansão de 3,07% sobre as vendas de 2012, que por sua vez cresceu 9,00% sobre as vendas de 2011.

As vendas de Natal, especificamente, também tiveram uma expansão de 3,35%, bem abaixo dos 8,0% esperados para dezembro de 2013, abaixo também de dezembro de 2012, quando a expansão atingiu 10,5% com relação ao mesmo período de 2011. Isso significa que as vendas de Natal em 2013 tiveram o pior desempenho da década, em Campinas.

Os níveis da inflação acima da meta, as taxas de juros em alta, o dólar mais elevado e o endividamento bastante aquecido foram os principais fatores que provocaram a desaceleração no consumo, que é o segmento que mantém, ainda, a economia interna em expansão.

O faturamento de dezembro de 2013 em Campinas fechou em R$ 2.209,4 bi, em média 3,35% acima dos R$ 2.137,8 bi de 2012.
No acumulado do ano, o Comércio atingiu cerca de R$ 11.811,2 bi, número que ficou 3,07% acima dos R$ 11.459,5 bi de 2012.

Em termos de consultas junto ao SCPC, as de dezembro de 2013 ficaram 4,50% acima das de dezembro de 2012. No acumulado do ano elas ficaram praticamente iguais.

Na região, os números permaneceram iguais ao de Campinas, com o faturamento de dezembro de 2013, ficando 3,41% acima do mesmo período de 2012. Já o acumulado do ano ficou 3,24% acima de 2012.

Observa-se que essa baixa expansão nas vendas indica que os estoques estão em alta e a melhor alternativa é providenciar liquidações que implicam em proceder descontos naqueles segmentos que tiveram maiores retenções nos estoques.

A inadimplência encerra o ano com um saldo de 2.300 registros efetivados, que comparado com novembro p. p. indica uma queda de (79,32%) e, com relação a dezembro de 2012, a queda é de (45,02%), o que indica que a maioria dos devedores liquidou os seus débitos utilizando principalmente o 13º salário.

No acumulado do ano, no entanto, ficaram retidos 181.398 registros efetivados, que indica 9,56% acima dos 165.576 registros de 2012, percentual esse, que chegou a 73,0% no início do ano.

Na RMC, os números da inadimplência encerraram 2013 com 431.950 registros efetivados, contra 392.360 de 2012, o que resultou em uma expansão de 9,53%, expansão essa, que no início do ano era de 75,0%.

Em termos de valores, os 181.398 registros não pagos em Campinas representam cerca de R$ 108,8 e os 431.850 registros não pagos na RMC representam em média R$ 259,2 milhões.

A expectativa para 2014, com o advento da Copa do Mundo no meio do ano, é de uma melhora nas atividades do comércio e serviços, apesar da redução nos dias úteis de vendas durante os jogos, principalmente da seleção brasileira.

A partir do segundo semestre, a economia estará sob o efeito das eleições presidenciais em outubro p. vindouro, o que pode provocar ações de incertezas sobre as atividades macroeconômicas e, principalmente na microeconomia com restrições na produção e no consumo.

A previsão do comércio varejista em 2014 é de uma expansão baixa, semelhante à de 2013, em torno dos 4,0% a 4,5%.

Laerte Martins
Economista - ACIC


Comércio de Campinas realiza promoção conjunta para eliminar o estoque de mercadorias


Campanha Liquida Campinas, promovida pela ACIC, será oportunidade para consumidor adquirir produtos com descontos de no mínimo 20%
Entre os dias 17 de janeiro e 1º de fevereiro, os consumidores de Campinas, SP, poderão adquirir artigos variados com descontos de no mínimo 20%, nos estabelecimentos participantes da campanha Liquida Campinas. A ação, inspirada em experiências consagradas, realizadas em capitais brasileiras como Salvador e Manaus, entre outras, será realizada na cidade pela primeira vez por iniciativa da ACIC - Associação Comercial e Industrial de Campinas. Dezenas de lojas já aderiram à campanha, entre elas Pernambucanas, Seller, Baby, Passarela e Ópticas Ipanema.

A promoção tem por finalidade eliminar o estoque de produtos não comercializados no final do ano, fortalecendo as vendas em janeiro, período no qual o comércio costuma registrar baixo desempenho, uma vez que a população está voltada aos pagamentos das dívidas relacionadas ao Natal, viagens de férias, matrícula escolar e outros. Para a presidente da ACIC, Adriana Flosi, a Liquida Campinas não beneficiará apenas as grandes lojas. “Os pequenos comércios, que geralmente não dispõem de verba para campanhas promocionais terão como anunciar suas ofertas por meio da campanha, ampliando a possibilidade de vendas. Os lojistas entenderam que uma ação conjunta terá muito mais força e representatividade e tornará esse período anual atrativo para os consumidores. Isso levou a uma adesão bastante expressiva nesta primeira edição da promoção”, explica.

De acordo com ela, a implantação de um modelo que já é sucesso em outras cidades estimulará a economia em Campinas. “Pretendemos incluir a Liquida Campinas na programação anual de atividades do comércio na cidade”, afirma.


ACIC promove 1ª Semana do Empreendedor Individual


A ACIC - Associação Comercial e Industrial de Campinas realizará entre os dias 20 e 24 de janeiro, das 9h às 20h30, na sede da entidade (Rua José Paulino, 1111, Centro), a 1ª Semana do Empreendedor Individual. O evento gratuito tem como objetivo mobilizar e auxiliar iniciantes e empresários individuais da região de Campinas, oferecendo a eles conhecimento para transformarem suas ideias em verdadeiros negócios empreendedores.

No período da manhã, no Posto SEBRAE de Atendimento ao Empreendedor, os participantes receberão informações técnicas e gerenciais para o desenvolvimento de seus potenciais. As tardes serão destinadas aos workshops e oficinas gratuitas sobre os principais pilares de gestão e fortalecimento dos negócios empreendedores – recursos humanos, marketing, gestão de tempo, vendas e finanças. Já no período da noite ocorrerão palestras gratuitas sobre temas importantes e será apresentado um case de sucesso. No encerramento da 1ª Semana do Empreendedor Individual, no dia 24, haverá happy hour.  Para participar da atividade o interessado deve fazer a inscrição até dia 17 de janeiro no sitewww.acic.bz