Recentemente fui a uma mostra do artista franco-venezuelano Carlos Cruz-Diez, no Espaço Cultural Porto Seguro em SP. Ele fez um trabalho incrível sobre o uso da cor iniciando sua pesquisa junto ao movimento cinético dos anos 1950-60.
A cor tem um papel importante no meu trabalho como designer de interiores. Ela tem o poder de modificar o espaço e os objetos.
Pode despertar sensações diferentes dependendo da forma como é usada, podendo, inclusive, mudar a percepção e o humor das pessoas, através do comportamento sensorial.
Carlos Cruz começou a investigar o papel da cor e sua evolução. Ele foi um dos principais expoentes da arte contemporânea. Em seu trabalho, demonstra a interação da cor com o espectador. Os visitantes, assim como os objetos integram-se à obra.
Na mostra intitulada ‘Liberdade da Cor’, ao sobrepor um certo número de tiras coloridas e translúcidas à distâncias diferentes e seguindo uma certa ordem, combinações cromáticas são geradas. A metamorfose de matizes e tons muda constantemente conforme o observador também se movimenta ou a iluminação do espaço se altera. A isso ele deu o nome de Transcromia, um convite para que voltemos nossa atenção ao modo de como percebemos o mundo. Impressionante!
Suas obras fazem parte do acervo de grandes museus como, por exemplo, o MOMA NY e o Tate Modern em Londres. No Brasil, elas fazem parte do acervo do Museu de Arte Moderna no Rio de Janeiro e de coleções particulares.
Infelizmente a mostra terminou em SP, mas você pode acompanhar o trabalho dele no instagram @ateliercruzdiez !
Proponho uma reflexão: qual cor o representa? Por que?
A arte vem de uma espécie de condição experimental na qual alguém faz experiências com o viver!
John Cage
Mônica Fraga
Arte, Fotografia & Design
Designer de Interiores pela Arquitec., Fotógrafa pelo Senac São Paulo. Atualmente faço um curso sobre História da Arte, em SP, com o crítico de Arte Rodrigo Naves. Instragram: @monicafraga monicabmfraga@gmail.com