Para apoiar a ONG International Union for Conservation of Nature (IUCN), a grife Lacoste tirou o icônico crocodilo da nova linha de camisas polo para colocar imagens de animais ameaçados de extinção. Essa foi a primeira vez que a marca mudou sua logomarca em 85 anos.
A campanha "Save Our Species”, que inicia uma parceria de três anos entre a Lacoste e a União Internacional para a Conservação da Natureza, apresentou dez espécies ameaçadas bordadas individualmente na camisa, com a mesma abordagem utilizada para o crocodilo.
O número de camisas disponíveis para venda correspondeu ao número de animais de cada espécie que permanece na natureza. Por exemplo, foram feitas 350 polos de tigres de Sumatra e 67 rinocerontes de Java. No total foram confeccionadas 1.775 camisas.
Os valores arrecadados com as vendas foram voltados para a preservação das espécies.
Eu, particularmente, gostei muito da iniciativa, mas a troca símbolo de crocodilo por espécies em extinção gerou uma enorme polêmica.
Apesar do esforço para conscientizar a população sobre o perigo de extinção que esses animais estão sofrendo, algumas pessoas acusaram a Lacoste de fazer “lavagem verde” - expressão que indica que há uma apropriação inadequada de causas ambientalistas para usar como marketing.
Veja alguns comentários postados nas redes sociais:
“Isso é lavagem verde. Uma marca fazendo design para encobrir a horrível cadeia de suprimento criada durante anos pela Lacoste.”
“A empresa não deposita toxinas fatais nos rios do sudeste da Ásia? Se querem acabar com o perigo de extinção, precisam acabar primeiro com isso.”
“Talvez eles poderiam mudar a produção inteira para fibras orgânicas e sustentáveis. Eles ajudariam muito mais que as 10 espécies.”
“E as pessoas vão gastar mais dinheiro para deixar a Lacoste ainda mais rica. Como o marketing utiliza as emoções para vender a mesma roupa a um preço maior, só mudando algo pequeno.”
E você o que achou?
FONTE:
Crédito: Clube online / Fotos: Reprodução
Milena Baracat
Coluna Entretenimento
Formada em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Atualmente atua com profissionais no desenvolvimento, tratamento de acervos, informatização e tecnologia da informação aplicada para bibliotecas particulares e privadas.