Não jogue a toalha - Coluna Espiritualidade por Rachel Abdalla

Jesus sabia que o Pai tinha colocado tudo em suas mãos, e que Dele tinha saído e que para Ele voltaria, por isso, era preciso dar o exemplo e cumprir, até o fim, o propósito de sua vinda.

Ao amarrar a toalha em sua cintura, Jesus se apresenta visivelmente como um servo pronto para servir. Este foi mais um gesto que confirma, ao final de sua vida terrena, a sua humildade e o seu amor para com todos os homens.

O maior de todos é aquele que serve!

Mas, para ser o maior é preciso ser pequeno de vaidades, sem orgulhos e ambições desmedidas, é estar inserido numa caminhada que leva ao encontro dAquele de onde viemos.

Que tipo de servo você é? Ou você pensa ser o mestre?

Mestre só tem um, e Ele é o Senhor da vida!

Se Jesus lavou os pés dos discípulos, porque nós não podemos fazer o mesmo? Lavar os pés do outro é perdoar, é acolher, é alimentar, é dar de si para que o outro viva melhor, na certeza de que nada vai lhe faltar.

Nunca jogue a sua toalha, ao contrário, amarre-a junto à sua cintura como exemplo de esforço por querer ser melhor e fazer a diferença neste mundo.

  “Jesus levantou-se da mesa, tirou o manto, pegou uma toalha e amarrou-a na cintura” 

João 13,1-15

 

Rachel Abdalla

 Site: www.pequeninosdosenhor.org

Se desejar enviar perguntas ou expressar opiniões sobre os temas tocados pela coluna organizada por Rachel Lemos Abdalla, enviar email para: presidente@pequeninosdosenhor.org

Rachel Lemos Abdalla

Coluna Espiritualidade

Fundadora e Presidente da Associação Católica Pequeninos do Senhor; é colaboradora daZENIT.org – O mundo visto de Roma, responsável pela Coluna Pequeninos do Senhor de orientação catequética; é membro da ‘Equipe de Trabalho’ do ‘Ambiente Virtual de Formação’ da Arquidiocese de Campinas; escreve para dois sites em Portugal (ABC da Catequese  e Laboratório da fé); e é membro da Equipe de Formação da Paróquia Nossa Senhora das Dores. 

5 motivos de orgulho em sermos mães de pessoas com deficiência - Coluna Blogs que indico por Fernanda Terribile (Somos Especiais)

1- Você se torna uma pessoa mais forte-



Sabe aquela frase " Você não sabe a força que tem até que sua UNICA SAÍDA é ser forte." Então, ela se encaixa perfeitamente em nossas histórias. Nasce um filho com deficiência e junto nasce uma mãe e uma mulher fortes. Um pacote. Comigo não foi de uma hora para outra. Como um conta-gotas, ano a ano venho superando minhas angústias e incertezas ( e supero, nunca para! ) e percebo que situações que antes eram difíceis hoje são mais simples, A rotina de médicos era um martírio ! Evitava, adiava, pedia ajuda do marido. Ele sofreu! Hoje dou conta sozinha....ufa! Cada uma tem o sua "pedra no sapato", e somos forçadas a tirar esta pedra, na marra! Para mim eram os médicos e as saídas com Dan, para vocês que me lêem pode ser a escola que não aceita o filho, o marido que te abandonou, a família que te cobra e exige..... São estas pedrinhas que nos fortalecem.

2- Aprendemos a correr atrás dos nossos direitos-

Não sabia brigar pelos direitos do meu filho! Até que enfrentei o possível fechamento da sala especial onde Danilo estudava Para minha surpresa encontrei um pit bull aqui dentro! Corri atrás dos nossos direitos.Não medi esforços para ver um direito básico- 
o da educação- ser cumprido. Gritei como um leão faminto, encontrei forças onde não imaginava encontrar. Assim somos nós, mães de filhos com deficiência- eternas famintas em ver os direitos garantidos.

3- Valorizamos as pequenas conquistas-

Os especiais demoram para conquistar.Desde bebês são reabilitados na fisioterapia, terapia ocupacional, hidroterapia, fonoaudiologia e por aí vai. Para cada avanço vão-se meses e meses- ou anos de treinamento. Nossos atletas! Se nosso filho começa a dar respostas diferentes, consegue fazer algo que antes não fazia, a gente comemora! Pequenas conquistas, GIGANTESCAS diferenças !Ano passado passei a conversar mais com Danilo, e vi uma criança me olhando diferente, mais calmo, mais atento. QUE ALEGRIA! A interação é não verbal, é movida pelo amor, pela paciência, pelo esforço sem medida que esses seres iluminados guardam dentro de si. Valorizamos cada suspiro diferente que conseguem dar!


4- Desenvolvemos a espiritualidade-

Aqui não falo de religião, muito menos em quem ou em que você acredita .Não pretendo discutir este assunto delicadíssimo. Mas tenho certeza que cada uma de nós encontrou a sua maneira de pedir, de implorar ou suplicar! Passamos por momentos onde os médicos não podem nos ajudar, os remédios não fazem efeito, a medicina não encontrou a cura ( ainda ) Mas nossos joelhos se dobram e clamam por luz! E encontram! E como encontram! Presenciamos verdadeiros milagres em histórias REAIS de crianças, jovens e adultos que vivem pelo poder da FÉ. Mães que entenderam a importância da espiritualidade.Sem ela não sobrevivemos!


5- Conhecemos histórias surpreendentes de superação- 

São tantas histórias de superação que conhecemos- pessoal e virtualmente que nos motivam e impulsionam. Pais que viram inventores, mães que criam redes de solidariedade, crianças que driblam diagnósticos médicos, milagres que presenciamos, Sou grata por tudo que vejo - isso me dá força e ânimo! Gosto de encontrar um deficiente, de ouvir suas histórias, de conhecer a família. Não canso de me surpreender. Vida que gera vida.

foto: Cacá Dominiquini
Fotógrafa de família em Campinas.
www.cacadominiquini.net
instagram @cacadominiquini

O homem e Deus - Coluna Espiritualidade por Rachel Abdalla

O que diferencia o homem de Deus?

Que tal pensar na criatura e no Criador, nas mãos do oleiro moldando o vaso?

Cada um de nós, criado à imagem e semelhança de Deus, tem como sentido de vida fazer obras e viver de acordo com esta condição de criaturas perfeitas, porém seres humanos.

Errar é um direito que o homem tem pela sua própria condição frágil, e aceitar esse erro é um dever, pois só Deus não erra.

Jesus foi o único Homem e também Deus. Ele não errou nunca, nunca pecou e nem cometeu faltas, mas só Ele teve esta condição.

Precisamos ter consciência de que somos frágeis, fracos e que podemos errar sim.

Assumir o próprio erro é a virtude da humildade. E, o orgulho de achar que somos perfeitos e que não erramos nunca nos deixa cegos e, então, tropeçamos e caímos.

Jesus, que é Deus, quando estava carregando o peso do orgulho da humanidade na Cruz, caiu para não permitir que o último tropeço dos homens fosse eterno!

Neste momento, a queda de Deus Homem é transformada no único degrau para o homem chegar a Deus.

 

“Sendo apenas um Homem, tu te fazes Deus!”

João 10,31-42

Rachel Lemos Abdalla

 

Fundadora e Presidente da Associação Católica Pequeninos do Senhor; é colaboradora da ZENIT.org – O mundo visto de Roma, responsável pela Coluna Pequeninos do Senhor de orientação catequética; é membro da ‘Equipe de Trabalho’ do ‘Ambiente Virtual de Formação’ da Arquidiocese de Campinas; escreve para dois sites em Portugal (ABC da Catequese  e Laboratório da fé); e é membro da Equipe de Formação da Paróquia Nossa Senhora das Dores. 

 

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