Cuidado com as ciladas da previdência privada! - Coluna Investimentos por Rodrigo Teixeira Mendes

Olá à todos!

Jamais contrate um plano de previdência sem antes avaliar bem qual é o seu verdadeiro objetivo e antes de mais nada, procure sempre se questionar.

1)   Farei previdência para a educação dos meus filhos ou para minha velhice?

2)    A idade que pretendo começar a contribuir para a previdência privada, até a idade desejada para me aposentar, supera 40 anos?

3)    Minha declaração do IR é simplificada ou completa? Sendo completa, eu costumo fazer abatimentos e deduções?

4)    Já contribuo para o INSS?

5)    Sou disciplinado o suficiente para não ter que recorrer ao saldo da minha previdência privada antes do tempo?

O risco é muito alto se a empresa que administra o seu plano de previdência quebrar, já que pode perder todo o dinheiro investido. O mesmo não acontece se investir no CDB, poupança, fundos de Investimento, operações compromissadas, letras de câmbio, letras hipotecárias, letras imobiliárias, letras de crédito imobiliário, tesouro direto, já que cada um deles possuem as suas características próprias de garantia (essas dúvidas podem ser verificadas com o seu assessor de investimentos ou o gerente de banco).

A previdência privada é uma poupança forçada, já que paga caro para o banco gerir o seu dinheiro e ainda te penaliza caso resolva usar os recursos acumulados antes da sua aposentadoria. A rentabilidade da maioria dos planos de previdência é são muito baixos e faz com que os benefícios fiscais se tornem irrisórios. Não confunda benefício fiscal com isenção fiscal.

Não conte com o seu próprio dinheiro em casos de urgência. Existem planos de previdência que possuem carências e o dinheiro não está disponível para saque imediato. Poderá ainda ser penalizado com a taxa de saída e a tributação do imposto de renda que é maior quando o tempo de permanência no plano é pequeno. Se não bastasse pagar taxa de carregamento toda vez que você deposita algum valor no seu plano de previdência existem bancos que cobram taxa de saída. Esta taxa é cobrada quando você resolve resgatar algum valor do seu plano e ainda há a taxa de carregamento que é um “pedágio” que o gestor onera a cada vez que queira aplicar dinheiro em seu plano de previdência. Segue um exemplo:

- Para referência a taxa é de 3,50%. Para cada R$ 1.000,00 que você transferir da sua conta corrente para o plano de previdência o banco cobrará R$ 35,00. Desta forma somente R$ 965,00 vão realmente para dentro do plano. Imagine o prejuízo que estas taxas de carregamento mais taxas administrativas vão produzir no seu bolso depois de 30 anos de contribuição...

Tem dúvidas? Entre em contato.

Até a próxima semana!

Rodrigo Teixeira Mendes

Coluna Investimentos

Graduado em Direito pela Universidade Paulista e Pós Graduado em Administração de Negócios pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, além de possuir experiências na área financeira e comercial em empresas como Banco Itaú, RR Donnelley Moore, Camargo Correa. Atualmente tem atuação no setor financeiro e ministra cursos e palestras na área de Educação Financeira com foco na disseminação do conhecimento de produtos disponíveis no Mercado Financeiro (Finanças Pessoais, Renda Variável, Renda Fixa). E-mail: rodrigo@valutainvest.com.br  Telefone: (19) 99626-1540/(19) 2513-0103