Com temática Olímpica, Bachiana Filarmônica SESI-SP abre temporada 2016 amanhã, terça-feira

João Carlos Martins rege Mozart, Beethoven, Glazunov e toca o tema de “Zorba o Grego”

Amanhã acontece o concerto de abertura da temporada 2016 da Bachiana Filarmônica SESI-SP 2016 será realizado na Sala São Paulo, sob direção de seu criador e maestro titular João Carlos Martins. A temporada, que conta a história da música através das Olimpíadas, traz no primeiro concerto obras inspiradas pela Grécia, o berço histórico dos Jogos Olímpicos,  no século VIII a.C. 

Os ideais artísticos de Beethoven estão ligados à mitologia e cultura gregas. O concerto terá, portanto, três de suas obras ligadas à Grécia: “Ruínas de Atenas”, opus 113; “As Criaturas de Prometeus”, opus 43; e “A Consagração da Casa”, opus 113, celebrando a arte da música e na qual Beethoven recicla materiais da abertura “Ruínas de Atenas”.

Concluindo a primeira parte, o Molto Allegro, movimento final da “Sinfonia no. 41 – K. 551”, deMozart.  O Molto Allegro foi justamente o movimento que proporcionou o apelido “Júpiter” a esta sinfonia. Foi dado pelo empresário inglês Johann Peter Salomon, impressionado com a grandiosidade daquela música. Em 1823, uma transcrição para piano foi editada em Londres com o título “Sinfonia com Fuga Júpiter”. Desde então, ela tornou-se conhecida como Sinfonia Júpiter.

A segunda parte começa com a “Abertura em sol menor sobre três temas gregos” op. 3, escrita em 1884pelo compositor russo Alexander Glazunov (1865-1936).  Influenciado por Rimski-Korsakov, ele baseou-se em melodias populares da Grécia.

Nas duas performances finais, João Carlos Martins deixa o pódio e assume o piano, instrumento que lhe deu fama mundial como intérprete de Bach, para solar as canções-temas de dois filmes famosos: “Nunca aos Domingos”, de 1960, dirigido por Jules Dassin com a notável atriz Melina Mercouri (a canção de Manos Hadjidakis ganhou Oscar de melhor canção em 1961); e o tema igualmente célebre do filme “Zorba, o Grego”, de 1964, dirigido por Michael Cacoyannis, com o ator Anthony Quinn.

Temporada 2016:

Em 2016 a Bachiana Filarmônica SESI-SP convida o público para uma jornada musical pelas Olimpíadas, passando por grandes obras-primas inspiradas na história dos Jogos Olímpicos.  Os seis concertos enfocam músicas tocadas nas cerimônias de abertura ou encerramento de algumas Olimpíadas emblemáticas da era moderna, alternadas com obras criadas por grandes compositores sobre temas relacionados a cada país – e mesmo a respeito dos mitológicos heróis gregos. No centro da temporada, será realizado um grande concerto em torno do Rio-2016 uma semana após o encerramento dos Jogos, em homenagem aos atletas brasileiros.

Próximos concertos:

9 de Abril 2016: Espanha (Barcelona, 1992)

O segundo concerto alterna obras-primas sinfônicas do repertório espanhol, como a suíte “El Amor Brujo”, de Manuel de Falla, com canções clássicas interpretadas na cerimônia de abertura dos Jogos de 1992, em Barcelona. Como “Barcelona”, de Freddie Mercury, gravada com o superastro do Queen e a soprano Montserrat Caballé, interpretada por Jean William e Adriana Clis. Também serão recriados sucessos como “Amigos para Sempre”, de Andrew Lloyd Weber, “No puede ser”, de Pablo Sorozábal, e “Granada”, de Agustín Lara.

14 de junho 2016: EUA (Atlanta-1996) e Inglaterra (Londres-2012)

26 de Agosto 2016: Rio

17 de setembro de 2016: Berlim (1936)

4 de Outubro 2016: Moscou (1980) e Pequim (2008)

SERVIÇO: Temporada 2016 da Bachiana Filarmônica SESI-SP

Local: Sala São Paulo

Endereço: Praça Júlio Prestes, s/nº, Luz, São Paulo, SP

Horário: 21h

Classificação etária: 10 anos

Preço dos ingressos:

Plateia central, Balcão mezanino, Plateia elevada: R$ 50

Coro, Balcão superior e Camarote superior: R$ 25

Pontos de venda: pelo telefone 4003-1212, pelo site www.ingressorapido.com.br e na bilheteria da Sala São Paulo

 

Sobre João Carlos Martins

Símbolo de superação e talento, João Carlos Martins iniciou seus estudos de piano aos oito anos e, três anos depois, começava sua carreira no Brasil. Aos dezoito, já estava tocando no exterior. Teve como um dos pontos altos de sua carreira a gravação da obra completa de Bach para teclado. Por problemas físicos, abandonou os palcos como pianista no ano de 2002, mas não deixou a música de lado e retornou aos palcos em 2004 como maestro. Hoje, aos 75 anos, é regente e diretor artístico da Bachiana Filarmônica SESI-SP, já lançou 25 álbuns, escreveu um livro sobre sua vida, intitulado “A Saga das Mãos”, é o único brasileiro a ter sua vida registrada por cineastas europeus por duas vezes, e conta com um registro fotobiográfico, lançado na ONU. Junto com a Fundação Bachiana, coordena o projeto A Música Venceu, que tem o objetivo de democratizar o acesso à música clássica e contribuir para a formação de crianças e adolescentes de áreas carentes do Brasil. Atualmente, 6700 jovens são atendidos em 37 núcleos de musicalização espalhados pelo Brasil.

Sobre a Bachiana Filarmônica SESI-SP

Quando João Carlos iniciou o projeto de criar uma orquestra apenas com a iniciativa privada, muitos duvidaram, mas já são mais de mil apresentações nos principais teatros do Brasil e do mundo. A qualidade dos músicos da Bachiana, selecionados entre as melhores orquestras brasileiras, tem sido muito elogiada. São profissionais que fazem questão de aprimorar seu talento com trabalho e estudo. Fundada em 2004, a orquestra não tardou a ganhar o merecido reconhecimento. Após cinco temporadas em que se apresentou pelo Brasil, encantou o público americano com cinco atuações de gala - duas no Carnegie Hall, em 2007 e 2008, e três no Lincoln Center, em 2009, 2010 e 2011.