Nesta semana entrou em cartaz a continuação de Invocação do Mal - filme de terror de enorme sucesso sendo considerado um dos mais assustadores de todos os tempos – e assim como o primeiro, a sequência também foi baseada em fatos reais.
Filme
Sete anos após os eventos de Invocação do Mal (2013), Lorraine (Vera Farmiga) e Ed Warren (Patrick Wilson) desembarcam na Inglaterra para ajudar uma família atormentada por uma manifestação poltergeist na filha.
História real que inspirou o filme - caso Enfield Poltergeist
A senhora Peggy Hodgson de 40 anos vivia com seus filhos quatro filhos: Margareth, de 13 anos; Janet, de 11; Jhonny, de 10, e Billy; de 7 anos, no bairro de Enfield, em Londres, Inglaterra, no final da década de 1970.
Na madrugada de 30 de agosto de 1977, os gritos de seus filhos Jhonny e Janet acordaram Peggy que subiu até o quarto. Assustados, contaram que a cama de Janet havia começado a se mover sozinha, mas Peggy achou ser apenas um pesadelo.
Na noite seguinte, as crianças voltaram a gritar dizendo que desta vez foi a cadeira do quarto que se moveu. Peggy novamente não acreditou, mas quando apagou a luz, ela mesma escutou fortes ruídos no piso. Ao acender a luz percebeu que a cômoda, que estava encostada na parede, se moveu dois palmos.
Ao pôr a cômoda no lugar, o móvel voltou a se arrastar por si só até a posição anterior perante seus olhos. Com medo, Peggy pediu ajuda para vizinhos e para a polícia que testemunharam os fenômenos.
Não demorou para chamar a atenção da imprensa. Além do diário Daily Mirror, a rede BBC também foi até à casa, onde o repórter George Fallows, impressionado com os fenômenos, colocou Peggy em contato com o investigador paranormal Maurice Grosse, membro da Society for Psychical Research. Eles instalaram câmeras nos aposentos da casa que fotografavam a cada minuto e dessa forma registraram coisas incríveis, tornando este o caso paranormal com a melhor documentação do mundo
O paranormal junto aos jornalistas presenciou uma cadeira levitando no ar a mais de meio metro de altura, portas dos armários abrindo, brinquedos cruzando o quarto de um lado a outro suspenso no ar, móveis sendo lançados escadas abaixo, gavetas pulando fora de seus lugares, focos de incêndio surgindo do nada e, do mesmo modo, se apagando sem deixar marca alguma de queimaduras, entre outros fenômenos.
Grosse chegou a se comunicar em várias sessões com as supostas entidades que atormentavam a família. As perguntas de Grosse eram respondidas com toques, sendo que uma pancada queria dizer "sim" e duas para dizer "não". O parapsicólogo Guy Lyon Playfair, seu uniu à investigação de Maurice Grosse e os dois passaram os dois anos seguintes estudando o caso.
Janet Hodgson, de 11 anos, disse que ela e sua irmã Margaret estavam jogando com um tabuleiro Ouija pouco antes do início da atividade sobrenatural. Janet, aliás, foi a mais afetada. Ela começou a ter possessões demoníacas em que levitava, gritava loucamente e até adquiriu uma voz estranha e masculina.
Lorraine Warren, investigadora paranormal real vivida por Vera Farmiga no filme, afirmou que viu a jovem Janet levitar e até testemunhou quando ela se desmaterializou (a garota foi encontrada 20 minutos depois em uma grande caixa de fusíveis, com seu corpo retorcido de tal forma que não era possível reproduzir a posição), e que o demônio possuidor falou diretamente com ela e seu marido, Ed, em várias ocasiões. Ela descreveu esta como uma das experiências mais aterrorizantes de sua carreira.
Numa rara entrevista em 2007, Janet, então com 40anos, disse que foi usada e abusada. “Aconteceram coisas que ameaçaram a minha vida. Eu sei por experiência própria que era real, que viveu da minha energia. Me chame de louca, se quiser. Esses eventos aconteceram. O poltergeist estava comigo e sinto que ele sempre estará. Acho que se tivesse que passar por isso novamente me mataria”, desabafou.
Em 2003, Peggy Hodgson faleceu e a casa foi alugada por Claire Bennet que, como Peggy, era uma mãe solteira com quatro crianças.
Claire disse que frequentemente sentia uma presença, como se estivesse sendo observada num primeiro momento, mas que não tinha ideia da história que envolvia a casa.
Seus filhos às vezes acordavam no meio da noite dizendo ouvir vozes. Um dos meninos, Shaka, de 15 anos de idade, alegou que foi acordado no meio de uma noite e confrontado por uma visão fantasmagórica de um homem de pé na sala.
Os Bennets ficaram na casa por apenas dois meses.
Este é considerado um caso verídico em que ocorreram diversas manifestação de fenômenos paranormais. O canal inglês Channel 4 fez até um documentário sobre o assunto, porém, apesar de tais eventos parecerem inexplicáveis, muitos investigadores consideram que os jovens queriam apenas pregar uma peça e simularam tudo.
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Fonte: Google. Fotos Reprodução
Milena Baracat
Coluna Entretenimento
Formada em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Atualmente atua com profissionais no desenvolvimento, tratamento de acervos, informatização e tecnologia da informação aplicada para bibliotecas particulares e privadas.