Juros baixos? Onde? Para quem? Coluna Investimentos por Rodrigo Teixeira Mendes

Qualquer dúvida estou a disposição.



A taxa básica de juros, a Selic, vai continuar caindo e pode chegar a 3,5% ao ano em 2020, dizem os economistas. Segundo eles, o cenário de juros baixos não vai mudar tão cedo, e os brasileiros devem cada vez mais repensar a maneira como cuidam do seu dinheiro, diversificando os investimentos e assumindo mais riscos....



Será?



Já teve aquele repente e percebeu que os preços no comércio em geral não estão baixos, combustível a quase R$5,00, alimentos cada dia mais caros (nem que seja nos centavos), lazer...


O dinheiro chega pouco e isso quando chega!

E escutamos economistas dando dicas de investimentos com rentabilidades de Mônaco como se fôssemos a Suíça. A verdade é que a taxa Selic nunca jogará a favor da maioria.  

Quando o Banco Central do Brasil baixa (hoje em 5% ao ano e continua uma das mais altas do planeta) em cada reunião do Copom (ocorre de 45 em 45 dias) não fica mais barato financiar uma casa, um carro ou aquele viagem de férias porque o crédito está concentrado de 5 bancos (3 da iniciativa privada e 2 públicos - já viu o lucro dessas instituições financeiras semestre a semestre, está na casa dos Bilhões), ou seja, não há competitividade o que não força o equilíbrio para uma distribuição justa de longo período e sendo assim não fomenta a economia. Dessa maneira, os juros no Brasil pode estar próximos de Zero que não haverá mudança na vida financeira do trabalhador em geral.

Esse assunto será abordado sob diferentes pontos de vistas nos próximos posts porque é um assunto complexo, mas a narrativa implementada nesse artigo é que para a grande maioria das pessoas a queda da taxa Selic é uma propaganda enganosa. Infelizmente, enquanto a concentração de renda, crédito estiver concentrada em poucos, não haverá oportunidade para todos.

Então esqueçam do assunto de Ações, Tesouro Direto, Fundos de Investimentos, Fundos Imobiliários, CRI, CRA, Debêntures, LCI, LCA entre outros.

Esses produtos é para quem está disposta a deixar as instituições financeiras cada mais ricas, já que lucram através de taxa de administração, taxas de performance ou gestão e o investidor...se contenta com alguns percentuais no final de cada ano. Já fez a conta para verificar se o rendimento da sua aplicação supera a inflação do período?

Você está disposto a aplicar seu dinheiro em ações da Petrobrás? Dia sim, dia não há ingerência do controlador majoritário o que faz oscilar de forma absurda o preço do ativo.

Está disposto a aplicar em Tesouro Direto num país como o Brasil onde não há instabilidade política e econômica (uma fissura nos Estados Unidos causa um terremoto no Brasil) e ai...seu titulo público pode desvalorizar como um café fica frio, ou seja, rápido.

Tem segurança em investir seu dinheiro em Fundos de Investimentos que cobram taxas de administração vergonhosas e te entregam resultados pífios? Afinal, o que o seu gestor faz por você? Quantas vezes te liga para informar sobre uma compra ou venda de um ativo? A resposta é NENHUMA.

E o que dizer das demais opções alardeadas pelos 4 cantos do mundo...? Produto de banco e produto de banco nunca é bom!

Então, nesse primeiro momento absorva a informação da queda da taxa de juros e vá ler um livro, passear com os cachorros e quando tivermos alguma esperança, investimentos!

Esse artigo não é para te desanimar, muito pelo contrário, é para conscientizá-lo de que existem alternativas no mercado financeiro, mas precisam ser tomadas com estudos e serenidade.

Tem dúvidas, estou a sua disposição!

Rodrigo Teixeira Mendes

Coluna Investimentos

Especialista em Finanças Corporativas pela UNICAMP, Especialista em Administração de Negócios pelo MACKENZIE, possui graduação em Direito pela UNIP (2002). Participante do Grupo de Jovens Empreendedores da ACIC - Campinas-SP, Colunista do Site Raquel Baracat sobre Investimentos, criador do Blog No Ponto, Palestrante e proprietário e administrador da Idees Treinamentos e Serviços Administrativos com sólida experiência na área de financeira (mercado de capitais e afins), comercial e relacionamento com clientes com atuação em empresas de variados porte e destaque no mercado há mais de 15 anos sempre buscando se destacar pela Liderança, Habilidade de Negociação e Visão Estratégica.