“Entre as principais consequências de se treinar em jejum está a perda de massa muscular.”
Diversos estudos já mostraram que ao realizar alguma atividade em jejum ocorre uma maior mobilização de gordura, levando algumas pessoas a acreditar que poderia ser vantajoso. Porém nesses resultados, nota-se que essa queima de gordura não é tão significativa, e existem mais desvantagens do que se imagina.
Quando se está em jejum, o nível sanguíneo de glicose (carboidrato) está muito baixo, o que leva a uma hipoglicemia. Nessa situação, há maior dificuldade de contração muscular, além de que, faltando essa fonte energética, as proteínas começam a exercer esse papel – de fornecimento de energia – e então o indivíduo começa a perder massa muscular, o que pode gerar uma certa confusão na balança: você pode estar pesando menos em Kgs, porém proporcionalmente, você está com mais gordura e menos músculos.
Caso se persista no exercício em jejum, também há o risco de se entrar em cetoacidose (que gera aumento do PH sanguíneo, halitose e elevação da amônia – substância neurotóxica), podendo ocorrer perda da consciência e desmaio. Vale lembrar que o mais importante para se perder peso, é o balanço calórico negativo, ou seja, você tem que gastar mais calorias do que ingere, e isso deve ser algo continuo, diário e equilibrado, assim não faltará nutrientes e seu corpo conseguirá perder gordura, ganhar músculo e então aumentar o metabolismo basal ou seja: o seu corpo gasta mais calorias para simplesmente “existir.” Isso sim é uma perda de peso saudável e o melhor de tudo, uma perda de peso duradoura!!
Isabela Casline
Coluna Fitness
Isabela Casline é educadora física, bacharel em Treinamento Esportivo pela UNICAMP e personal trainer; cursando Certificação Mundial de Personal Trainer, Grupo Mastermind, módulo Coaching. Escreve sobre emagrecimento, treinamento funcional, corrida e condicionamento físico.