Como foi ser vegetariana pelo mundo - Coluna Volunturismo por Tatiana Garcia

 

我吃素 esse ideograma de caracteres significa: “Eu sou vegetariano” em mandarim. Eu aprendi como se pronuncia isso, porém de uma forma tão arrastada que preferia mesmo era carregar esse desenho comigo o tempo todo. Mesmo com aulas de caligrafia e apaixonada pelo mandarim escrito, eu preferia carregar a imagem na mão para não correr o risco de comer carne por engano em alguns dos pequenos restaurantes que frequentei. Era a única forma que enxerguei de não comer carne, porque quase tudo na China vinha acompanhado de alguma espécie de carne.

Mesmo comendo alguns tipos de peixe, lá eu não me arrisquei nem a experimentá-los, preferi  mesmo comer o que fosse 100% vegetariano e mesmo assim foi muito difícil. Muito raramente eu escolhia meu prato, a comunicação era tão difícil por lá que pedia para eles trazerem o que fosse bom e vegetariano. Para mim era um exercício de aceitação do universo em comer algo pelo qual o próprio destino havia escolhido para mim.

Mas me lembro que em uma das vezes, eles colocaram um bowl (tigela) de noodles com vegetais aparentemente muito apetitosa em cima da mesa para mim. Era um jantar e eu estava morrendo de fome esse dia e prestes a agradecer a comida, quando de repente o garçom tirou um ovo cru do seu bolso e quebrou no bowl de noodles. Não deu tempo nem de impedi-lo. Quando vi, o ovo crú já estava todo misturado com a água e os vegetais.

Para a minha sorte, noodles vem sempre acompanhado com arroz branco. Acabei pedindo um amendoim de saquinho e jantei arroz com amendoim. O que para mim estava ótimo! Melhor do que qualquer comida com ovo cru no meio. Com certeza a China tinha me presenteado com a maioria das experiências gastronômicas esquisitas. Isso porque ao longo de toda a história chinesa eles enfrentaram muitas guerras e conflitos civis que fizeram com que, por muito tempo, não tivessem o que comer direito. Isso os levaram a comer quase tudo, tudo mesmo. Como por exemplo: sopa de rato, insetos fritos e apimentados, língua de boi, olho de cabra e assim por diante.

Carne de cachorro era algo frequente de se encontrar, em quase todas as cidades que visitei na China tinha sempre um restaurante que vendia a maldita carne. O único lugar que estava 100% salvo de comidas contendo animais estranhos, eram os templos budistas. Esses sim eram lugares sagrados, limpos e vegetarianos, devido a tradição dos monges. Por sinal, um lugar muito especial que adorei me hospedar por alguns dias e aprender um pouco dos ensinamentos budistas. Mas, no geral, eu devo ter pedido uns bons quilos durante minha estadia na China, e outros tanto quilos na Índia.

Na Índia eu tive um choque de expectativa, porque eu pensava que lá seria um local onde não precisava me...

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Tatiana Garcia

Coluna Volunturismo

Além de empresária e empreendedora ela promove o Volunturismo no Brasil, uma prática de viajar com propósito! Porque não unir o útil ao agradável, não é verdade? Ela fez isso sozinha durante 2 anos consecutivos, e acabou realizando o grande sonho de dar a volta ao mundo. Conheceu 5 continentes, mais de 25 países, trabalhou em 10 ONG’s e teve sua vida totalmente transformada.  Durante sua viagem ela ajudou muitas crianças, comunidades e conheceu suas histórias; hoje ela se realiza compartilhando-as com o mundo. Instagram e Facebook: VoltaaoMundoPro e Site: tatianagarcia.com.br

                             

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