A arte: da paixão ao colecionismo! Coluna Arte/Fotografia e Design por Mônica Fraga

O post hoje fala sobre colecionismo no mundo das Artes.

Na semana passada tive o privilégio de conhecer o acervo de um colecionador de arte de São Paulo. A maior parte do acervo é composta por arte moderna brasileira, mas encontrei alguns representantes internacionais ilustres como Picasso, Salvador Dali, Segall, dentre outros.

Passar uma tarde na companhia de Volpi (amo!), Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Iberê Camargo, Brecheret, Bruno Giorgi, Portinari, Di Cavalcanti, Lygia Clark, Amilcar de Castro, Aleijadinho e muito mais..., foi surreal!

Depois que iniciei meu curso de História da Arte com o crítico Rodrigo Naves mergulhei no universo da arte brasileira. Foi um ano de muito aprendizado e descobertas, de visitas semanais à exposições, as quais despertaram meu olhar para nossa arte, de muito valor e muita história.

E no meio desse acervo maravilhoso descobri um artista, Pancetti, e fiquei impressionada! Dentre as pinturas do acervo certamente a dele seria uma das minhas escolhas!

Ao pesquisá-lo descobri que o pintor é campineiro, nascido em 1902, filho de pais italianos. Agora já faz parte da minha bagagem também!

Para se tornar um colecionador primeiro acredito que deva existir uma paixão por arte, dedicação, conhecimento e ir à fundo neste universo, visitando galerias, museus e feiras de arte, como a nossa SP-Arte, referência aqui e no mundo, a qual faz a ponte entre galerias, artistas, colecionadores e o público em geral.

Colecionar arte  envolve responsabilidade, afinal um colecionador é um agente validador de uma obra de arte, de um artista.

Arte é para ser compartilhada. O colecionador que recebeu a mim e mais duas colegas de curso, disse estar feliz naquele momento por dividir conosco a sua paixão, aumentando assim a nossa também!

Aproveito para indicar um podcast - Conversas que acontecem, no Spotify, sobre “Colecionismo” - Recomendo!

“O primeiro mérito de um quadro é ser uma festa para o olhar.”

Eugène Delacroix

Mônica Fraga

Arte, Fotografia & Design

Designer de Interiores pela Arquitec., Fotógrafa pelo Senac São Paulo. Atualmente faço um curso sobre História da Arte, em SP, com o crítico de Arte Rodrigo Naves. Instragram: @monicafraga monicabmfraga@gmail.com

Tarsila do Amaral - Coluna Arte, Design e Fotografia por Mônica Fraga

A arte brasileira tem uma representante importante, Tarsila do Amaral, que entrou para a história deixando um legado com sua pintura. Ela foi uma mulher à frente do seu tempo, quebrando padrões, além de ser uma das responsáveis por desenvolver um dos principais movimentos estéticos brasileiros, o Modernismo.

Tive o privilégio de participar de uma palestra com a Tarsila, sobrinha-neta da Tarsila do Amaral e conhecer um pouco mais sobre a vida dessa artista.

Tarsila nasceu em 1 de setembro de 1886, no Município de Capivari, interior do Estado de São Paulo.

Estudou em São Paulo, no Colégio Sion e depois em Barcelona, na Espanha, onde fez seu primeiro quadro, ‘Sagrado Coração de Jesus’, em 1904.

Em 1920, foi estudar em Paris. Ficou lá até junho de 1922 e soube da Semana de Arte Moderna (que aconteceu em fevereiro de 1922) através das cartas da amiga Anita Malfatti.

Quando voltou ao Brasil, Anita a introduziu no grupo modernista e formaram o grupo dos cinco: Tarsila, Anita, Oswald de Andrade, e os escritores Mário de Andrade e Menotti Del Picchia.

De volta à Paris em 1923 ela estudou com o mestre cubista Fernand Léger. Tarsila mostrou a ele a tela ‘A Negra’. Léger ficou entusiasmado e até chamou os outros alunos para ver o quadro. A figura da Negra tinha muita ligação com sua infância, pois essas negras eram geralmente filhas de escravos que tomavam conta das crianças e, algumas vezes, serviam até de amas de leite. Com esta tela, Tarsila entrou para a história da arte moderna brasileira.  

Ficou amiga dos brasileiros que estavam lá, como o compositor Villa Lobos, o pintor Di Cavalcanti e os mecenas Paulo Prado e Olívia Guedes Penteado.

A sua obra, o Abaporu, pintada em 1928, pertence hoje ao MALBA, Museu de Arte Latinoamericano de Buenos Aires. A pintura foi um presente ao seu marido, o escritor Oswald de Andrade. Quando ele viu, ficou impressionado e disse que era o melhor quadro que ela já havia feito. Chamou o amigo e escritor Raul Bopp, que também achou o quadro fantástico. Batizou-se o quadro de Abaporu, que significa homem que come carne humana, o antropófago. E Oswald escreveu o Manifesto Antropófago e fundaram o Movimento Antropofágico. A figura do Abaporu simbolizou o Movimento que queria deglutir, engolir a cultura européia, que era a cultura vigente na época, e transformá-la em algo bem brasileiro valorizando o nosso país.

Recentemente o MOMA, Museu de Arte Moderna, em NY adquiriu o quadro dela, A Lua, avaliado em torno de U$20 milhões. Lindo ter a obra exposta em um dos museus mais importantes do mundo, ao lado de pintores que influenciaram a História da Arte, como Pablo Picasso, com ela teve contato enquanto viveu em Paris.

Atualmente o MASP, Museu de Arte de São Paulo, está com uma exposição imperdível sobre ela: Tarsila Popular. Várias obras reunidas, inclusive o Abaporu. Até 28 de julho.

Prestigie o que o Brasil tem de melhor. Valorize a nossa brasilidade! Visite um museu! Vá ao MASP e veja a obra da Tarsila do Amaral.

Mônica Fraga

Arte, Fotografia & Design

Designer de Interiores pela Arquitec., Fotógrafa pelo Senac São Paulo. Atualmente faço um curso sobre História da Arte, em SP, com o crítico de Arte Rodrigo Naves. Instragram: @monicafraga monicabmfraga@gmail.com